A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

INFORMATIVO Nº 112 - JANEIRO DE 2012


Feliz Ano Novo à todos !

No ano passado, graças ao espírito sincero e a colaboração de todos, foi possível realizar magnificamente a comemoração dos 60 anos de fundação do Dendotyo. Meus sinceros agradecimentos.

Também, como cumprimento de ano novo, recebemos do Shimbashira-sama, as seguintes palavras:

“Agradeço à todos a dedicação única ao caminho da salvação durante todo o ano em que se passou.
Atualmente, a vida em sociedade está cada vez mais complicada, mesmo assim, neste novo ano, pretendo, com o sentimento de dedicação única a Deus, caminhar a vida modelo de Oyassama, conforme trilhado pelos nossos antepassados, pondo em prática a salvação da humanidade.
Nós deste caminho, devemos a todo momento continuar estudando o ensinamento, não se esquecendo da prática do hinokishin, e, estender nossas mãos para as pessoas com problemas, caminhando juntos rumo a vida plena de alegria e felicidade.
Vamos, então, determinar o espírito nesse sentido, e dedicar diariamente com intuito de corresponder à intenção de Deus Parens”.

Diante dessas palavras, vamos, também, neste novo ano, nos esforçar para tornarmos verdadeiros yobokus.


SUPORTE DO CORAÇÃO

O Verdadeiro Amor Parental

Uma pessoa que vinha sendo insultado por pessoas a sua volta sendo chamado de “tolo”, etc., foi conversar com a Oyassama, que então lhe disse:

“Ser “tolo”, é o que Deus deseja de nós. Se alguém urinar em você, pense que é uma chuva morna. Se alguém bater em sua cabeça, pergunte a ele se não machucou a mão, e faça-lhe um curativo.”

Ouvindo isso, essa pessoa compreendeu profundamente os dizeres da Oyassama, e depois disso, passou a ser admirado por milhares de pessoas. O sentimento de alegria, mesmo em razão de alguém ter urinado ou batido em nossas cabeças, é exatamente o mesmo sentimento de uma mãe cuidando de seu filho recém nascido. Isso é o que chamamos de “mãe boba”. Se conseguirmos ter este sentimento com todas as pessoas a nossa volta, é o ideal.


VIDA DE OYASSAMA

14. Tintura de Tecido
Certa vez, Oyassama disse:

“Faça tintura de tecido, amanhã de manhã.”
Kokan começou logo a preparar. Justo na mesma noite, Tyushiti Yamanaka soube também do fato pela “consulta do leque(1)”, em Mamekoshi, de modo que a esposa Sono lhe preparou o barro(2) e o tecido. Ele se levantou de madrugada, regressou à Residência levando nas costas aqueles materiais e contou o fato a Oyassama que disse contente:
“É mesmo? Que fato extraordinário! Justamente, ontem à noite, havia falado a Kokan sobre isso.”
Isso ocorria freqüentemente.
Quanto à tintura de tecido, era feita com a água do poço que ficava ao nordeste do local que mais tarde foi identificado como Jiba do Pedestal do Néctar (Kanrodai).
Tirava-se a água do poço quando Oyassama ordenava:
“Deixem tirada a água do poço.”
Untando o tecido com o barro, banhava-o nessa água e secava-o e repetia esse processo por duas ou três vezes. Enquanto isso, o tecido tingia-se na bela cor de bétele(3). A água do poço tinha alto teor de ferro.


(1) Sazuke do Leque, consistia em consultar a intenção de Deus pelo movimento do leque.

(2) Havia muitos poços minerais com alto teor de ferro na Região de Yamato, porém, suas águas não tingiam tão perfeitamente como a do poço da Residência. Em agosto de 1865, quando Oyassama foi hóspede da família Yamanaka, percebeu que havia no córrego ao leste daquela casa um ótimo barro para tintura e desejou-o. Desde então, levaram-no freqüentemente à Residência. Dizem ser barro formado das folhas de bambu, acumuladas nos alagados, onde vicejavam em grande quantidade.

(3) Cor de bétele. Bétele é uma espécie de coqueiro, encontrada em algumas regiões tropicais, como: Índia, Malásia, etc. O fruto é do tamanho de um ovo de galinha e de cor vermelha escura quando amadurecido. É muito apreciado nessas regiões como artigo de mascar, mas no Japão, era secado e fazia-se uma tintura de cor negra, conhecida como cor de bétele.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

INFORMATIVO Nº 111 - DEZEMBRO 2011



No jornal Tenri Jiho o primaz Yuji Murata relatou sua experiência sobre a Tenrikyo no Brasil.
Sobre o regresso a Terra Parental, passei por muitas experiências. Quando uma pessoa tem um desejo muito forte de regressar a Jiba, Deus-Parens, segura as nossas mãos e puxa para perto Dele.
Fazia 5 anos que estava morando no Brasil, quando o professor Otake me incumbiu de ser o responsável da caravana de regresso à Jiba. Nessa caravana havia um garoto de 5 anos, com leucemia, e os médicos diziam que não havia mais cura, porém os pais, mesmo nessas condições haviam determinado que iriam regressar à Jiba, mesmo que isso custasse a vida do seu filho.
Após o avião decolar, passado algum tempo, ouviu-se pelo auto-falante "Há algum médico dentro do avião". O garoto estava em estado crítico, com muita dificuldade para respirar. Imediatamente ministrei o sazuke. Quando terminei a terceira vez, o garoto, que até então respirava com dificuldade, parou de se mexer e parou de respirar. Os pais choraram desesperadamente. Nunca me senti tão inútil como um Yoboku. Foi uma situação extremamente difícil.
Quando chegamos em Jiba, no alojamento, foi feito a transferência da alma e a cerimônia do enterro. Os pais, mesmo na tristeza, fizeram o besseki e o kentei koshu. Voltando ao Brasil, ainda se esforçaram na propagação da fé. Passados 14 anos, constituíram uma casa de divulgação.
Depois de 8 anos da morte do filho, a irmã mais velha desse garoto, deu a luz a um menino, e o condutor da igreja, a qual essa família pertencia, disse me o seguinte:
"Esse menino é muito obediente, sempre participa dos eventos e nunca falta em nenhuma cerimônia mensal. Será que o espiríto dele é o mesmo daquele garoto que faleceu durante o regresso à Jiba, e, por essa razão é tão diferente dos outros irmãos ?"
O menino era realmente muito parecido com aquele falecido.
Estou no Brasil há apriximadamente 40 anos, e sinto que os fiéis deste país, diariamente, têm em seus corações o espírito de hinokishin e de satisfação sincera. Quando vejo o esforço dessas pessoas, penso que trilhar o caminho da vida modelo de Oyassama, é exatamente o que essas pessoas estão fazendo.

SUPORTE DO CORAÇÃO

Espírito de um "Cadoz"
Na criação do mundo, quando tudo era um mar de lama, Deus utilizou o cadoz para ser a semente do ser humano...
Uma pessoa pesquisou sobre os cadozes e decidiu criar em sua casa. Ele descobriu 3 coisas:
1. É um peixe que acorda cedo.
Em comparação com os outros peixes que ele criava, era o que acordava mais cedo.
2. Tem espírito de Salvação.
Quando os peixinhos estão brigando ele sempre entra no meio para eles fazerem as pazes.
3. Tem espírito de Gratidão.
Quando o dono volta para a casa, ele o recebe com alegria.
Dessa forma, fica um pouco mais claro o motivo pelo qual Deus-Parens usou o cadoz para ser a semente dos seres humanos.

VIDA OYASSAMA

13. Deve semear

Na Vila de Anryu, Região de Settsu, vivia o casal Tossuke e Tatsu Maeda que andavam vendendo sementes de flores sob a denominação comercial de Taneiti. Tiveram muitos filhos, um após outro, e não desejavam ter mais. No entanto, em 1865, Tatsu estava esperando novamente um bebê. Então, ouvindo que havia em Yamato uma divindade que fazia aborto, dirigiu-se para lá. Porém, lá não chegou.

Guiada por uma misteriosa força, chegou à Vila de Shoyashiki e foi conduzida à presença de Oyassama, que então lhe disse:
“A senhora é Taneiti. A senhora deve semear.”
“Como deverei semear?” — indagou Tatsu a Oyassama, que lhe ensinou:
“Semear significa andar percorrendo aqui e ali, falando de Tenri-Ô.”
E acrescentou referindo-se ao bebê que esperava:
“Não deve abortar a criança. A criança que vai nascer este ano será menino. É o sucessor da sua casa.”
Essas palavras tocaram o coração de Tatsu, que não só abandonou o pensamento de abortar como também foi contar o fato ao marido. Desde então, ambos regressaram a Jiba e foram instruídos várias vezes pela Oyassama.
A criança nasceu de um parto normal em 18 de junho do mesmo ano, e recebeu o nome de Tojiro.
Assim, ambos percorreram transmitindo o nome divino de Tenri-Ô-no-Mikoto às pessoas, enquanto vendiam sementes de flores. Além disso, quando havia algum doente, um deles regressava a Jiba para solicitar a graça. Então, qualquer enfermo era salvo um após outro.