A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

sexta-feira, 16 de julho de 2021

INFORMATIVO Nº 225 - JULHO DE 2021

 



Bom dia a todos!

Agradeço a participação dos senhores na cerimônia mensal deste mês de julho. Os dias passam muito rápido, e já estamos entrando no segundo semestre deste ano. Hoje gostaria de falar sobre o episódio 139, com o título, Trazendo o Furafu. 

Este episódio fala sobre a previsão que a Oyassama fazia sempre.

Em 21 de janeiro de 1884, Kunissaburo Moroi, partiu para fazer o seu terceiro regresso a Jiba, acompanhado de 10 pessoas, chegando em Toyohashi no dia 22. Como o navio só sairia no final da tarde, estava andando pela cidade, quando viu uma casa de lanternas e teve uma ideia. Procurou e comprou cerca de 1,20 metro de tecido de algodão, grosso e largo, e pediu ao lanterneiro que fizesse uma bandeira.

A bandeira tinha um círculo vermelho desenhado no centro do tecido branco, com a escrita ideográfica em letras grandes e à nanquim, Tenri-Ô-Kosha, e à esquerda e abaixo desta, em letras menores, Irmandade Shinmei de Totoumi. A caravana atravessou a Baía de Isse com a bandeira na frente do navio. Pousaram várias vezes no caminho e por fim, pernoitaram na Oguiya, hospedaria de Shobee, em Tambaiti, no dia 26.

Na manhã do dia 27, a caravana fretou seis jinriquixás. No da frente, com capacidade para uma pessoa, subiu Moroi levando a bandeira. Os demais subiram nos outros cinco, que tinham capacidade para duas pessoas.

Ao atingirem a rua que dava acesso ao portão principal da Residência, estava em vigilância um guarda que fez várias perguntas. No entanto, como as respostas foram claras, o incidente terminou apenas com a anotação dos seus nomes e endereços.

Chegando à Residência, ficaram sabendo que há alguns dias Oyassama vinha dizendo:

“Estou cansada, cansada. Virão filhos de longe. Vejo-os, vejo-os. Vêm trazendo o furafu.”

As pessoas próximas de Oyassama não imaginavam o que fosse. Entretanto, ao verem a caravana chegar à Residência, ficaram admirados porque Oyassama avistara a bandeira muitos dias antes.

Nota: Furafu é palavra de origem holandesa, vlag, que significa bandeira.

Na frase: “Estou cansada, cansada. Virão filhos de longe.” há uma frase parecida num trecho do episódio 162 que diz:

Certa vez, quando Ie Murata ajudou nas atividades agrícolas da Residência por vários dias, apesar de trabalhar muito, inexplicavelmente, não sentiu qualquer dor nas costas ou nas mãos, nem um mínimo cansaço. Assim, disse a Oyassama: “Trabalhei tanto e não sinto a mínima fadiga.” Então, ela lhe falou: “É mesmo? Eu sentia as pernas exaustas diariamente. Todo o seu cansaço vinha estar comigo.”

Lendo este segundo episódio, temos mais claro sobre o porquê do cansaço de Oyassama. Quanto a isso, passei por uma experiência parecida, mas isso vou contar quando for comentar sobre este episódio mais para frente.

Este episódio fala do reverendo Moroi que foi o primeiro condutor da Igreja Yamana.

Sendo assim, gostaria de falar um pouco sobre um episódio que aconteceu com o atual condutor desta igreja.

Uma fiel da igreja Mor Yamana descobriu um tumor no seu pulmão, e como não era pequeno, os médicos não tinham o que fazer. Preocupada, então foi consultar o condutor da igreja. Como esta pessoa era uma pessoa bastante fervorosa, o condutor por um tempo ficou sem saber o que aconselhar. Pois não podia simplesmente falar para que fizesse o hinokishin, que fizesse a dedicação na igreja, ou que participasse das atividades da igreja, sendo que ela já fazia tudo isso. Então, lembrou-se de uma frase que dizia: “O problema de uma pessoa, é também um problema de todos que a cercam.”

E disse que todos os membros da família deveriam solicitar de coração a melhora desta senhora. Para que todos possam eliminar as poeiras do coração. “E eu o que devo fazer?” - Perguntou ela.

O condutor tinha conhecimento que o filho desta senhora que era médico. Ao casar moravam juntos com os pais, mas depois de um desentendimento familiar entre sogra e nora, a esposa do filho decidiu sair de casa, e o filho acompanhou-a. Então o condutor disse:

- Para que você fique boa, deve pedir para o seu filho fazer ossazuke na senhora.

E ela respondeu:

- Não, não! Isso vai ser difícil. E é impossível. Ele além de não ter tanta fé nunca fez ossazuke em ninguém.

- Pode deixar que eu vou ligar para o seu filho e explicar a situação, e pedir para que ele faça o ossazuke na senhora.

- Chegando lá ensine-o a fazer o ossazuke, e vá até a casa dele todos os dias.

- Até quando devo ir? - Perguntou ela. E o condutor respondeu:

- Até a senhora sarar. - Respondeu ele.

Particularmente, essa frase tem bastante força, pois falar para fazer as coisas até sarar, não é fácil.

Então esta senhora foi até a casa do filho e meio sem jeito ensinou a fazer o ossazuke, e foi todos os dias, conforme foi lhe dito.

No mês seguinte, na cerimonia mensal da igreja, ela encontrou com o condutor que lhe perguntou como estava. E ela respondeu, que a doença continuava igual, mas que houve uma coisa muito boa. A senhora estava indo todos os dias para a casa do filho, depois de um tempo o filho disse:

“Mãe, não precisa mais ter o trabalho de vir até aqui, eu vou até a casa da senhora depois do serviço.” E assim, depois de muito tempo, o filho começou a frequentar na casa da mãe novamente. E a mãe estava muito feliz por isso.

No mês seguinte a senhora e o condutor se encontraram novamente, e contou ao condutor que houve outra coisa boa, e disse: “O meu filho estava vindo todos os dias, mas a partir deste mês, a minha nora também começou a vir junto e está solicitando a Deus a minha recuperação”. Então esta senhora estava mais feliz ainda.

No outro mês se encontraram novamente e a senhora com mais alegria no rosto contou ao condutor, “Fiz o exame e o tumor diminuiu para o tamanho de uma moeda, e agora os médicos disseram que posso fazer a cirurgia.”

Então ela fez a cirurgia e recebeu a completa graça de se recuperar. E ela dizia: “Graças a esta doença que me concedido por Deus, tive a harmonia familiar de volta. Como é gratificante o caminho.”

Percebemos claramente que Deus-Parens estava ansioso na volta da harmonia nesta família.

Em outras palavras, com a realização do serviço e do sazuke, receberemos a salvação porque estamos limpando as poeiras e, assim, o mundo irá se transformando no de alegria de acordo com o desejo de Deus-Parens.

Neste mundo, cada um tem o seu modo de pensar, de sentir, de agir. Por isso é natural que as coisas não aconteçam conforme o nosso desejo, pois somos diferentes um do outro. Somos diferentes também porque nós seres humanos temos poeiras espirituais diferentes um do outro. É de se desejar que todos nós limpemos as poeiras do nosso coração para que possamos alcançar um mundo cheio de harmonia neste mundo.

Mudando de assunto, nesta oportunidade gostaria de agradecer a todos pela dedicação por 3 anos, nas obras do Dendotyo, no mês de junho encerrou-se as contribuições, e as obras foram concluídas sem nenhum contratempo. Todas as camas foram doadas por um fiel, e nas comemorações dos 71 anos do Dendotyo que será realizado em julho de 2022, poderemos usufruir de todas essas comodidades.

E também gostaria de agradecer a colaboração de todos no segundo Sukiyaki que foi realizado no mês passado. Com a arrecadação iremos construir uma rampa de acesso ao salão da igreja.

Muito obrigado a todos.

José Katsumi Ishii





Preparativos do Sukiyaki