A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 14 de maio de 2014

INFORMATIVO Nº 140 - MAIO DE 2014



Hinokishin no Museu do Ipiranga com apresentação da Banda Koteki

No mês de abril foi realizado o treino do otsutome da Associação Infantojuvenil, e a regional do Alto Tiete foi escalada para participar do “Suwarizutome”, considerado o mais difícil, e todos foram muito bem. Parabéns.

Em seguida teve o concurso de Koteki, e a equipe de Mogi foi a 7º a se apresentar, e foi uma apresentação muito agradável. A premiação foi ouro. Meus parabéns.

Ainda, foi realizado o Tenri Matsuri na sede Missionária Dendotyo, e todas as pessoas estavam muito animadas.

No dia 18 de abril, foi o aniversário da Oyassama e comemoramos todos juntos. Parabéns Oyassama!!

No dia 1º de maio, feriado, realizamos o hinokishin de limpeza no museu do Ipiranga em São Paulo. Estava um dia bonito, e muitas pessoas participaram.

Poder praticar com saúde o hinokishin é maravilhoso.

Hoje, vamos dar continuidade com o texto “Brasil no Okaasan”.

 (Michiyo Ishii)

 

Brasil no Okaasan - Chiyo Otake (continuação)

 

Em outubro iniciava a plantação de café. Nessa época quase todas as roupas se rasgavam, e Chiyo, aproveitando a luz da Lua, confeccionava roupas com sacos de sal e de açúcar. Sem tempo para pensar na sua própria fraqueza, passava os dias somente reverenciando a Deus-Parens.

O sentimento deixado pelo Sr. Seijiro Yamada, à Chujiro, foi a divulgação no Brasil. Pelo pai de Chujiro, foi repreendido lhe dizendo: “Não está indo para ganhar dinheiro. Não se pode esquecer do principal objetivo que é transmitir os ensinamentos do caminho”.  Chujiro sempre manteve em seu coração a esperança de que um dia poderá sair à divulgação. E, quando conseguiu determinar a fazer a divulgação, foi em um local a 300 quilômetros de distância, na cidade de Bauru, na primavera de 1931, após viver por 4 anos na Colônia Tiete, e, ainda, teve que deixar Chiyo e Shichiro naquela mata deserta. Chiyo sentiu-se profundamente solitária.

Depois da partida do marido, da Colônia Tiete houve uma epidemia de uma doença desconhecida, onde 13 pessoas foram levadas de balsa para um cemitério longe dali. Nessa época, Chiyo, que tinha que cuidar do filho sem o marido, só tinha o sorriso da Oyassama Miki Nakayama, que viveu na miséria, para se apoiar. Ver Shichiro mastigando o arroz duro misturado com terra, fez Chiyo se lembrar do dia da partida em Kobe. Havia muitas pessoas se despedindo, mas, nenhum parente do Shichiro.
Ele ouviu o som do gongo dentro da cabine, enrolado num cobertor. Embora ainda não dissesse claramente “mãe” ou “irmã” à Chiyo, ela se sentia na obrigação de proteger Shichiro a todo custo, e assim continuou a trabalhar com a roupa toda rasgada, de forma que não era possível distinguir se era homem ou mulher.
Depois de 1 ano, Chiyo se mudou para Bauru, onde seu marido havia construído uma casa de divulgação, mas, outras dificuldades a aguardavam.  As pessoas que se reuniam em torno de seu marido, eram pessoas que desejavam se purificar à custa daqueles que explanavam sobre a doutrina, sem se interessar sobre o ensinamento. Chiyo, nunca teve um momento sequer que pudesse relaxar o espírito.  Os sapatos do Brasil se desgastavam muito rápido. Chiyo andava descalça por quilómetros, carregando os sapatos nas mãos, até antes de chegar ao local onde pudesse ver pessoas, ficando com os pés todos sujos. Durante a caminhada, houve uma vez em que um menino brasileiro ficou seguindo-a, imitando seus movimentos e dizendo “coton coton”. Chiyo administrava as despesas do marido, que pouco se importava com dinheiro, e sua firme dedicação na divulgação fez com que ficasse com a pele escura.
 
Oyassama
 
43. ASSIM ESTÁ BEM
Vinte e sete de setembro de 1875 foi o dia do retornamento de Kokan. As pessoas de Shoyashiki, que a visitaram quando estava doente e acorreram ouvindo que seu estado piorara, reuniram-se de manhã cedo para ajudarem no seu funeral.
No dia seguinte, as pessoas, depois da arrumação pós-funeral, sentaram-se à mesa, começaram a relembrar a vida de Kokan e refletindo sobre as palavras de Oyassama, havia quem vertesse lágrimas, dizendo: “De fato, estamos arrependidos de termos duvidado de Deus até agora.”
Uma das pessoas que serviam há muito tempo na Residência, sugeriu: “Que tal se os senhores formassem uma irmandade?” Então, conversaram e decidiram: “Sim, nós da vila também, vamos formar uma irmandade.” Ao informarem sobre essa intenção, Oyassama mostrou-se bastante contente.
Assim, pensou-se em que nome dar a irmandade. Eram todos lavradores e não lhes ocorria uma boa sugestão. Nisso, alguém propôs:
"Que tal Irmandade Tenguen, isto é, origem celeste, por ser aqui a terra do Deus celestial?” Todos concordaram: “Isso mesmo!” E consultaram Oyassama, que afirmou:
“Assim está bem.”
Retirou o sobretudo (haori) vermelho que vestia e concedeu-lhes, dizendo:
“Consagrem isto no altar e façam-no símbolo divino da fé.”
Assim, constituíram a Irmandade Tenguen e mesmo sem determinar o seu responsável, começaram a realizar o serviço sagrado num determinado dia do mês, cada vez numa casa diferente, onde se consagrava a veste vermelha.
 
 
Palavras da época oportuna
 
Oyassato
Participei do Hinokishin em Jiba. Com o céu coberto de diferentes formatos de nuvem em razão da chuva que se deu, fizemos a limpeza do corredor debaixo do santuário. A chuva também é uma coisa boa.
Oyassato é a terra onde Deus nos permite a limpeza das poeiras do nosso coração. (Condutor da Igreja Mor Tsu - Hatsuo Kubo)
Apresentação da Banda Koteki no Hinokishin do Museu do Ipiranga


Flores do Kyokai

Flores do Kyokai

Flores do Kyokai

Flores do Kyokai
 

INFORMATIVO Nº 139 - ABRIL DE 2014

Treino para Manabi


No dia 1º de março foi realizado o encontro dos yoboku. Muito obrigado a todos. Recebemos o professor Nakanishi do Japão, que se dedicou bastante para poder dar a palestra em português. Foi muito gratificante.

Na palestra ouvimos que, “neste segundo ano da celebração dos 130 anos do Ocultamento físico de Oyassama é o momento oportuno da salvação”, “para cada um, na sua posição, existe uma salvação ao seu alcance” e “O ensinamento da Oyassama, com certeza, move os corações das pessoas. Por isso, é importante praticar a salvação que está ao seu alcance”. Pude ver, também, a dedicação das pessoas na Colômbia. Vamos nos esforçar juntos.

No dia 14, a Rie Ishii e seus filhos estarão regressando a Jiba. Boa Viagem!

 (Michiyo Ishii)

 

Brasil no Okaasan - Chiyo Otake (continuação)
 

A própria Chiyo sabia que não havia alternativas, senão a dedicação única a Deus, então, contrariando as pessoas a sua volta, tornou-se esposa de Chujiro, e ainda, aceitou ser mãe de Shichiro e formalizou seu matrimônio. Assim, já com um filho e uma nova vida de incomum de casada, em maio de 1927, iniciou sua caminhada embarcando no navio “Santos Maru”, em Kobe, rumo ao Brasil, numa viagem de 48 dias.

A viagem que teve 13 mortes e sepultamentos em alto mar, foi muito assustadora para Chiyo, e para uma recém-casada ter que dividir o quarto com outra família, que somava 6 pessoas em um só quarto da terceira classe, não deve ter sido nada agradável. Passando por Singapura, Cidade do Cabo, chegaram ao porto de Santos, onde foram com um trem cargueiro, que era apelidado de “trem que solta fogo”, para a cidade de Araçatuba. Ainda, passando a cidade de Lussanvira, para chegar à Colônia Tiete era necessário atravessar o rio Tietê, que tinha 300 metros de largura, e para isso, havia uma corda de uma margem a outra, e utilizando uma balsa quadrada de madeira, com a ajuda do fluxo do rio e segurando nas cordas, conseguia-se atravessar o rio.

Mas para se chegar ao destino ainda tinham mais 12 quilômetros. Ao chegarem na Colônia Tietê com muito custo, o que se viu era uma floresta sem fim. Neste local montaram um barraco forrando o chão com madeira e nele várias famílias dividiram os espaços com suas bagagens. Tiveram que abrir a mata virgem cortando árvores como peroba e cedro, com machado e enxada que nunca haviam nem ao menos segurado. Além do trabalho de preparo do terreno para plantação, eram obrigados a se defender da malária e da disenteria amebiana. A água que se conseguia através de um poço de 54 metros era avermelhada por causa da lama, e para conseguirem a agua deste poço usava-se uma lata de óleo pendurada e tinham que girar a manivela 96 vezes, e ainda dividir entre as 5 famílias. As vezes encontrava-se gatos e lagartos mortos. A Chiyo, que tinha um corpo não muito saudável, girava um terço da manivela, descansava colocando no ombro, e com muito esforço conseguia pegar água do poço. Seu marido, talvez para não desanimá-la, nada falava. Quando o Sol avermelhado ia desaparecendo na mata virgem, as lágrimas avermelhadas marcavam o rosto sujo de lama da Chiyo.
 
Oyassama
 
42. SALVANDO OS OUTROS
 
No começo de abril de 1875, Eijiro Enomoto de Sugahama, Vila de Sando, Província de Fukui, estava em peregrinação por Saikoku(1), para curar a filha Kiyo que ficara louca. Ao chegar na oitava localidade, a do santo budista de Hasse, ouviu da velha de uma tenda de chá: “Há uma deusa viva na Vila de Shoyashiki.” Imediatamente, foi para Shoyashiki passando por Miwa. Finalmente, chegou à Residência onde solicitou aos ministros os quais o levaram à presença de Oyassama, que lhe disse o seguinte:
“Não é preciso, não é preciso preocupar-se. Volte depressa porque surgiu algo grave na sua casa. Quando voltar, deve visitar casa por casa em sua vila e salvar quarenta e duas pessoas. Deve percorrer orando fervorosamente a Deus, proferindo namu Tenri-Ô-no-Mikoto, ajuntando as palmas das mãos. Salvando os outros é que salva a si mesmo.”
Eijiro partiu de Shoyashiki animado e alegre, passou por Kizu, Kyoto, Shiozu e chegou em Sugahama em 23 de abril.
A filha estava totalmente enlouquecida. Ele ajuntou as palmas das mãos e orou repetindo: “Namu Tenri-Ô-no-Mikoto”. Inacreditavelmente, ela foi-se acalmando. Então, ele percorreu por toda a vila lançando a fragrância da fé, visitou várias vezes as casas em que haviam doentes, e continuou a orar pela cura de quarenta e duas pessoas, de conformidade com as palavras de Oyassama.
Assim, milagrosamente, a filha teve a graça da completa cura. Recebeu também visitas de agradecimento de várias casas. Conseguiu casar a filha, adotando o genro como filho herdeiro. Quando os três regressaram a Jiba para agradecer pela salvação, foram conduzidos à presença de Oyassama.
Dizem que Oyassama estava em vestes vermelhas, com cabelos brancos penteados em estilo de tyassen(2), e sua imagem era muito bela e elegante.
(1) Refere-se à peregrinação aos 33 templos consagrados às 33 imagens de santo budista, espalhadas por todo o oeste do Japão
(2) Estilo de penteado da época.
 
Palavras da época oportuna
 
“Reparo do coração”
Em meados de fevereiro nevou muito ao redor da Igreja Mor. A emoção de ver tanta neve foi muito boa, mas houve avaria no telhado. O reparo ocorreu de uma forma imediata.
“Reparo do coração” significa reparar o espirito de acordo com a razão dos ensinamentos. (Condutor da Igreja Mor Tsu - Hatsuo Kubo)

Treino de Manabi

Treino de Koteki

Treino de Koteki