A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

INFORMATIVO Nº 241 - DEZEMBRO DE 2022

 

Igreja Mor Tsu


Muito bom dia a todos. 

É com grande alegria que encerramos a ultima cerimônia deste ano. 

Acabamos de ouvir a palestra da fiel Rieko, que explanou em japonês, mas resumidamente, ela falou sobre o mal de Alzheimer de sua avó, e da dificuldade de todos para com este problema, inclusive de sua mãe. E reconhecendo toda gratidão por eles, está agradecendo a Deus-Parens o fato de poder regressar a Jiba neste final de ano para poder dar um pouco de tranquilidade a eles. 


Neste ano, tivemos a visita doutrinária da igreja Mor, e dentre várias atividades, tivemos também a comemoração dos 71 anos de fundação do Dendotyo, e a comemoração dos 130 anos da Igreja Mor.

E nesta comemoração dos 130 anos da igreja Mor, no mês de novembro tive a oportunidade de fazer o regresso a Jiba, foi uma das primeiras viagens depois que abriu a porta de entrada do Japão. 

E regressar a Jiba é sempre bom demais.

Desde o mês passado o recinto de reverência foi liberado para entrar para fazer a reverência. Mas em razão do distanciamento, em cada tatame podiam sentar duas pessoas. 

Então aproveitei e fui entrando e cheguei quase lá na frente. Estava na terceira fila onde pude ver algumas máscaras do serviço do kagura.

A máscara de Tsukiyomi no Mikoto, da providencia do suporte, como esqueleto no ser humano, e do órgão genital masculino tem uma cabeleira vermelha muito chamativa e bonita.

A partir de janeiro será dado início aos 3 anos, mil dias, referente aos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. Vamos todos regressar a Jiba nesta oportunidade e se possível assistir o serviço de kagura.


Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 154, “É Deus que os Conduz”

Oyassama afirmava:

“Os guardas vêm porque são conduzidos por Deus. O fato de ser levada presa, é também porque Deus me conduz.”

“Vir aqui proibir com insistência é tal como vir para desenterrar o excelente tesouro.”

“Não são os policiais que vêm proibir, é Deus que os conduz.”

Os fatos deste episódio estão narrados no capítulo 9, do livro Vida de Oyassama. A frase: “vir para desenterrar o excelente tesouro”, significa que é a maneira de esclarecer para as autoridades sobre o Deus original e verdadeiro, Tenri-Ô-no-Mikoto. E eu entendo também que vir a igreja, e dedicar a Deus é o mesmo sentido, o de desenterrar o excelente tesouro para uma vida feliz.

À medida que a oposição e a fiscalização se tornavam mais severas, a fé dos seguidores crescia cada vez mais, e o vigor da organização aumentava com grande intensidade. Amadureceu no espírito de todos o desejo sincero de fazer de qualquer maneira algo para diminuir ao mínimo as atribulações de Oyassama que se sacrificava tanto, e lhe permitisse descansar mais tranquilamente. Este desejo frutificou-se na construção da sua Casa de Repouso.

Ainda, a casa de banho a vapor, aproveitando o mau incidente, que aconteceu, quando alguém mal intencionado jogou uma droga no local do banho, foi fechado no mesmo dia. Do mesmo modo, as atividades de hospedaria também foram encerradas por volta de 14 de novembro.

Referindo-se a esses fechamentos, Oyassama disse:

“Deus-Parens fê-las retirar porque eram insuportavelmente sufocantes.”

E quanto à detenção, afirmou:

“Se é Deus-Parens quem vem buscar-nos, é também Deus-Parens quem vem chamar-nos. Tornaremos maiores a partir dos nós.”

E ainda:

“Não é preciso qualquer preocupação. É só esta Residência agir tal como Deus-Parens ordena.”

Assim, explicou e preveniu todos para não se assustarem em vão com os fatos que se sucedem diante dos olhos, mas para compreenderem a intenção de Deus-Parens nos acontecimentos que ocorrem a cada instante, e para trabalharem animados acompanhando a razão da época oportuna, na expectativa promissora de verem os brotos surgirem do nó.


Muito obrigado.






INFORMATIVO Nº 240 - NOVEMBRO DE 2022

 



        Muito boa tarde a todos. 

        Hoje gostaria de comentar o episódio 153, “Quando Saía da Prisão” sobre Oyassama.

Este é um fato ocorrido por volta de 1884.

Ao saber do dia em que Oyassama sairia da prisão, desde cedo, uma multidão se aglomerava em frente ao presídio à sua espera.

Logo que avistavam a Oyassama, reverenciavam-na batendo palmas, apesar dos gritos dos policiais proibindo: “Não podem reverenciá-la.” Os guardas tentavam impedir empunhando as espadas, clamando: “A polícia não permite adorar uma pessoa como Deus.” 

No entanto, quando os guardas se afastavam, reverenciavam batendo palmas novamente, e assim a ação policial não surtia efeito. O povo comentava: “Não podemos deixar de reverenciá-la, pois ela nos salvou a vida já perdida. Não importa que sejamos presos. Continuaremos a reverência.”


No dia 26 de outubro passado, o Shimbashira anunciou pessoalmente, lendo a instrução número 4. A instrução é em referencia aos 140 anos de ocultamento físico de Oyassama que acontecerá em 2026. 

Como no episódio que acima, as pessoas não podiam deixar de reverenciar quem salvou a vida já perdida dos fiéis, mesmo arriscando as suas vidas.  

E de modo a corresponder a esse amor maternal, cada um de nós devemos avançar concentradamente no caminho da evolução espiritual elevando a consciência como instrumentos de Oyassama. 

É uma instrução que nos indica o significado do porque celebrar os 140 anos.

Este mês iremos receber em papel na sede missionária, e farei a distribuição para cada família, e o ideal é que façamos a leitura todos os dias na casa dos senhores. 

Muito obrigado. 

Assim gostaria de encerrar a cerimônia do mês de novembro.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

INFORMATIVO Nº 239 - OUTUBRO DE 2022

 


Setembro, mês da Divulgação 

Boa tarde a todos. 

Neste mês em que celebramos a grande cerimônia da Revelação Divina ocorrida em 26 de outubro de 1883, é de uma alegria muito grande ter a presença de todos os senhores. 

Hoje fazem exatamente 50 dias que o nosso amigo e fiel da Igreja Tsu Hakuryu retornou. 

Sendo assim, hoje acabamos de celebrar também a Cerimonia de 50 dias, e também a cerimônia de consagração da alma no altar dos antepassados desta igreja.

O Sr José de Oliveira nasceu no dia 06 de outubro de 1943, na cidade de Salesópolis, como sendo filho de João Mariano de Oliveira e Josefina Maria de Oliveira.

Imagino que desde a infância, deve ter proporcionado muita alegria e esperança aos pais e aos familiares crescendo com extrema bondade, saúde e sabedoria, tanto que veio a se tornar uma pessoa atenciosa e trabalhadora, mantendo o seu caráter firme e correto.

Devido a profunda intenção Divina, veio a constituir uma família e dedicou-se como excelente pai, sendo sempre admirado por todos.

Foi um amigo em comum quem apresentou o sr José de Oliveira, que a partir de agora vou chamá-lo carinhosamente de seu Zé, este amigo em comum era o sr Koba, onde o seu Zé trabalhou por muitos anos. 

Terminada as obras do sr Koba, ele nos perguntou se nós não estávamos precisando de um pedreiro. E é sempre bom ter um pedreiro a disposição a qualquer momento. 

Na conversa com o seu Zé, ele me falou que o trabalho dele seria no ritmo dele, e que se cansasse ele iria descansando. Neste momento fiquei em dúvida como seria o serviço dele que seria pago por dia de trabalho.

Continuando a conversa, ele me disse que ia de onibus até a casa do sr Koba para trabalhar, e para vir a igreja, teria que pegar dois onibus, então perguntei se era necessário pagar um pouco a mais por isso. E a resposta me surpreendeu, pois ele me disse que não, pois era aposentado por invalidez, por isso não pagava onibus.

Então eu fiquei com mais dúvida ainda, pois se ele trabalharia no ritmo dele e ainda era aposentado por invalidez. 

Mas resolvemos que seria bom um pedreiro na igreja, e a partir da semana seguinte começamos a obra do banheiro debaixo da escada, que foi a primeira obra dele.

Na segunda feira, como todos os pedreiros, chegou bem cedo, e começou a trabalhar, passados alguns dias, eu percebi que ele almoçava e depois de alguns minutos já logo começava a trabalhar. E trabalhava muito.

Depois de algumas semanas, eu é que falava para ele, seu Zé, descansa um pouco.

E desde sempre ele demonstrou bastante vigor e força para trabalhar. E esse era o seu zé que eu conheço. 

Houve uma vez que a sua coluna foi atacada pela hernia. Então eu ofereci a ele o ossazuke, que é como se fosse uma oração, e a fé dele em acreditar em Deus era tão grande que, em poucas semanas ele havia se recuperado. 

Com o passar dos anos, com o seu Zé já conhecendo a oração, Ossazuke, estava se familizarizando em relação a doutrina da Tenrikyo. 

Em 2003, a igreja estava se preparando para receber o Shimbashira, que é como se fosse o Papa da Igreja Tenrikyo, a pessoa mais importante, que viria de Ojiba, a sede mundial da Igreja no Japão.  

Dentre os preparativos, estava o de construir um novo banheiro com chuveiro no quarto de hóspedes. Depois de tudo pronto para a recepção, o seu Zé me perguntou se ele também poderia participar desta atividade. “Claro que sim” foi a minha resposta. E no dia em que a igreja recebeu o Shimbashira, ficou tão admirado que resolveu seguir os ensinamentos da igreja cursando por duas vezes o curso de doutrina. E a segunda vez foi para acompanhar um amigo.

Por mais de 15 anos trabalhou na igreja como pedreiro e muita vezes não cobrou por dizer que era uma forma de gratidão a igreja.

Ao mesmo tempo em que se empenhava animadamente no serviço, também participava na divulgação e salvação, e em incontáveis hinokishin, que é fazer alguma ação em agradecimento pelo corpo que Deus nos empresta. E esta ação era em algum asilo, associação pro excepcional, e inúmeros outros lugares.

Durante longo tempo, deixou bons exemplos de atitude e ação, enfrentando as dificuldades e suportando as amarguras com muita fé, transpondo animadamente os obstáculos da vida.

Entre eu e ele, quando nos encontrávamos, era “oi Zé, fala Zé, Zé pra lá, Zé pra cá, e isso era muito gostoso.

Mas, a profunda intenção de Deus-Parens, o fez retornar no dia 13 de agosto aos 78 anos de idade, deixando muita tristeza e saudade.

E na quinta feira da semana que vem, ele estaria completando 79 anos. Mas na verdade, ele sempre me dizia que, ele foi registrado atrasado, e se não me engano ele completaria 80 anos, neste ano.

Mas agora a alma dele está consagrada no altar das almas dos antepassados desta igreja, e todos estão convidados a virem sempre que quiserem para fazer a reverência a ele agradecendo-o.


Muito obrigado


Mogi das Cruzes, 02 de outubro de 2022.





sexta-feira, 23 de setembro de 2022

INFORMATIVO Nº 238 - SETEMBRO DE 2022

 



Palestra da Cerimônia Mensal de setembro da Igreja Tsu Hakuryu

4 de setembro de 2022

 

         Bom dia. Gostaria de agradecer a presença de todos, que deixaram os seus afazeres para reverenciar a cerimônia mensal de setembro da Igreja Tsu Hakuryu, realizada de maneira animada e alegre.

          Vim, nesta oportunidade, para uma visita de doutrinação, voltada para a comemoração do 130º ano de fundação da Igreja Mor. Então, a partir de agora, gostaria de explanar algumas reflexões e peço a atenção de todos por alguns minutos.

          Bem, primeiramente, gostaria de me desculpar, pois, há cerca de dois anos e meio, estava planejando fazer a visita de doutrinação nesta igreja, mas, devido a disseminação da infecção pelo novo coronavírus, não tive escolha e fui obrigado a cancelar a visita. Acabei causando preocupações e inconveniências a todos, por isso o meu pedido de desculpas. Mas, hoje, estou imensamente feliz por estar aqui novamente no Brasil, após esse longo tempo.

          Fico imensamente feliz de ver todos hoje aqui reunidos, pois, em meio a atual crise do coronavírus, passaram os dias de forma alegres e trilhando o caminho traçado pela Oyassama, especialmente com devoção a Deus.

          Eu acredito que o “Nó” causado pelo coronavírus, que atingiu o mundo todo, é um evento que muitas pessoas não imaginaram.

         O novo coronavírus apareceu de repente no mundo, causando grande medo e surpresa, afetando profundamente o nosso cotidiano.

Acredito que tenha sido muito difícil para quem sofreu com o novo coronavírus e também para as pessoas que não contraíram a doença, pois tiveram muitas preocupações no dia-a-dia, o que demandou um esforço de todos.

Embora tenhamos que aceitar de forma humilde esse “Nó” (infortúnio), fiz uma reflexão para tentar compreender a intenção da Oyassama em relação ao ocorrido e, depois de refletir profundamente sobre os verdadeiros ensinamentos de Oyassama, de forma que nunca havia refletido anteriormente, comecei a praticar a salvação sincera às pessoas do caminho, o que me fez com que conseguisse passar por esse “Nó”.

Em meio a tudo isso, senti que consegui renovar o meu espírito sobre a importância de se realizar o Serviço Sagrado. 

Em outras palavras, percebi o quão importante é se esforçar com sinceridade na realização continua do Serviço Sagrado.

Antes do coronavírus, realizava o Serviço Sagrado como se fosse algo natural, mas o “Nó” do coronavírus me fez refletir profundamente sobre o verdadeiro significado de se realizar o Serviço através da Oyassama.

O ensinamento da Oyassama é a “Vida Plena de Alegria e Felicidade”. Neste ensinamento, ouvimos que nós seres humanos, com a graça de Deus-Parens, tomamos o corpo emprestado e vivemos no seu mundo, entre o céu e a terra. E, abraçados pela ampla e profunda proteção de Deus-Parens, somos conduzidos de maneira tranquila ao longo dos dias, para o caminho da evolução e da Vida Plena de Alegria e Felicidade.

Conhecer a vontade verdadeira de Deus-Parens e dar continuidade ao caminho da fé em Oyassama nos fará sentir, agora e no futuro, a graça da Vida Plena de Alegria e Felicidade. Além disso, acredito que isso será uma força motriz poderosa para dar alegria e esperança à nossa evolução.

Nos Hinos Sagrados temos:

    “Apesar de tudo, devem continuar crendo,

    Recomeçar, se tiverem erros espirituais.” 

Pensei em muitas coisas sobre a minha vida. Fiz reflexões sobre o meu destino e também sobre o meu futuro. Mas, conclui que, se não confiarmos nas orientações de Oyassama e nas graças de Deus-Parens, não conseguiremos enxergar a Vida Plena de Alegria e Felicidade.

No verso em que Oyassama diz: “Recomeçar, se tiverem erros espirituais”, não significa punir as pessoas por terem erros espirituais.

Entendo que Oyassama não culpa as pessoas dizendo-lhes para devolver o corpo emprestado por Deus-Parens só porque houve um erro espiritual.

“Erros espirituais” significa a não compreensão das palavras de Oyassama. Isto é, quando o estado de espírito ou as palavras das pessoas estão em desacordo com o desejo de Oyassama.

Portanto, a palavra “recomeçar” não significa “retornar” (devolver o corpo) e sim “recomeçar o espírito”.

Quando cada um de nós refletirmos sobre os seus próprios pensamentos e descobrirmos que as nossas atitudes não condizem com os desejos de Oyassama, devemos imediatamente mudar o nosso espírito e, animados, renovar o espírito e retomar o caminho em busca da evolução espiritual e da Vida Plena de Alegria e Felicidade.

Tenho a certeza de que este verso demonstra a profunda afeição de Oyassama, que apenas orienta a necessidade de “renovar o espírito”.

Este ensinamento de Oyassama no qual acreditamos é um ensinamento maravilhoso, que nos permite “evoluir o espírito durante a vida” e nos liberta de dúvidas e ansiedades, trazendo gradualmente paz e alegria no espírito por meio do seu amor parental, com o desejo de salvar todos os seus filhos queridos.

Peço licença para mudar de assunto, pois gostaria de falar um pouco sobre algo que senti recentemente de uma maneira bastante próxima. 

Trata-se de uma senhora fiel de uma certa igreja. Essa senhora é da primeira geração de sua família que segue o caminho da fé, e tem um filho. Quando esse filho era um estudante universitário, ele desenvolveu uma doença mental e ficava tão inseguro quando estava na companhia de muitas pessoas que teve que abandonar seu curso na metade do caminho. Depois disso, ele começou a ficar trancado em seu quarto, e não conseguia dar continuidade a nada que começava a fazer, e viveu muitos anos ocioso, sem trabalhar.

Vendo essa situação lamentável, é natural que a mãe sinta pena do seu próprio filho e deseje que seu filho volte a levar uma vida normal o mais breve possível. Nessa circunstância, essa senhora foi convidada por um membro de uma igreja que fazia a divulgação, e a partir daí começou a frequentar essa igreja com a única intenção de buscar a salvação de Deus-Parens. Além disso, ainda recebeu o altar em sua casa de maneira que passou a ser realizado também a cerimônia em sua casa. 

Por alguns anos, ela frequentou a igreja assiduamente, com fé, dedicando-se e seguindo todas as orientações, entretanto, como não houve nenhuma mudança aparente em seu filho e nenhum sinal de que ele estivesse melhorando, a mãe ficou cada vez mais preocupada e começou a duvidar se receberia a graça de Deus para que seu filho fosse curado de sua doença mental.

Assim, apesar da graça de um fato que a conduziu para conhecer a igreja, e de ter tido fé durante certo tempo, essa senhora entendeu que esse Deus não lhe trazia benefícios, passando a duvidar das graças de Deus-Parens, e finalmente, acabou até devolvendo à igreja o altar que estava em sua casa. A partir de então, infelizmente, essa senhora simplesmente sumiu da igreja. 

Depois disso, ela experimentou terapias alternativas e outras crenças, buscando diversos outros caminhos por anos, mas a condição de seu filho não só não melhorou, como de fato, acabou piorando.

Ao ver seu filho se deteriorando dia após dia, a mãe percebeu que se as coisas continuassem como estavam, na pior das hipóteses, a vida de seu querido filho poderia estar em risco, de maneira que passou a pensar seriamente em como seu filho poderia ser salvo. 

Diante disso, ela se lembrou da época em que costumava frequentar a Igreja Tenrikyo, e percebeu que na época, ela interpretou erroneamente o fato de não haver nenhuma mudança aparente em seu filho, achando que não estava “recebendo a Graça de Deus”. 

Dessa forma, a mãe decidiu se dedicar firmemente ao Caminho da Fé novamente, e tomou a forte decisão de retornar à Igreja e pedir sinceras desculpas a Deus-Parens por sua interpretação equivocada, e solicitou ao condutor que permitisse que ela voltasse a frequentar a igreja. 

Dessa forma, incrivelmente, o filho que sofria por anos com sua doença, de repente disse: “Quero regressar a Jiba, cursar o Seminário de Formação Espiritual e receber a Graça de Deus-Parens.” 

A mãe então ficou muito espantada, pois não imaginava que o próprio filho, espontaneamente, se manifestasse sobre o caminho da fé, porém, ela teve a certeza de que era uma orientação de Oyassama, de maneira que, imediatamente, consultou condutor da igreja, o qual, entendendo ser algo muito bom, orientou para que fosse feito o requerimento. Assim, seguindo esta maravilhosa orientação, o filho conseguiu iniciar o Seminário de Formação Espiritual.

Ao contrário do que acontecia no passado, após ter sido aceito no Seminário de Formação Espiritual, seu filho passou a buscar a sua fé de maneira sincera. Entretanto, no início, havia muitas coisas às quais ele não estava acostumado, e ainda, sentia uma certa aflição quando estava no meio de muitas pessoas, razão pela qual muitas vezes deixava de comparecer ao Serviço Sagrado matinal, reuniões matinais e mesmo a algumas aulas do seminário.

Todavia, como todos sabem, cursar o Seminário de Formação Espiritual em Jiba, significa permanecer 3 meses nos braços de Oyassama lapidando o seu espírito, ou seja, trata-se de um local em que podemos receber as maravilhosas Graças de Deus.

O filho então ficou encorajado naturalmente, pois em sua classe, havia pessoas com os mesmos problemas que os seus, além de pessoas com enfermidades mais graves ainda que a sua, mas todos apoiando-se firmemente nas orientações de Oyassama. Encontrou também bons amigos de fé, e ainda, recebeu a atenção calorosa e sincera dos seus professores do Seminário de Formação Espiritual, de forma que, pouco a pouco, sua insegurança foi desaparecendo e a partir do segundo mês do seminário, tomou iniciativa em fazer o Hinokishin com bastante dedicação, além de ministrar o Sazukê às pessoas enfermas, e com os dias que se seguiram, sua fisionomia já demonstrava certa alegria e animação. Desta forma, conseguiu concluir com êxito os 3 meses de seminário, tendo se formado no seminário de maneira satisfatória.

Por outro lado, a mãe comparecia à igreja diariamente para fazer a reverência, e para pedir a Deus-Parens que seu filho não desistisse do Seminário de Formação Espiritual no meio do caminho, e ainda que pudesse cursar o seminário até o final. Ela também regressava a Jiba de vez em quando para se encontrar com seu filho, e quase não o reconhecia a cada vez que o via animado, ou seja, totalmente diferente de antes de iniciar o Seminário de Formação Espiritual. A mãe, finalmente, sentiu uma forte gratidão pela maravilhosa graça de Deus-Parens, que permitiu que seu filho pudesse concluir com sucesso o Seminário de Formação Espiritual.

A mãe, emocionada com a graça de Deus que o filho recebeu, fez questão de, no ano seguinte, também pedir permissão para cursar o Seminário de Formação Espiritual, para poder aprender mais sobre a fé, de maneira que a própria mãe também pôde guardar em seu coração cada ensinamento relacionado à intenção divina e ao amor parental de Oyassama, passando 3 meses alegres até a conclusão do seminário.

Com isso, essa família, com o desejo de aprimorar ainda mais o espírito, solicitou novamente que fosse instalado o altar que havia devolvido anteriormente, passando a ser realizado novamente a cerimônia em sua residência.

Voltando ao tema inicial, eu entendo que o Serviço Sagrado, que será realizado na celebração do 130º aniversário da fundação da Igreja Mor, não é um Serviço como os outros. Isto é, acredito que este Serviço Sagrado, que tem a permissão de Jiba, ao ser realizado com todos unidos, fará com que cada um evolua o espírito de forma totalmente renovada. 

Sei que, devido ao coronavírus e outras questões, não será possível a presença de todos na data desta celebração.

Mas, mesmo que não seja possível comparecer no dia da celebração, acredito que, se tiverem no coração a razão deste Serviço, praticarem, dentro de suas possibilidades, a divulgação e a salvação com o espírito renovado e evoluído voltado à celebração, Oyassama com certeza aceitará o seu coração. 

Então, para alcançar essa evolução, a Igreja Mor criou três metas:

A primeira é a plenitude do Serviço.

A plenitude do Serviço vai além da quantidade de pessoas e a forma do Serviço, que também são importantes. Isto é, além destes pontos, devemos revigorar o nosso conhecimento sobre o desejo de Oyasama e, com dedicação única a Deus, espirito limpo e sem poeiras, compreender mais profundamente sobre a essência do Serviço.

Portanto, acredito que, se todas as pessoas, de longe ou de perto, com espíritos unidos, realizarem de forma alegre e com seriedade o Serviço que “mudará o rumo da vida”, como dito por Oyassama, sem se esquecerem da sua “Vida Modelo”, a maravilhosa salvação com certeza será mostrada ao mundo.

A outra meta é conseguir o maior número de pessoas para o Shuyoka – O Curso de Formação Espiritual.

Como sabem, o Shuyoka é um curso realizado em Jiba, onde você pode ficar próximo da Oyassama durante 3 meses e aprimorar o seu espírito.

O curso Shuyoka é igual em qualquer época do ano. Entretanto, mesmo que o conteúdo ensinado seja o mesmo, acredito que a evolução espiritual de cada um pode ser diferente, dependendo de cada época.

Como as pessoas passam por diferentes situações sociais e diferentes estados de espírito em cada momento da vida, dependendo da época, pode ser que o conteúdo absorvido por ele sobre o ensinamento no Shuyoka seja diferente.

Portanto, não devemos achar que já compreendemos todo o ensinamento por ter feito o Shuyoka no passado. Assim, gostaria que refletissem sobre o momento em que vivemos e, trabalhando ativamente na salvação, quando regressarem a Jiba, fizessem também o Curso de Formação Espiritual – Shuyoka.

Na Sede Missionária Dendotyo do Brasil também é realizado o Curso de Formação Espiritual, que é equivalente ao realizado em Jiba. Por isso, os senhores também podem participar e convidar o maior número de pessoas para este curso - Shuyokai na Sede Missionária.

A terceira e última meta é fortalecer o fruto da ajuda mútua.

Oyasama ensinou que, para obtermos uma vida feliz, é necessário que “ajudemos uns aos outros”, como irmãos e filhos de Deus-Parens. Essa salvação mútua é ainda mais indispensável e importante entre nós, seguidores deste caminho.

Acredito que a salvação mútua entre os seguidores do caminho pode ser por meio de debates e reflexões sobre os ensinamentos deixados por Oyassama.

No caminho da fé, sem que percebamos, acabamos desviando do caminho ou fazendo reflexões superficiais e más interpretações dos ensinamentos. Então, ao debatermos sobre os ensinamentos e praticar a reflexão mútua, se percebermos que o nosso pensamento está divergente com a intenção de Oyassama, podemos corrigir esse pensamento logo no início, enquanto o desvio ainda é pequeno.

E, com isso, devido às orientações, acredito que conseguiremos nos manter sem nos desviarmos do caminho.

É muito importante que pratiquemos de coração os trabalhos de Deus, para que, nesta oportunidade, nos mostre uma nova forma de salvação mútua.

À medida que nos aproximamos do 130º aniversário da fundação da Igreja Mor, acredito que devemos avançar na salvação mundial, para que o maior número de pessoas de todo o mundo possa seguir o caminho de Oyasama, visando a vida plena de alegria e felicidade e, com isso, conseguiremos tranquilizar os antecessores que se dedicaram fervorosamente ao caminho de Oyasama há 130 anos, quando o caminho de Tsu ainda tinha acabado de começar.

É gratificante o fato de estarmos juntos neste momento alegre da vida e podermos ajudar aqueles que ainda não conhecem os ensinamentos deste caminho e sofrem com os problemas sociais e de saúde, praticando a divulgação e a salvação com ainda mais entusiasmo e compartilhando a preciosidade e a grandeza de Jiba.

A realização do Serviço Sagrado no decenário serve para que possamos determinar o espírito no sentido de trilharmos o caminho de Oyassama juntos e com esperança.

Portanto, gostaria de pedir a todos que não deixem passar este momento oportuno maravilhoso, dedicando-se com afinco numa nova salvação e também aproveitar as alegrias desta época gratificante.

Assim, encerro as minhas palavras.

Muito obrigado pela atenção.

 

 



sexta-feira, 26 de agosto de 2022

INFORMATIVO Nº 238 - AGOSTO DE 2022

 

Todos ajudaram com muita alegria o Bazar da Pechincha


Bom dia a todos.

Sejam todos bem-vindos a cerimônia mensal do mês de agosto.

         Celebrada a cerimonia dos 71 anos de fundação da Sede Missionaria Dendotyo do Brasil, voltamos com o coração transbordante de alegria. O Koteki e a banda foram sensacionais.

Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 152, A Força em Dobro

          Por volta de 1884, a opressão policial era extremamente rigorosa e, mesmo regressando a Jiba, raramente podia-se encontrar com Oyassama. Foi nessa época que Unossuke Tossa regressou conduzindo 26 fiéis. Quando o mediador anunciou que vieram de Awa, ela manifestou sua solidariedade:

         “Sejam bem-vindos de tão longe.”

         E continuou:

         “Tossa, embora regresse assim de tão longe, se não gravar bem no coração a verdadeira força de Deus, não se sentirá seguro para trazer tanta gente. Hoje, experimente a força de Deus.”

         Fez com que uma pessoa lhe trouxesse uma toalha e, segurando uma extremidade com o indicador e o polegar, ofereceu a outra, dizendo:

         “Experimente puxá-la.”

         Tossa cumprimentou-a e puxou a toalha com toda a força, porém, não conseguia tomá-la de modo algum. Oyassama disse sorrindo:

         “Puxe mais! Não faça cerimônia!”

         Puxou com toda a sua força, ruborizando a face, mas foi em vão. Mesmo impondo toda a sua força, não conseguia tomar a toalha. Não compreendia porque não conseguia, pois sempre se orgulhara da robustez de seus braços, além da sua força física adquirida nos trabalhos de marinheiro. Finalmente, abaixou a cabeça, dizendo: “rendo-me.” Então, ela estendeu o braço direito e disse:

         “Experimente mais uma vez. Agora, segure o meu pulso.”

         “Então, com sua permissão.” Segurou cerimoniosa e hesitantemente a mão de Oyassama que disse:

         “Mais força, mais força!”

         Entretanto, quanto mais força impunha, mais lhe doía a mão. Por fim, soltou a mão e rendeu-se abaixando a cabeça. Então, Ela disse sorrindo:

         “Isto é a força em dobro de Deus.”

         Este é mais um episódio sobre a comparação de força. A força em dobro de Deus significa que em primeiro lugar o ser humano é que deve partir animado para fazer as coisas e assim Deus-Parens também se animará. O trabalho de Deus será manifestado em dobro.

         Para que o mestre Tossa, que tinha conduzido de muito longe, um grande número de fiéis pudesse sentir e “gravar bem no coração a verdadeira força de Deus”, Oyassama mostrou através da comparação de forças.

As competições de forças foram demonstrações para provar que Oyassama era realmente Sacrário de Deus-Parens.

De 200, são dez os episódios de comparações de forças. E há uma frase que Oyassama deixou.

         “Se os filhos derem sua força, o Parens também dará sua força. Isto é a razão celeste.”

         E uma outra que exemplifica o sentimento das pessoas na época.

“Isto não é um trabalho humano. De fato, ela é o Sacrário de Deus.”

Os episódios nos permitem ver a viva imagem de Oyassama como a Mãe de toda a humanidade que nos deixou a vida-modelo e que nos envolve com o seu transbordante amor.

Esses episódios transmitem viva e diretamente o sentimento de Oyassama, porque foram fatos gravados no coração como base da fé daqueles que receberam as instruções diretamente dela e escritos ou transmitidos por eles próprios às gerações posteriores.

Este livro foi publicado no desejo de que através dele, todos sentindo a Oyassama mais intimamente e próxima, possam cumprir o dever diário como filhos instruídos por ela, de avançar mais ativamente para a concretização da missão de dedicar à salvação.

         E de acordo com a frase “Isto é a força em dobro de Deus.” e  “Se os filhos derem sua força, o Parens também dará sua força. Isto é a razão celeste.”

         Os filhos precisam mostrar a força primeiro, para que Deus possa trabalhar. Não adianta só ficar pedindo a Deus, sem demonstrar nenhuma força, que nada vai acontecer.

         E para isso a igreja oferece oportunidades para que todos possam crescer e amadurecer espiritualmente.

         Todos os dias de manhã, a igreja faz a limpeza dos altares e a oferenda de manhã. Muitas vezes quando eu não estou na igreja, os meninos fazem a limpeza no dia anterior, para não ter que acordar cedo no dia seguinte. Quanto a isso não vejo problema nenhum. Mas para quem quiser ter esta oportunidade, a limpeza começa as 5:45h.

         Há um caso de um casal havia tido dois abortos, e na terceira tentativa, o marido veio todos os dias de manhã, durante a gestação, para a limpeza do altar da igreja, e recebeu a graça do nascimento da sua filha.

         Para as oportunidades de maturação espiritual, gostaria de solicitar a força dos senhores para que Deus-Parens também possa dar a sua força.

         E vou deixar alguns exemplos de oportunidades aqui.

Aparar a grama antes da cerimônia mensal.

         Limpeza dos banheiros.

         Preparativo das oferendas

         Preparativo da cerimônia mensal

         Preparativo do almoço da confraternização e etc.

         E se vierem aqui encontrarão bastante coisa para fazer.

 

         Antes de encerrar, gostaria de comunicar que em setembro estaremos recebendo o condutor da Igreja Mor na cerimonia mensal.

         E também agradecer a todos pelo Bazar da Pechincha.

         Muito obrigado a todos.





quinta-feira, 21 de julho de 2022

INFORMATIVO N 237 - JULHO DE 2022

 

Comemoração dos 71 anos da fundação da
Sede Missionaria Dendotyo do Brasil

Bom dia a todos.

Sejam todos bem-vindos a cerimônia mensal do mês de julho.

         Este mês no dia 10 será celebrado os 71 anos de fundação da Sede Missionaria Dendotyo do Brasil. Será mais um marco para o história da Tenrikyo no Brasil. Vamos comemorar com muita alegria.

         Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 151, com o título “Permissão do Parto Feliz”

         Por volta do outono de 1884, Kunissaburo Moroi veio solicitar a Permissão do Parto Feliz antes do nascimento do seu quarto filho.

         Quando Oyassama se dispôs a embrulhar pessoalmente o kompeito abençoado, Naokiti Takai que estava ao seu lado, pediu: “Permita-me embrulhá-lo.” Cortou e dobrou o papel, porém este ficou torto. Oyassama observou-o atentamente sem nada comentar e tirou silenciosamente um outro papel e disse:

         “Dê-me uma tesoura.”

         A pessoa que estava próxima entregou-a e Oyassama cortou adequadamente o papel onde pôs cerca de 150 gramas de kompeito. Fez três invólucros com três grãos de kompeito cada um, e explicou:

         “Esta é a Permissão do Parto Feliz. Não será preciso usar travesseiro alto, nem faixa obstétrica. E agora é época de caqui. Pode comer sem preocupação.”

         E concedeu-lhe o kompeito que restou no embrulho, afirmando:

         “Este é o kompeito abençoado comum. Embrulhe três de cada e dê a quem desejar.”

         Recebendo a permissão do parto feliz, Oyassama diz para não se preocupar com nada, nem com caqui, pois dizem que comer caqui esfria a barriga.

Kompeito abençoado comum é a oferenda para a salvação de enfermidades, era um tipo de Bala de açúcar cristalizado.

A partir de 1878 passou a ser o kompeito, e depois passou a ser entregue o arroz lavado.

         Quando se recebe a permissão do parto feliz, em Ojiba, recebe-se 3 saquinhos: O primeiro toma-se logo ao receber; O segundo quando chegar o momento do parto; E o terceiro deve se tomar após o parto (goku do restabelecimento).

         Esses grãos de arroz são oferendados no centro de Ojiba encima do pedestal do néctar, o kanrodai, e é realizado o Serviço do parto feliz. E essas oferendas é que são recebidas pelas gestantes.

         Por falar em oferendas, este mês falei nas casas onde há as cerimonias mensais, mas gostaria de comentar aqui também, por ter muita gente que não deve ter ouvido.

         Eu estava conversando com um condutor de igreja na Sede em Bauru, e ele estava me comentando sobre a graça das oferendas.

         Ele me disse que tinha uma fiel que tinha uma amiga que tinha perdido uma filha e estava com depressão e não conseguia comer nada.

         Então o condutor pediu para a fiel levar umas oferendas para esta senhora, e as oferendas ela conseguia comer. A filha vendo a mãe comer moti, pensou, “Ah! Moti ela consegue comer” e foi comprar moti para a mãe, mas por incrível que pareça, ela não conseguia comer.

         Após a cerimonia mensal de hoje, se tiverem alguém com enfermidade, não hesitem em levar as oferendas e ministrar o Sazuke.

         Muito obrigado.

        


quarta-feira, 22 de junho de 2022

INFORMATIVO Nº 236 - JUNHO DE 2022

 


    Bom dia a todos. Sejam todos bem-vindos a cerimônia mensal do mês de junho.

    Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 150, que tem o título “Caqui”

    Unossuke Tossa regressava a Jiba quase todos os meses. Em outubro de 1884, organizou uma caravana de 33 pessoas que partiu no dia 23, chegando a Jiba no dia 27.

    Apresentaram-se a Oyassama e quando estavam todos se retirando, ela disse a Tossa:

    “Espere um momento.”

    E pediu à neta Hissa Kajimoto:

    “Ohissa, traga-me os caquis.”

    Ela trouxe muitos caquis bem amadurecidos numa grande cesta. Então, Oyassama pegou um caqui, descascou-o pessoalmente, partiu-o ao meio e deu a metade para Tossa, dizendo.

    “Por favor, sirva-se.”

    E comeu a outra metade, deliciosamente. Tossa começou também a comer o caqui que lhe foi oferecido. Ela ficou observando satisfeita e antes que ele acabasse de comer, descascou um outro e disse:

    “Sirva-se de mais um. Eu também vou comer.”

    Deu-lhe novamente uma metade e provou a outra. Assim, Oyassama ofereceu-lhe um caqui após outro. Tossa sentiu uma forte emoção ao pensar que ela, movida pelo seu amor maternal, comia também para que ele não fizesse cerimônia. Ela prosseguiu, dizendo.

    “Sirva-se sem cerimônia.”

    No entanto, ele disse: “Já estou satisfeito. Levarei esta metade para distribuir a todos os fiéis que me esperam na hospedaria.” E, ao começar a embrulhar o último pedaço que ganhara, Oyassama fez um sinal com os olhos a Hissa, que pôs uma porção de caquis nas mãos de Tossa e nas mangas do seu quimono. Assim, Tossa pôde receber muitos caquis de Oyassama.

    Este episódio demonstra o amor de Oyassama, principalmente na frase “partiu-o ao meio e deu a metade para Tossa”, para que o mestre Tossa não se sentisse constrangido ou fizesse cerimônia. No final, Tossa demonstra o seu amor pelos seus fiéis. A própria Oyassama demonstrou ao mestre Tossa a maneira de orientar e criar os filhos, os fiéis. A frase “E, ao começar a embrulhar o último pedaço que ganhara” passa despercebido para nós ocidentais, ninguém chega a pensar, “com que papel começou a embrulhar?” O papel neste caso chama-se Kaishi é um tipo de papel que ficava guardado na manga do quimono, usado para várias finalidades, tal como escrever poesias, embrulhar doce ou limpar as bordas dos cálices.

    Hoje gostaria de falar um pouco sobre espírito firme, determinado e dedicado.

    Na verdade quando eu estava escrevendo este texto nesta semana, não tinha ideia do que falar no dia de hoje.

    Foi quando eu sai da frente do computador para respirar um pouco. E depois decidi sair com a Cecília para entregar um jornal para uma senhora.

    No mês de abril houve a divulgação nos arredores da igreja promovida pela Associação Yonomotokai do Alto Tiete. E neste dia nos dividimos em vários grupos, e um dos grupos encontrou com uma senhora que conversando disse que fazia muito tempo que não recebia o jornal da Tenrikyo. E antes recebia todos os meses por muitos anos, que o marido dela gostava muito de ler. Jornal este que, com certeza eram entregues pelos meus pais. E depois de entregar o jornal, ministrou uma oração, o ossazuke que tinha dores na coluna.

    Depois disso, me passaram o endereço desta senhora, e ficou decidido que todos os meses eu iria levar o jornal para eles.

    Quando fui levar o jornal nesta semana, a senhora nos atendeu com muita simpatia, e em razão da dor na coluna fizemos o ossazuke, e ela nos contou que gostava muito de receber o ossazuke, e que na outra vez em que recebeu, ficou uns 4 a 5 dias sem dor. E estava esperando outra oportunidade de receber o ossazuke.

    Mudando de assunto, esta semana a minha irmã Satsuki conversou com a Cecília que a minha mãe gostaria de ensinar a tocar os instrumentos femininos. E perguntou se ela gostaria de realizar estes treinos durante a semana.

    Esta semana fui visitar um amigo no hospital, e no dia seguinte foi o enterro, e no enterro comentei com os meus irmãos que ele estava bastante forte, e que não achava que retornaria no dia seguinte. E o meu irmão disse, “ele foi bastante forte”. E que se fosse ele, só de por acaso saber que está com uma doença, já se entregaria. E prosseguiu falando que a minha mãe ao contrário sempre teve as suas recaídas, e todas as vezes, imaginava-se que desta vez não se recuperaria. Mas por incrível que pareça, ela se recuperou em todas as vezes.

    Mas o que eu quero dizer aqui é esta força dela.

    No episódio do Caqui, a Oyassama estava com 86 anos de idade. E sempre o seu coração era o de fazer pelos outros.

    A minha mãe teve um AVC, ou vários, não sabemos dizer ao certo, e anda na cadeira de rodas. Mas como todos vocês já perceberam, ainda continua dando bronca para corrigir sobre as razões, tentando acertar com a régua do céu.

    E a cada vez que é realizado uma divulgação neste bairro, ouvimos o comentário de muitas pessoas que receberam o jornal e também o ossazuke, e com certeza se nós não continuarmos a regar estas sementes, um dia ela poderá apodrecer.

    Este ano a minha mãe completou 79 anos. E ainda tem a força e a coragem de ensinar os instrumentos sagrados.

    O condutor da igreja Tsu Suzano também ficou muito contente, e os dois disseram que se deslocariam até aqui para vir ensinar umas duas vezes por semana. E continuou comentando que aprender os instrumentos sagrados é receber a graça de poder evoluir o espírito, porque faz com que as pessoas mudem o seu hábito para melhor. Mudando o seu espírito para melhor, com certeza teremos a vida em direção a felicidade.

     Um dia o meu irmão Haruo disse a Lucy que gostaria que ela fosse igual a minha mãe. Não sei exatamente no que, e não me lembro exatamente a resposta dela, mas hoje imagino que seria sobre a sua convicção e continuar a ajudar as pessoas, transmitindo os ensinamentos de Oyassama. E creio que se este pedido que o Haruo fez a Lucy fosse estendido a todos, a alma do Haruo e a de Oyassama ficariam imensamente felizes.

    Vamos ensinar os instrumentos sagrados ás pessoas desde pequenas.

    A Sede Dendotyo está ficando cada vez mais bonito com a dedicação do Hinokishin de todos.

    Nos dias 25 e 26 deste mês será a ultima oportunidade de fazer esta dedicação nesta época.

    No dia 26 de maio, o Brasil recebeu um novo Primaz, o Tyotyossama Kaoru Murata, e no dia 10 de julho será a comemoração dos 71 anos da Sede, e também a cerimônia de posse. Conto com a dedicação de todos.

Muito obrigado.