A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

INFORMATIVO Nº 231 - DEZEMBRO DE 2021

 



Palestra da Cerimonia Mensal de dezembro de 2021

 

José Katsumi Ishii

Muito bom dia a todos.

Agradeço a presença de todos os senhores no dia de hoje, na última cerimônia mensal deste ano.

No começo do ano recebi uma mensagem que dizia: Que em 2021 você possa dizer várias vezes “caramba, estou vivendo o melhor ano da minha vida”, e comentei na Grande Cerimônia de janeiro. Como foi o ano de vocês? Espero que vocês tenham dito várias vezes, não só uma vez, “Estou vivendo o melhor ano da minha vida”.

 

Hoje gostaria de ler e comentar o episódio 144, “A Razão que Alcança o Céu”

Do dia 24 de março a 5 de abril de 1884, Oyassama passou por um sacrifício no Presídio de Nara e, nessa ocasião, Tyuzaburo Koda também foi detido por 10 dias. Nesse período, o carcereiro ordenou a Koda que limpasse a privada. Terminada a limpeza, voltou junto a Oyassama, que lhe perguntou:

“Koda, como se sentiu ao ser trazido a um lugar como este e obrigado a limpar uma privada suja?”

“Que me obriguem a fazer o que for, se pensar que estou servindo a Deus é realmente excelente”, — respondeu Koda. Então, ela explicou:

“Isso mesmo. Quão penoso e desagradável seja o trabalho, se fizer julgando-o excelente, esta razão alcançará o céu. A razão aceita por Deus será transformada excelentemente em virtude. No entanto, mesmo que faça trabalhos difíceis e cansativos, se fizer queixando-se: ‘ah! que penoso!’, ‘ah! que desagradável!’, a razão da insatisfação alcançará o céu.”

 

Tudo nesta vida se pensarmos que estamos servindo a Deus, ficaremos com o coração sempre feliz. Às vezes quando pensamos que estamos fazendo para os outros, e não temos o reconhecimento ficamos com o coração empoeirado.

Este episódio explica como deve ser a postura e a atitude para se fazer o hinokishin.

Sobre o Tyuzaburo, quando voltou à sua casa depois de trabalhar por um período de tempo fora, encontrou sua filha Riki, enferma dos olhos num estado tão grave que a perda da visão era uma questão de tempo.

Em 1882 um missionário da Tenrikyo os visitou, e, Riki na manhã seguinte chegou a ver vagamente os dedos.

Então, eles regressaram a Jiba onde ficaram durante sete dias. No terceiro dia, a esposa Saki solicitou: “Por favor, cure pelo menos um dos olhos de minha filha, em troca de um dos meus.” A partir dessa noite, um dos olhos de Saki foi perdendo gradativamente a visão, e um da filha foi melhorando aos poucos até sarar. Tyuzaburo, chorando de emoção por essa milagrosa cura, finalmente decidiu seguir esta fé.

Então, Tyuzaburo enviou à província o pedido de demissão. Mas, seu pedido foi indeferido. Sem saber o que fazer, consultou Oyassama que respondeu:

“Uma ponte já liga o caminho de 800 quilômetros. Não existe senão o senhor para atravessá-la.”

Emocionado com estas palavras, decidiu-se do fundo do coração pelo espargimento da fragrância da fé e pela salvação e, partiu animado dando o primeiro passo no missionamento em Niigata.

 

Mudando de assunto, neste mundo, cada um tem o seu modo de pensar, de sentir, e de agir. Por isso é natural que as coisas não aconteçam conforme o nosso desejo, pois somos diferentes um do outro. Somos diferentes porque nós seres humanos temos poeiras espirituais diferentes um do outro.

Mas com a realização do Serviço Sagrado e a ministração do Sazuke (concessão divina), com certeza receberemos a salvação ao limpar as poeiras do coração. Assim, o mundo se transformará no de alegria de acordo com o desejo de Deus-Parens. Tem uma história que nos faz refletir muito sobre isso.

Uma senhora, bastante preocupada com a descoberta de um tumor no seu pulmão, foi consultar o condutor da sua igreja, e comentou que os médicos nada podiam fazer em razão do tamanho do tumor que não era pequeno.

Esta senhora sempre foi bastante fervorosa, sempre se dedicou às atividades da igreja, sendo assim, sobre as suas atitudes, o condutor não tinha o que falar.

Então, lembrou-se de uma frase que dizia: “O problema de uma pessoa, é também problema de todos que a cercam.” E explicou que todos os membros da família deveriam solicitar de coração a recuperação, para que todos possam eliminar as poeiras do coração.

“E eu o que devo fazer?” Perguntou ela.

Esta senhora morava com o filho e a nora, mas depois de um desentendimento familiar, a nora resolveu morar separado. O condutor sabendo desta situação disse: “Para que você fique boa, deve pedir para que o seu filho ministre o Sazuke na senhora.”

“Não, isso vai ser muito difícil, ele tem o Dom do Sazuke, mas nunca ministrou a ninguém.”

“Pode deixar que vou ligar para o seu filho e explicar a situação. Chegando lá peça que lhe ministre o Sazuke.”

“Até quando devo ir?”

“Até a senhora sarar.”

Com um pouco de receio, esta senhora foi até a casa do filho e pediu para que ministrasse o Sazuke todos os dias.

No mês seguinte, na cerimônia mensal da igreja, ela encontrou com o condutor que lhe perguntou como estava. E ela respondeu que o tumor continuava igual, mas que havia acontecido uma coisa muito boa. O filho, vendo a mãe se deslocar todos os dias a sua casa, disse “Mãe, não precisa mais ter o trabalho de vir até aqui, eu vou até a casa da senhora depois do meu serviço.” E assim, depois de muito tempo, o filho começou a frequentar na casa da mãe novamente. E ela estava muito feliz por isso.

Na outra cerimônia mensal, se encontrou novamente com o condutor e, muito feliz contou que havia acontecido outra coisa boa: “A partir deste mês, a minha nora também começou a vir com o meu filho, e juntos estão solicitando a minha recuperação”.

No outro mês, com mais alegria, encontrou o condutor e disse, “Fiz o exame e o tumor diminuiu consideravelmente, e agora os médicos disseram que posso fazer a cirurgia”.

Então ela se submeteu a cirurgia e recebeu a completa graça de se recuperar. E feliz ela dizia, “Graças a esta doença que me foi concedido por Deus, tive a harmonia familiar de volta. Como é gratificante o caminho de Deus.”

Percebemos claramente que Deus-Parens estava ansioso para que a harmonia voltasse a esta família.

É de se desejar que todos nós limpemos as poeiras do nosso coração para que possamos alcançar um mundo cheio de harmonia o quanto antes.

 

Sobre o falar coisas boas, outro dia assisti um vídeo onde falava: “Como ficar feliz de uma hora para outra de uma forma bastante fácil utilizando uma simples dica”.

Há no mundo pessoas que tem uma linda casa, um bom carro, casado com uma pessoa bonita, mas se dizem infelizes.

E outras que moram numa casa simples, tem o seu dia a dia bastante simples, mas que dizem que são muito felizes.

Então qual é a diferença entre eles. E a resposta é simples. É a palavra.

Então podemos pensar, porque de acordo com as palavras o nosso dia vai mudar?

Parece que houve um estudo que diz que, quando soltamos palavras positivas, o cérebro começa a trabalhar para procurar coisas positivas. E procurando coisas positivas, ele vai num ritmo continuo a procura de mais coisas positivas.

As palavras que utilizamos no nosso dia a dia é que se torna a nossa realidade. É o que vai construir o nosso futuro. O poder da palavra vai transformando o nosso dia a dia.

Se soubermos disso, iremos continuamente entrando numa vida tão animada e feliz, que não conseguiremos mais voltar a vida infeliz. Todas as pessoas do mundo querem ser felizes. Não há ninguém que quer ser infeliz. Mas se dentre vocês houver alguém que diga que não quer ser feliz, acho bom procurar um psicólogo.

Quando falamos palavras positivas o cérebro começa a procurar estas provas.

Por exemplo num passeio, quando falamos, olha aquela flor que bonita, que dia gostoso. Quando falamos isso, o nosso cérebro começa a procurar ao nosso redor coisas alegres e positivas e, começamos a perceber as pessoas sorrindo, o céu azul, até mesmo uma chuva fica gostosa.

E quando o dia termina, sentimos que o dia foi fantástico.

Mas se saem palavras como, como tem lixo aqui, ou como cansa este passeio. Quando saem palavras negativas da nossa boca, o cérebro começa a procurar coisas negativas, como, acho que amanhã ficarei com dores nos músculos, não estão cuidando bem deste parque direito... etc. 

E no final pode até falar, puxa não deveria ter vindo passear no parque.

 

Então sobre a frase “Estou vivendo o melhor ano da minha vida”.

Se não disseram várias vezes, ou ainda não disseram nenhuma vez ainda neste ano, ainda dá tempo, pois temos ainda 26 dias para o ano terminar.

Espero que todos vivam o melhor ano da vida de vocês sempre, utilizando sempre palavras positivas.




quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

INFORMATIVO Nº 230 - NOVEMBRO DE 2021

 


Palestra da Cerimonia Mensal de novembro de 2021

José Katsumi Ishii

Muito bom dia a todos.

Agradeço a presença de todos os senhores no dia de hoje.

Hoje gostaria de ler e comentar o episódio 143, com o título “É Natural que Ame os Filhos”

Guenjiro Fukaya costumava consultar Oyassama imediatamente, quando tinha alguma dúvida. Certa vez, consultou-a através do mediador e recebeu a seguinte explicação:

“Ao passar um ano haverá a virtude de um ano. Ao passarem dois anos, haverá a virtude de dois anos. Ao passarem três anos se tornará pai. Tornando-se pai, é natural que ame os filhos. Ame-os de toda e qualquer maneira. Não se deve odiar os filhos.”

Ouvindo estas palavras, Guenjiro passou a tratar os seguidores com maior atenção e sinceridade. Quando eles vinham no dia da Cerimônia Mensal, preparava-lhes sushi e moti. Embora isso pareça ser algo sem muita importância, foi assim que Guenjiro criou pacientemente os seguidores, dedicando toda a sua sinceridade.

Uma vez, num evento, os diretores da igreja cujo responsável era o Sr Guenjiro, estavam comentando que se caso o alojamento ficasse lotado de fiéis, então era para ser usado a barraca provisória montada no quintal. Porém, o condutor Guenjiro achou indesculpável fazer com que os fiéis que vieram de tão longe, com muito sacrifício, ficassem na barraca. Como os diretores estão sempre bem acomodados no alojamento do condutor, então, Guenjiro ofereceu o alojamento a eles os diretores foram para a barraca.

Agora gostaria de comentar um pouco sobre o panfleto deste ano que tem o título “Bilhões de anos de dedicação”.

Segundo estimativas científicas, o universo teve início a 13,8 bilhões de anos atrás e o planeta Terra surgiu aproximadamente há 4,6 bilhões de anos. Ainda, estima-se que o surgimento do Homo Sapiens (o chamado homem moderno) foi há 300 mil anos.

Se convertermos a longa história do universo em um ano, ou seja, considerando que tudo começou às 0h0min0seg do dia 1º de janeiro, o surgimento do planeta Terra só ocorre no início de setembro, sendo que o Homo sapiens aparece apenas às 23horas 48 minutos e 35 segundos do último dia do ano. A vida humana, proporcionalmente falando, não equivaleria a 0,3 segundos.

Após milhares de simulações no computador, chegou-se a conclusão de que a habitabilidade de um planeta não é um fator tão surpreendente. No entanto, permanecer habitável durante bilhões de anos, tempo necessário para o surgimento, evolução e continuação da vida, já é um fenômeno de difícil explicação, a não ser que seja resultado de um milagre.

No livro Doutrina de Tenrikyo está escrito da seguinte forma. Então, Deus observou esse mar de lama. Viu Izanami que tinha a alma da Oyassama, e Izanagui que tinha a alma do marido de Oyassama, atraiu-os para junto de si com a intenção de fazê-los o modelo original de casal humano, e comprometeu-se a trazê-los de volta à residência original para serem reverenciados pela posteridade como Deus, quando passarem tantos anos quanto o número de filhos dados à luz na sua primeira geração e, obtendo consentimento, tomou-os para si. E esse número de anos foi de 900.099.999 anos.

E há um trecho no livro Vida de Oyassama, no momento da revelação divina que diz. “É natural que agora tenham diversas preocupações, mas decorridos 20 ou 30 anos, virá o dia em que todos admirarão a verdade da minha intenção.”

E o que os homens responderam? “Nós, como seres humanos, não podemos esperar de modo algum durante 20 ou 30 anos.”

Se Deus me dissesse para eu esperar 20 ou 30 anos, acho que eu falaria a mesma coisa, imaginem se diz 900 milhões de anos? Mas Oyassama com o seu coração de mãe, com o coração de que tudo de bom quer para os seus filhos, aceitou.

É o coração de mãe, é o coração muito além de grande, reparem como o pensamento de Deus é muito grande. E sentimos como é grande o amor de Deus por nós, seres humanos. Ele não tem aquele sentimento pequeno, mesquinho.

Existe uma piada assim:

Certa vez um homem que não se conformava com sua condição, rezou muito e conseguiu um contato com Deus:

- Deus, quanto vale um segundo para você?

- Para mim, vale um milhão de anos.

- E quanto vale um centavo?

- Um centavo, para mim, vale um milhão de reais.

- Por favor, Deus, pode me dar um centavo?

- Tudo bem, espera só um segundo.


Nesta piada o homem não se conformava com sua condição, mas não devemos reclamar da nossa situação, pois tudo que nós temos é de acordo com o nosso merecimento. Portanto devemos estar sempre agradecendo a Deus Parens e Oyassama por tudo que temos, e não ficar reclamando daquilo que não temos.

Lendo o panfleto, e também pela piadinha, como Deus é paciente não acham?

Todos nós temos que nos esforçar para que possamos evoluir o coração para podermos nos aproximar da vida plena de alegria e felicidade.

Mas falando em paciência, acho que eu estou muito longe da intenção de Deus.

Ultimamente até que me contenho, mas antigamente eu era bem impaciente, mesmo para ir passear, que é uma coisa agradável, quando os irmãos demoravam para se preparar, eu ficava apressando-os, e ficava nervoso por estarem atrasados e lerdeando. E isso chegava a até a estragar o passeio, criando um ambiente chato.

Por isso devemos ter em mente sempre as oito poeiras espirituais, que são a mesquinhez, cobiça, ódio, amor-próprio, rancor, raiva, ambição e orgulho.

Sentimos ódio, rancor e raiva quando perdemos a paciência.

Por causa do amor-próprio que pensa somente em si, não conseguimos enxergar o sentimento do outro.

E por causa do orgulho, não conseguimos perdoar a atitude dos outros.

Por isso é importante limpar as poeiras do coração sempre, realizando o Serviço Sagrado, para purificarmos o espírito.

Vamos todos estudar a doutrina de Tenrikyo, e sempre manter a evolução espiritual.






quarta-feira, 27 de outubro de 2021

INFORMATIVO Nº 231 - OUTUBRO DE 2021


 

Bom dia a todos.

Gostaria de agradecer a presença de todos na Grande Cerimônia de outubro que relembra a Revelação de Deus-Parens em Oyassama no dia 26 de outubro de 1838. E faz relembrar também o marco da criação dos homens a 900.100.183 anos atrás.

Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 142, SER PEQUENO É PROMISSOR.

           Foi um fato ocorrido no tempo em que Guenjiro Fukaya estava propagando a fé em vários locais e promovendo a salvação, cada vez mais entusiasmado em difundir de qualquer maneira este excelente ensinamento.

Nessa época, ele não tinha mais roupas, nem carvão e muito menos o alimento do dia, se não recebesse a graça de Deus-Parens; todavia, conduzia à Residência sem um mínimo sinal de desânimo. Então, Oyassama dizia-lhe frequentemente:

“Ser pequeno é promissor. Ser pequeno não deve ser motivo de insatisfação. Das coisas pequenas é que as virtudes se acumulam e tudo se torna grande. O pinheiro também teve a sua época em que foi pequeno. Tenha prazer nas coisas pequenas. No futuro, surgirão grandes brotos.”

Para qualquer pessoa, o início do caminho da salvação é estreito e pequeno. Entretanto, durante a caminhada, não se deve reclamar. Se passar com prazer, no futuro abrirá um amplo, surgindo grandes brotos.

Esse episódio é a continuação do episódio que comentei no mês passado, “Do nó também corta-se o broto”. Após receber a autorização de Oyassama em constituir uma irmandade, ele disse a Oyassama “Nós cinco, seguiremos Deus, aconteça o que acontecer”.  Se não fosse esta forte determinação, ao não ter mais roupas, nem carvão e muito menos o alimento do dia, creio não seria fácil se animar nos momentos de dificuldades.

E neste episódio a Oyassama o acolheu mais ainda falando, “Ser pequeno é promissor. Tenha prazer nas coisas pequenas. No futuro, surgirão grandes brotos.”

Já experimentei passar por dias sem ter dinheiro, muitas vezes na loja não tínhamos o dinheiro para pagar a conta de um boleto vencido, que já estava prestes a ser protestado. Então até o último minuto antes de fechar o cartório esperávamos fazer uma venda para que pudéssemos pagar as contas.

Mas creio que isso é bem menos sofrido do que o não ter alimento do dia. E a situação de Guenjiro não deve ter sido nada fácil.

Na pandemia encontramos muitas famílias nesta situação. Sendo assim, a Associação Yonomotokai realizou uma campanha de arrecadação de alimentos, e se conhecerem pessoas nesta situação gostaria que ajudassem a distribuir estes alimentos.

Mudando de assunto, gostaria de falar um pouco sobre o nascimento dos meus filhos.

         Na época do nascimento do meu primeiro filho, chegamos ao hospital, e a secretária estava preenchendo os dados no computador, e uma das perguntas era: Qual é a sua religião?

Eu respondi bem devagarinho para não ter precisar repetir: Ten- ri-kyo.

“Não tem”, ela falou.

“Não é só escrever ai?” respondi.

E ela disse que era para eu escolher uma entre aquelas que constava no computador. Então ela leu vários nomes, e acabei me tornando da Seicho no ie.

Já pensou se é um nome? Qual é o seu nome? José. Não tem. Escolhe um outro.

Como foi bem no nascimento do meu filho, pensei que talvez Deus-Parens esteja me cutucando para não me esquecer da transmissão vertical do ensinamento, de pai para filho. E também fazer mais salvação e divulgação, para que todos do mundo possam conhecer os ensinamentos da Tenrikyo.

O nosso desejo era de que o bebê nascesse de parto normal, mas ele estava atrasado quase 20 dias, e como o batimento cardíaco do bebê já estava bem acelerado, e não havia dilatação, o médico decidiu realizar uma cesariana.

Logo que nasceu, o médico me chamou e me disse que o bebê havia feito cocô e chegou a engolir, e que tentaram tirar o máximo do pulmão, mas que o bebê teria que ficar de observação.

Naquele dia, na verdade nem fiquei muito preocupado, mas na semana passada pesquisei sobre o assunto e descobri que sempre há um milagre no nascimento de uma criança.

O assunto dizia: A situação se torna um problema quando o trabalho de parto demora demais para acontecer. “placenta envelhece e começa a faltar oxigênio. O bebê entra em sofrimento fetal. Essa situação faz com que a criança relaxe e o ânus elimine o cocô. O que se chama de cocô, nesse caso, é, na verdade, o mecônio, uma massa compacta, que bloqueia o intestino da criança para ele não funcionar durante a gestação.”

Como esse “cocô” fica solto no útero da mãe, o bebê pode aspirá-lo. Dentro do pulmão, ele acaba formando uma camada oleosa, o que impede a natural troca de ar. Por isso, é necessário, muitas vezes, que o bebê seja encaminhado para a UTI, onde é entubado com oxigênio para auxiliar na respiração. 

Lendo isto descobri que houve uma grande providência de Deus-Parens e também graças a permissão do parto feliz que havíamos recebido de Oyassama, em Jiba, não houve nenhum problema. Saber disso agora é como ter recebido um grande presente no passado e ter se esquecido de agradecer. Por isso, creio que em qualquer situação, devemos estar sempre agradecendo a Deus.

No nascimento do segundo filho, iríamos fazer da mesma forma, pagando pelo parto no particular. Mas os meus pais solicitaram para que fizéssemos o parto pelo SUS, oferendando o dinheiro que seria utilizado para o parto.

Quando o primeiro filho nasce de cesariana, a probabilidade dos outros filhos também nascerem de cesariana é bastante grande. Se o parto é normal a recuperação da mãe é mais rápida. Portanto tínhamos o desejo de que o parto fosse normal desta vez.

Quando o parto é pelo SUS, há vezes que estagiários ficam observando para aprenderem, e perde-se um pouco de privacidade, mas mesmo assim decidimos ouvir o pedido de nossos pais.

Acho que Deus aceitando o nosso espírito, o segundo filho nasceu forte, e de parto normal, e desta vez sem se atrasar. E não precisou comer cocô.

Mas na hora do cadastro, acabei me tornando um membro da Seicho-no-Ie, mais uma vez.

         Os dois primeiros eram bem branquinhos quando nasceram, e eu e a Mieko éramos bem brancos quando pequenos, mas quando nasceu o Mitsuru, o meu terceiro filho, ele nasceu bem moreninho, tanto é que no documento dele constava como Pardo.

         A história do nascimento deles, eles nunca iriam saber se eu não as contasse. Somente quem esteve presente poderia explicar exatamente como foi. E a criação original, Deus-Parens sabe exatamente como e quando foi, por isso pode nos dizer com exatidão que foram há exatos 900.100.183 anos atrás, que nós seres humanos fomos criados.

E se pensarmos sobre como nascemos e como viemos sendo educados até agora, podemos compreender sobre as dificuldades que os pais passaram. E consequentemente entender o amor de Deus-Parens em nos criar e proteger até os dias de hoje.

Há um verso na Escritura Divina que diz:

             Para iniciar o mundo inexistente,

             Tsukihi (Deus) tem se dedicado gradualmente.



No panfleto deste ano está escrito assim: “Há duas formas de viver a vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre” (Albert Einstein)

Enquanto que, para uns, a evolução da vida é obra do acaso, para outros, é resultado de um milagre. E, de acordo com o ensinamento da Tenrikyo, tudo está conforme a intenção de Deus.

Entendendo então o milagre que vivemos todos os dias, é de se esperar que todos nós possamos salvar uns aos outros, para retribuir a gratidão a Deus-Parens.

 

Muito obrigado.

 

José Katsumi Ishii

 









terça-feira, 21 de setembro de 2021

INFORMATIVO Nº 230 - SETEMBRO DE 2021

 



Muito bom dia a todos.

Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 141 do livro Episódios da Vida de Oyassama, com o tema, “Do nó também corta-se o broto”

No começo de março de 1884, Guenjiro Fukaya que se desligara da Irmandade Meissei, regressou a Jiba com Zensuke Uno para obter a permissão de constituir a Irmandade Shidokai.

Partiram de Kyoto ao entardecer, chegando a Nara às duas horas da madrugada e à Residência pouco antes do alvorecer. Foram conduzidos à presença de Oyassama por Rissaburo Yamamoto e solicitaram a permissão. Então, tiveram estas palavras:

“Vieram perguntar. Vieram perguntar. Devem ouvir e compreender bem. Mesmo Jiba, durante o período de 48 anos, tem-se inflamado e tem sido espremida. Ter-se inflamado e ter sido espremida... Ainda, virão espremer. Ainda, há broto por existir o nó. Do nó também corta-se o broto. Peço que escutem e compreendam bem esta razão. Sofrendo dificuldades e aflições, o Caminho veio passo a passo até agora. Digo-lhes que escutem e compreendam bem.”

Ainda, não era uma permissão definitiva, de modo que Fukaya e Uno solicitaram mais uma vez: “Nós cinco, seguiremos Deus, aconteça o que acontecer.”

Então, veio a permissão:

“Aceitei a sinceridade. Aceitei-a. A semente da Shidokai, de hoje em diante, foi coberta de terra, e não imaginam quão grande se tornará doravante. É bom que transmitam uma vez, também, às pessoas da irmandade. Mesmo assim, se não ouvirem, Deus estará vendo. Digo para que os deixem.”

A sinceridade dos cinco, Fukaya, Uno, Sawada, Yassura e Nakanishi foi aceita por Deus-Parens.

Guenjiro Fukaya trabalhava como ferreiro em Kyoto. Foi o primeiro e o terceiro condutor da Igreja-Mor Kawaramati. Entra para a fé após ouvir sobre os ensinamentos, e após sofrer um acidente no trabalho, quando uma fagulha de ferro quente entrou em seus olhos, orou em frente do altar de Deus por várias horas com as mãos no olhos. Ao tirar as mãos, estava sem dores e enxergando normalmente, então, resolveu dedicar a sua vida ao caminho, sempre se contentando com tudo. E ficou conhecido como o sorridente Guenjiro.

A frase: “Mesmo Jiba, durante o período de 48 anos, tem-se inflamado e tem sido espremida”, significa que a Sede da Igreja, nos últimos 48 anos tem sido perseguida e pressionada, sendo atacada por todos os lados. E a irmandade Meissei, que Guenjiro se desligou, estava seguindo por caminhos que estavam em desacordo com a vontade de Deus.

Então, esse nó de se desligar da irmandade Meissei foi um nó para cortar o broto ruim, quando Deus-Parens aceitou a sinceridade de Guenjiro Fukaya.

Falando em sinceridade, hoje gostaria de falar sobre a providência de Deus, de acordo com a sinceridade verdadeira.

No mês de junho uma amiga me comentou que após alguns exames foi diagnosticada com um tumor, e decidiu fazer o tratamento no Japão, num hospital próximo a residência do seu filho.

Graças a maravilhosa proteção de Deus-Parens, conseguiu uma passagem por um preço muito bom, apesar da urgência, para três dias.

Chegando no hospital fez alguns exames, e foi informada que aparentava estar no estágio 2 ou 3, e se estivesse no estágio 3 teria que utilizar uma bolsa. E todos nós ficamos bastante apreensivos.

Depois de algumas semanas foi informada que o tumor era benigno, e não havia a necessidade de fazer quimioterapia, nem de usar bolsa. Mas como é um local onde se formam nódulos com facilidade, deverá fazer um novo exame no dia 26 de outubro.

Bastante feliz, eu disse a ela que o dia 26 de outubro é uma data muito importante para nós, por ser a data da revelação divina, e com certeza tudo se resolverá da melhor forma.

Aproveitando a estada, marcou mais dois exames. Como o próximo exame seria apenas no dia 26 de outubro, ela me perguntou se não poderia ficar no alojamento da igreja fazendo hinokishin, pois o apartamento do filho era pequeno e estava trabalhando home office.  

Terminado todos os exames, foi para Tenri no dia 25, com a intenção de ficar 2 meses no alojamento.

A noite, tomando banho de ofurô, conheceu uma pessoa que estava cursando o terceiro mês do Shuyoka, curso de formação espiritual.

Conversando sobre o curso, ficou interessada, mas também preocupada pela idade, mas informada de que havia muitas outras pessoas até com mais idade, se animou e acabou se inscrevendo para o curso que tem a duração de 3 meses.

A coincidência das datas me surpreendeu, as pessoas que tem interesse em fazer o curso, normalmente programam com meses de antecedência, e devem chegar a cidade de Tenri, em Ojiba, no dia 25 de qualquer mês, pois todos os meses se inicia uma nova turma de 3 meses.

Era como se Deus estivesse chamando-a. Fez chegar em Tenri no dia da inscrição, fez tomar banho de ofurô justamente no mesmo horário da cursista que a animou.

E justamente neste mês uma outra pessoa do Brasil também começou a fazer o mesmo curso no mesmo alojamento. Pessoas que não se conheciam, foram atraídos pela força de Deus-Parens por causa das suas predestinações.

 

Há alguns anos, o marido desta senhora também sofria em razão de um câncer.  Mas para a sua alegria, o irmão da sua nora sempre lhe ministrava o sazuke. E todas as vezes que recebia o Sazuke, se sentia bem. Então o casal esperava ansiosamente pela sua chegada.

Mas infelizmente o marido veio a retornar (falecer), mas, esta senhora, profundamente feliz pelo fato do marido ter podido passar alguns momentos sem dor, solicitou para que o enterro fosse realizado pela igreja Tenrikyo.

 

No livro 20 anos da Igreja Tsu Hakuryu, há o seguinte trecho que fala dos meus pais:

Não caindo no conto do vigário

Muitos imigrantes japoneses, logo que chegavam ao Brasil, eram enganados ou trapaceados por pessoas de má fé por não entenderem a língua portuguesa. Porém, Masaru, com a sua esperteza nata, nunca passou por essa situação.

A senhora Michiyo, fora enganada algumas vezes, mas em outras não, como no caso dos pedintes que alegavam morar na rua de baixo e ter uma pessoa doente em sua casa. Solicitavam uma ajuda em dinheiro, mas preocupada com o enfermo, Michiyo ofereceu-se imediatamente para visitar e fazer uma oração ao doente. Porém, no caminho, este pedinte apontava para a casa mais distante possível, para despistar Michiyo, até que acabava sumindo de vista. Como o seu espírito de querer salvar e sempre ministrar o Sazuke, vem em primeiro lugar, nunca cogitou coisa melhor para quem viesse pedir ajuda.

Voltando ao assunto, esta senhora frequentava a igreja até o período dos 3 anos mil dias que antecediam a celebração dos 110 anos do ocultamento físico de Oyassama, em 1996, mas em razão de umas palavras mal colocadas pela minha mãe, que foram mal interpretadas, ouve um mal estar, e esta senhora acabou se afastando da igreja.

Mas depois de muitos anos, começou a se aproximar por causa da enfermidade do seu marido, e finalmente no dia 25 do mês passado, Deus-Parens e Oyassama a chamaram de volta a terra parental para ter a oportunidade de aprofundar o seu conhecimento sobre a original predestinação de todas as coisas, como se puxando com uma corda invisível.

Na Escritura Divina, ofudessaki, temos o seguinte verso:

Não forçarei a vir aquele que não quer.

Se vierem a seguir-me, estarão bem para sempre. Of III-6

Em 1996, as palavras de minha mãe talvez tenham sido mal interpretadas, mas voltando a frase do livro 20 anos da Igreja Tsu Hakuryu, “Como o seu espírito de querer salvar e sempre ministrar o Sazuke, vem em primeiro lugar, nunca cogitou coisa melhor para quem viesse pedir ajuda”, a sinceridade da semente do “querer salvar” que era a real intenção, depois de mais de 25 anos, agora está germinando.

Conversando com a esposa do condutor da igreja superior Inmutsu, ela me disse exatamente isso, a sua mãe plantou a semente, e você adubou, por isso a semente está germinando agora.

Há uma indicação divina que diz:

“Não há nada mais forte do que a sinceridade. A sin­ceridade é a razão do céu. Se é sinceridade, o mundo concordará com admiração.”         Ossashizu de 2 de junho de 1888

Deus-Parens aceita imediatamente a sinceridade verdadeira e nos assegura infalivelmente toda e qualquer salvação, porque é o espírito que se identifica com a sua vontade e está de acordo com a razão do céu.

Sendo assim, gostaria de solicitar a todos a sinceridade no plantio das boas sementes, fazendo a salvação das pessoas.

E gostaria de terminar com a frase da Escritura Divina:

 

Se tiverem realmente a sinceridade no espírito,

Não haverá falha em qualquer salvação. Of  XIII - 71

 

Muito obrigado.

 

         José Katsumi Ishii