A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

INFORMATIVO Nº 252 - JANEIRO DE 2024

Regresso a Jiba

Muito bom dia a todos.

Estamos terminando de realizar a Grande cerimônia de janeiro. Agradeço a todos pela presença no dia de hoje na Igreja Tsu Hakuryu. 

Reiterando, gostaria de cumprimentar a todos desejando um Feliz Ano Novo.

Neste mês completa-se 137 anos que a Oyassama se ocultou fisicamente por desejar que todos nós realizássemos o Serviço Sagrado que acabamos de realizar. Se durante 50 anos a Oyassama instruiu para que nós fizéssemos o Serviço Sagrado, e se todos nós acreditamos na Oyassama, com certeza este serviço é o que nos fará salvar. Sendo assim, treinar, participar, realizar é o que nos é o mais importante como praticantes da Tenrikyo.


O episódio que gostaria de comentar hoje é o número 162, No Lugar dos Filhos 

Oyassama dizia de vez em quando:

“As minhas pernas estão adormecidas.”

Ou ainda,

“Sinto-me cansada.”

Era estranho que ela se sentisse cansada das pernas desde que, normalmente, não saía muito de casa.

Entretanto, no dia em que ela assim se manifestava, sempre chegava de regresso algum fiel, muito animado. Então, ouvia-se vozes alegres dizendo: “Que excelente! Andamos tanto e pudemos regressar sem sentir qualquer cansaço.” Isso era graças a Oyassama, que se cansava na Residência no lugar dos seus filhos. Ela cansava-se pelos queridos filhos que regressavam a Residência da dedicação única a Deus.

Certa vez, quando Ie Murata ajudou nas atividades agrícolas da Residência por vários dias, apesar de trabalhar muito, inexplicavelmente, não sentiu qualquer dor nas costas ou nas mãos, nem um mínimo cansaço. Assim, disse a Oyassama: “Trabalhei tanto e não sinto a mínima fadiga.” Então, ela lhe falou:

“É mesmo? Eu sentia as pernas exaustas diariamente. Todo o seu cansaço vinha estar comigo.”


Há alguns anos atrás, li sobre a vida da missionária Yoshi Nakagawa, que foi a primeira condutora da Igreja Mor Tohon, nela consta que, ela percorria a pé, 100km de distância da sua casa até Ojiba (sede da igreja Tenrikyo) para solicitar a Deus-Parens a salvação de um enfermo. Depois de receber a graça da cura do enfermo, percorria mais uma vez os 100 km para agradecer. Se a ida e a volta somavam 200km, Yoshi andava 400km por pessoa que desejava salvar. 


Em fevereiro de 2004 passei por uma experiência de ir andando de São Paulo até Bauru. E andar mais de 300 km, as pernas doem muito. Ainda mais para nós que não estamos acostumados a andar a pé. 

Nos primeiros dias quando liguei para a Mieko e ela me disse que estava sentindo dores nas pernas, daí pensei, “Será que Deus está dividindo as minhas dores?” pois ela preocupada, me disse que sempre estava orando por mim no Serviço Sagrado da manhã e da noite. Foi quando me lembrei do episódio da vida de Oyassama “No lugar dos filhos” que acabei de ler hoje.

  Eu acredito que isto realmente aconteça, somente nós seres humanos não sabemos, mas Deus-Parens e Oyassama com certeza estão nos protegendo a todo o momento.

Por falar em proteger, eu e a Cecília fomos para Marília, e na volta fomos para Avaré para visitar um amigo que havia sofrido um acidente de carro. 

No caminho, o Maps indicou um caminho diferente, de repente, o asfalto acabou, mas como vi que tinha caminho, acabei seguindo. depois de percorrer um bom pedaço de estrada de terra estava dando um pouco de medo, pois era bem do lado dos eucaliptos, mas já não compensaria voltar. Num certo ponto havia uma porteira fechada, e nela estava escrito, “Sempre feche a porteira”. Então eu abri e passei. Já estava com medo de levar tiros por parecer que estávamos invadindo uma área particular. 

Bem mais a frente, quando avistamos a estrada há alguns metros, quando fiquei um pouco aliviado, o carro atolou. Tentamos empurrar de todos os lados, mas o carro nem se mexia. Tentei chamar algum socorro na estrada, mas como havia uma cerca não conseguia chamar ninguém. E era uma estrada que não passava ninguém. 

E nos momentos de dificuldade, sempre chamamos Deus, e naquele momento falei “Namu Tenri-Ô-no-Mikoto, Namu Tenri-Ô-no-Mikoto”


Existe uma história na internet que diz o seguinte:

Durante uma grande enchente, um homem muito religioso, porém fanático, não sai de casa de forma alguma. Quando a água chegou a seus pés, um senhor numa canoa passou e o convidou para embarcar, e a resposta foi:

- Não, obrigado. Deus vai me salvar.

Quando a água já estava na cintura, vieram dois jovens num barco oferecendo ajuda. E a resposta foi a mesma:

- Não quero. Deus vai me salvar.

Quando a água ia chegando no pescoço, passou um helicóptero resgatando as últimas pessoas, e alguém gritou para que o homem subisse na corda para salvar a vida. E mais uma vez o teimoso respondeu:

- Já disse que não quero. Deus vai me salvar.

Mas a água subiu e o homem se afogou. Chegou ao céu e foi logo reclamando com Deus:

- Puxa... eu confiava no Senhor. Por que me deixou morrer?

E Deus respondeu:

- Meu filho, mandei-lhe uma canoa, um barco e um helicóptero... O que mais você queria que eu fizesse?


Voltando a história do carro que atolou, depois de alguns minutos, já um pouco desesperado, e entoando “Namu Tenri-Ô-no-Mikoto, numa estrada deserta, onde não passa ninguém e nada, avistei vindo em nossa direção um carro. Tinha uma bifurcação logo atrás de nós, e antes que ele pegasse outro caminho na bifurcação, pedi para parar, e não fiz como o homem da piada, “Pode ir embora que Deus vai me salvar”. Muito pelo contrário, não poderia deixar ir embora de jeito nenhum. Era um carro de uma pessoa que prestava serviços nesta propriedade.

Tentamos empurrar o carro juntos, mas nada do carro sair da lama. Ele tinha uma corda, mas era bem fina, do tipo de alça de bolsa, e tentamos puxar, mas logo arrebentou. Ele falou que em alguns minutos passaria um caminhão, e que esse caminhão poderia nos ajudar. Mas depois recebeu uma mensagem que o caminhão havia quebrado, e demoraria mais de duas horas para chegar. Achei que a única solução seria chamar um guincho, mas mesmo que fossemos chamar o guincho não havia sinal de celular. 

Lá parecia que tudo era longe, mas aí ele falou que ia tentar buscar uma corda em algum lugar. De repente dá aquele friozinho na barriga, e a gente pensa, será que ele vai voltar? Depois de alguns minutos, ele voltou com uma corda mais grossa, eu entrei debaixo do carro, amarrei nos eixos e conseguimos tirar da lama. Aquele momento era um momento de muita alegria. Agradeci muito o rapaz, e tudo que tínhamos no carro de doce e lanchinho entregamos para ele como agradecimento. 

E como ele disse que morava a uns 50 km de Bauru, este mês vamos até lá para agradecer mais uma vez.

No caminho de volta, como eu estava bem sujo, resolvi tomar um banho num posto, e quando cheguei nos banhos, tinha que comprar a ficha num outro lugar mais distante,  num restaurante, foi quando um caminhoneiro me viu naquela situação e com pena me deu uma ficha para tomar banho. Não sabia mais como agradecer, mas como tínhamos um saquinho de amendoim que tínhamos ganhado, acabei dando para este senhor como agradecimento, falando que tenho a certeza de que o mundo tem mais pessoas boas do que más, e com certeza Deus está muito feliz vendo estas pessoas fazerem o bem. 

Nos episódios da vida de Oyassama, ela sempre dizia que se quiser retribuir a gratidão a Oyassama, salve os outros. Tem muitos vídeos na internet onde uma pessoa recebe uma gentileza e repassa essa gentileza aos outros. E quando a gente faz uma gentileza aos outros, nós é que nos sentimos bem. E esse sentir bem é exatamente o que a Oyassama falava, salvando os outros, estamos salvando a si mesmo.


Muito obrigado.


Fazendo a sondagem

Treino da Dança Sagrada