A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

INFORMATIVO Nº 231 - OUTUBRO DE 2021


 

Bom dia a todos.

Gostaria de agradecer a presença de todos na Grande Cerimônia de outubro que relembra a Revelação de Deus-Parens em Oyassama no dia 26 de outubro de 1838. E faz relembrar também o marco da criação dos homens a 900.100.183 anos atrás.

Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 142, SER PEQUENO É PROMISSOR.

           Foi um fato ocorrido no tempo em que Guenjiro Fukaya estava propagando a fé em vários locais e promovendo a salvação, cada vez mais entusiasmado em difundir de qualquer maneira este excelente ensinamento.

Nessa época, ele não tinha mais roupas, nem carvão e muito menos o alimento do dia, se não recebesse a graça de Deus-Parens; todavia, conduzia à Residência sem um mínimo sinal de desânimo. Então, Oyassama dizia-lhe frequentemente:

“Ser pequeno é promissor. Ser pequeno não deve ser motivo de insatisfação. Das coisas pequenas é que as virtudes se acumulam e tudo se torna grande. O pinheiro também teve a sua época em que foi pequeno. Tenha prazer nas coisas pequenas. No futuro, surgirão grandes brotos.”

Para qualquer pessoa, o início do caminho da salvação é estreito e pequeno. Entretanto, durante a caminhada, não se deve reclamar. Se passar com prazer, no futuro abrirá um amplo, surgindo grandes brotos.

Esse episódio é a continuação do episódio que comentei no mês passado, “Do nó também corta-se o broto”. Após receber a autorização de Oyassama em constituir uma irmandade, ele disse a Oyassama “Nós cinco, seguiremos Deus, aconteça o que acontecer”.  Se não fosse esta forte determinação, ao não ter mais roupas, nem carvão e muito menos o alimento do dia, creio não seria fácil se animar nos momentos de dificuldades.

E neste episódio a Oyassama o acolheu mais ainda falando, “Ser pequeno é promissor. Tenha prazer nas coisas pequenas. No futuro, surgirão grandes brotos.”

Já experimentei passar por dias sem ter dinheiro, muitas vezes na loja não tínhamos o dinheiro para pagar a conta de um boleto vencido, que já estava prestes a ser protestado. Então até o último minuto antes de fechar o cartório esperávamos fazer uma venda para que pudéssemos pagar as contas.

Mas creio que isso é bem menos sofrido do que o não ter alimento do dia. E a situação de Guenjiro não deve ter sido nada fácil.

Na pandemia encontramos muitas famílias nesta situação. Sendo assim, a Associação Yonomotokai realizou uma campanha de arrecadação de alimentos, e se conhecerem pessoas nesta situação gostaria que ajudassem a distribuir estes alimentos.

Mudando de assunto, gostaria de falar um pouco sobre o nascimento dos meus filhos.

         Na época do nascimento do meu primeiro filho, chegamos ao hospital, e a secretária estava preenchendo os dados no computador, e uma das perguntas era: Qual é a sua religião?

Eu respondi bem devagarinho para não ter precisar repetir: Ten- ri-kyo.

“Não tem”, ela falou.

“Não é só escrever ai?” respondi.

E ela disse que era para eu escolher uma entre aquelas que constava no computador. Então ela leu vários nomes, e acabei me tornando da Seicho no ie.

Já pensou se é um nome? Qual é o seu nome? José. Não tem. Escolhe um outro.

Como foi bem no nascimento do meu filho, pensei que talvez Deus-Parens esteja me cutucando para não me esquecer da transmissão vertical do ensinamento, de pai para filho. E também fazer mais salvação e divulgação, para que todos do mundo possam conhecer os ensinamentos da Tenrikyo.

O nosso desejo era de que o bebê nascesse de parto normal, mas ele estava atrasado quase 20 dias, e como o batimento cardíaco do bebê já estava bem acelerado, e não havia dilatação, o médico decidiu realizar uma cesariana.

Logo que nasceu, o médico me chamou e me disse que o bebê havia feito cocô e chegou a engolir, e que tentaram tirar o máximo do pulmão, mas que o bebê teria que ficar de observação.

Naquele dia, na verdade nem fiquei muito preocupado, mas na semana passada pesquisei sobre o assunto e descobri que sempre há um milagre no nascimento de uma criança.

O assunto dizia: A situação se torna um problema quando o trabalho de parto demora demais para acontecer. “placenta envelhece e começa a faltar oxigênio. O bebê entra em sofrimento fetal. Essa situação faz com que a criança relaxe e o ânus elimine o cocô. O que se chama de cocô, nesse caso, é, na verdade, o mecônio, uma massa compacta, que bloqueia o intestino da criança para ele não funcionar durante a gestação.”

Como esse “cocô” fica solto no útero da mãe, o bebê pode aspirá-lo. Dentro do pulmão, ele acaba formando uma camada oleosa, o que impede a natural troca de ar. Por isso, é necessário, muitas vezes, que o bebê seja encaminhado para a UTI, onde é entubado com oxigênio para auxiliar na respiração. 

Lendo isto descobri que houve uma grande providência de Deus-Parens e também graças a permissão do parto feliz que havíamos recebido de Oyassama, em Jiba, não houve nenhum problema. Saber disso agora é como ter recebido um grande presente no passado e ter se esquecido de agradecer. Por isso, creio que em qualquer situação, devemos estar sempre agradecendo a Deus.

No nascimento do segundo filho, iríamos fazer da mesma forma, pagando pelo parto no particular. Mas os meus pais solicitaram para que fizéssemos o parto pelo SUS, oferendando o dinheiro que seria utilizado para o parto.

Quando o primeiro filho nasce de cesariana, a probabilidade dos outros filhos também nascerem de cesariana é bastante grande. Se o parto é normal a recuperação da mãe é mais rápida. Portanto tínhamos o desejo de que o parto fosse normal desta vez.

Quando o parto é pelo SUS, há vezes que estagiários ficam observando para aprenderem, e perde-se um pouco de privacidade, mas mesmo assim decidimos ouvir o pedido de nossos pais.

Acho que Deus aceitando o nosso espírito, o segundo filho nasceu forte, e de parto normal, e desta vez sem se atrasar. E não precisou comer cocô.

Mas na hora do cadastro, acabei me tornando um membro da Seicho-no-Ie, mais uma vez.

         Os dois primeiros eram bem branquinhos quando nasceram, e eu e a Mieko éramos bem brancos quando pequenos, mas quando nasceu o Mitsuru, o meu terceiro filho, ele nasceu bem moreninho, tanto é que no documento dele constava como Pardo.

         A história do nascimento deles, eles nunca iriam saber se eu não as contasse. Somente quem esteve presente poderia explicar exatamente como foi. E a criação original, Deus-Parens sabe exatamente como e quando foi, por isso pode nos dizer com exatidão que foram há exatos 900.100.183 anos atrás, que nós seres humanos fomos criados.

E se pensarmos sobre como nascemos e como viemos sendo educados até agora, podemos compreender sobre as dificuldades que os pais passaram. E consequentemente entender o amor de Deus-Parens em nos criar e proteger até os dias de hoje.

Há um verso na Escritura Divina que diz:

             Para iniciar o mundo inexistente,

             Tsukihi (Deus) tem se dedicado gradualmente.



No panfleto deste ano está escrito assim: “Há duas formas de viver a vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre” (Albert Einstein)

Enquanto que, para uns, a evolução da vida é obra do acaso, para outros, é resultado de um milagre. E, de acordo com o ensinamento da Tenrikyo, tudo está conforme a intenção de Deus.

Entendendo então o milagre que vivemos todos os dias, é de se esperar que todos nós possamos salvar uns aos outros, para retribuir a gratidão a Deus-Parens.

 

Muito obrigado.

 

José Katsumi Ishii