A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

INFORMATIVO Nº 219 - DEZEMBRO DE 2020

 



Bom dia a todos.

Acabamos de realizar a última cerimônia do ano, a do mês de dezembro deste ano que foi diferente de todos os anos que já passamos.

Ainda estamos no meio da pandemia que está assolando o mundo todo, mas entendemos que tudo é em razão da profunda intenção de Deus-Parens, para que possamos alcançar o quanto antes a Vida Plena de Alegria e Felicidade.

E creio que o que Deus-Parens mais deseja é a transformação do nosso coração para aquele que deseja a salvação das pessoas.

O episódio da vida de Oyassama deste mês é o de número 132, com o tema “QUE DELÍCIA” que diz assim:

Nakata, Yamamoto, Takai e outros que serviam na Residência, iam de vez em quando aos riachos pegar peixes pequenos e camarões e faziam um cozido adocicado. Certa vez, levaram-no a Oyassama que, retirando do meio o peixe que lhe parecia maior, falou como se explicasse a uma criança:

“Que seja saboreado e elogiado por todos, para que da próxima vez, volte evoluído.”

E, dirigindo-se para os que estavam à sua volta, disse-lhes:

“Assim, convencendo o maior, os outros se convencerão naturalmente.”

E continuou a ensinar:

“Peço a todos que elogiem a comida dizendo: que delícia, que delícia. Se forem saboreados deliciosamente e elogiados pelos homens, evoluirão pela razão de terem sido motivo de contentamento e se aproximarão dos homens a cada vez que renascerem.”

Oyassama falava da mesma maneira quando as irmandades de várias localidades oferendavam coelhos, faisões e aves silvestres.

Infelizmente tenho visto algumas pessoas que ao comerem, nada fazem para começar a comer, simplesmente pegam os talheres e começam a comer, como se tudo fosse muito normal.

 Por que devemos agradecer na hora das refeições?

Agradecemos a Deus por ter colocado os alimentos na nossa mesa (creio que isso deve estar muito claro na mente das pessoas), mas também porque as verduras, as frutas, o frango, o boi, os peixes, tudo tem vida. E nós estamos recebendo estas vidas para mantermos a nossa.

Oyassama nos ensina que devemos saborear e elogiá-los. Sendo assim, pela razão de terem sido motivo de contentamento se aproximarão dos homens a cada vez que renascerem.

Então, ao fazerem as suas refeições, gostaria de pedir que juntem as suas mãos, em qualquer lugar que seja, no restaurante, no trabalho etc, para agradecerem pelas vidas que estão sendo doadas a nós.

Não se esqueçam de agradecer a refeição na confraternização daqui a pouco, aqui no salão, batendo duas palmas.

Como disse, já estamos no mês de dezembro, e na verdade estou muito feliz de termos encerrado o mês de novembro, o mês de novembro para mim nos últimos dois anos me deixou um certo trauma, e fico com as atenções um pouco mais a flor da pele.

Isto porque no mês de novembro do ano passado, tivemos uma visita inesperada durante a madrugada, que levou o notebook, a chave do meu carro, e o carro do meu irmão.

E em novembro do ano retrasado também houve uma visita inesperada que levou o meu tênis, e mais outras coisas também.

E como aconteceu por duas vezes seguidas, este ano estávamos um pouco mais atento, mas esta visita inesperada não aconteceu, mesmo que de vez em quando esquecêssemos as janelas abertas, o portão da garagem aberto, e em outras vezes, esquecendo de ligar o alarme também.

Mas antes de continuar este assunto, gostaria de contar um episódio da vida de Oyassama.

É o episódio 39, BEM MELHOR.

Narazo, filho de Yahei, com dois anos de idade, contraiu difteria, e foi desenganado pelo médico, quando lhe lançaram a fragrância da fé.

 Ao solicitarem à Residência, veio imediatamente uma pessoa para ministrar a graça da salvação, e o menino foi milagrosamente salvo.

O pai Yahei fez logo uma visita de agradecimento à Residência, levando consigo Narazo, e continuou fervorosamente na fé.

Certo dia, ao voltar da Residência e indo deitar-se já às altas horas da noite, ouviu barulhos. Achando estranho, levantou-se silenciosamente e foi verificar o que era, quando um homem, assustado, fugiu na escuridão, sem levar um grande embrulho cheio de objetos de valor.

Yahei muito contente, foi visitar logo de manhã e agradeceu de coração a Oyassama expressando: “Graças a Deus, foi muito bom!” Então, ela lhe disse:

“Não seria bem melhor, se tivessem sido levados por quem os necessita?”

Dizem que Yahei ficou profundamente impressionado com estas palavras.

O que vocês acham deste episódio?

Um tanto estranho?

Vamos supor que vocês que sempre vêm a igreja fazer a limpeza, vem participar dos treinos, das atividades, e estão sempre ligando o coração a Deus, e aconteça algo parecido em suas casas. E no dia seguinte vêm agradecer a Deus.

Eu, com certeza responderia, “Está vendo como foi bom? Você está sempre se dedicando à igreja, com certeza Deus aceitou o seu coração.”

Mas não foi isso que ela disse.

Qual a diferença da minha respostas com a da Oyassama?

Examinando estas duas respostas, me parece que a Oyassama nos ensina sobre uma dica de como proceder num momento em que um certo problema ou dificuldade esteja sem solução.

Depois da frase, “Que bom que não foi roubado”, está incluso o pensamento do ladrão como um mau elemento.

Então este sentimento é de uma alegria de que fomos protegidos de uma pessoa má.

O meu filho quando completou 15 anos, quis que quis um celular, e ajuntou o seu dinheiro e comprou o seu primeiro celular no dia 16/10/2012 e uma semana depois no dia 24, foi roubado na rua, quando estava indo para a escola.

Só uma observação, talvez vocês devam estar perguntando, porque sei a data exata. Na verdade, a Mieko era tão organizada, que até isso está marcado num pedaço de papel, e guardado, e colado no armário.

Voltando, o meu filho ligou da escola nos falando que fora roubado, e quando estava me preparando para ir a escola, a Mieko falou, “eu também vou, preciso ver se preciso passar a mão da cabeça dele, ou se tenho que bater nele”.

Ele foi, roubado depois de uma semana. Ser roubado uma semana depois é caso para reflexão, não é mesmo?

A mesma coisa coisa quando entraram em novembro dos anos anteriores.

Como os objetos foram subtraídos, podemos refletir como “não teve merecimento, e neste caso, o mau ou o culpado foi a pessoa que não teve o merecimento.

Na resposta da Oyassama parece estar oculto um outro ponto de vista, um outro mundo que devemos tentar alcançar.

Que mundo seria esse?

Na verdade, na resposta da Oyassama não existe o mau individuo.

Na frase “não seria bem melhor se tivessem sido levados por quem os necessita?”

Quem necessita, não é mau.

Quem não foi roubado, não é mau.

Para uma pessoa que está imensamente agradecida, será que conseguimos dar uma resposta como esta?

Isso é surpreendente.... mas se o nosso espírito evoluir como o da Oyassama, creio que seria realmente a melhor resposta.

Há momentos em nossas vidas, em que estamos numa encruzilhada, e ficamos sem solução. Então nesses momentos ter uma visão de fora, uma visão diferente, de outro ângulo, muitas vezes é a solução destes problemas.

A visão de Oyassama, está bem acima do nosso. E ela está observando por este outro ângulo.

Vamos pensar um pouco.

Eu tenho 3 filhos, e vamos imaginar que o mais velho tenha muitos brinquedos, celular, notebook,  muitas guloseimas, e está feliz da vida. Nisso vem o caçula, que não tem nada, e num momento de distração do mais velho, o caçula tenta tomar alguma coisa. De repente  o mais velho percebe e, dá um grito, e o caçula sai correndo sem levar nada.

Então o mais velho vai até a mãe agradecer pelo que aconteceu.

O que será que a mãe iria responder?  Será que ela responderia “Puxa que bom que o caçula não conseguiu levar nada”?

Com certeza ela responderia “Você bem que poderia dar um pouco para ele também, não?”

É de se desejar que todos nós tenhamos esta outra visão de um outro ângulo em todas as coisas que acontecem na nossa vida, para que não haja discriminação, para que não haja erro, para que possamos solucionar muitas vezes algo insolucionável pela visão dos homens.

Essa é a visão de uma mãe, é a visão da mãe de toda a humanidade. É a visão da Oyassama que tem a alma de mãe de toda a humanidade.

Gostaria de solicitar o esforço de todos na elevação espiritual para nos aproximarmos cada vez mais da intenção de Deus-Parens e Oyassama.

No Ofudessaki, Escritura Divina, temos o seguinte verso:

Observando o mundo por todas as épocas, não há quem seja mau. Of 1-52

Entre todos, não há o mau propriamente dito, mas, maculado por um pouco de poeira. Of 1-53

Muito Obrigado

 


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

INFORMATIVO Nº218 - NOVEMBRO DE 2020

Primavera chegou
 

Muito bom dia a todos.

O episódio da vida de Oyassama deste mês é o de número 131, com o título “DO LADO DE DEUS”

Oyassama dizia aos jovens que serviam na Residência, tais como Naokiti Takai e Yossaburo Miyamori:

“Vamos fazer uma prova de forças.”

E, estendendo as mãos, ordenava-lhes:

“Experimentem apertar com toda a força.”

Entretanto, além de não conseguirem apertar de modo algum, seus braços adormeciam e ficavam inertes quando Oyassama os segurava com um pouco de força. Então, ela afirmava:

“Do lado de Deus, a força é dobrada.”

Outras vezes, indagava:

“Podem fazer isso?”

E apertava a pele do dorso da mão deles com o indicador e o mindinho. A força era tanta que doía muito e chegava a arroxear.

Ainda, houve vezes que juntava corretamente as duas mãos no meio das costas, como se fizesse diante do seu peito.

Esta é uma das recordações de Miyamori.

Este episódio mostra a força de Deus, mostra que a Oyassama não era uma pessoa comum.

Está explicando que se nós seres humanos devemos mostrar a nossa força, ou seja demonstrar o nosso trabalho.

As pessoas neste mundo desejam que tudo que pede a Deus se concretize, mas sem demonstrar nenhum trabalho, não há como Deus demonstrar a sua força. Se demonstrarmos o nosso esforço, Deus aceita isso e nos concede o dobro da força.

Há nas palavras de Deus, que se os homens fazem 3, Deus completa com 7.

 

Como este mês é o mês de finados, gostaria de falar um pouco sobre as almas.


Há um episódio com o título “ESTAVA-A ESPERANDO”, que diz:

Kajiro Ueda, quando estava indo a uma festa de Tenjin, em Kayo, sua filha Naraito, começou a chorar de repente, dizendo: “A divindade Iwagami vem descendo descabelada. Estou com medo.”

Fez-se vários tratamentos sem qualquer resultado. Porém, melhorou gradualmente quando passou a crer no ensinamento através do espargimento da fragrância da fé pelo vizinho.

No mês seguinte, Naraito regressou a residência e encontrando-se com Oyassama, recebeu estas gratas palavras:

“Estava-a esperando, esperando. É a tia que salvou a minha vida prestes a perder, há cinco gerações.”

Ficou inteiramente curada dentro de três dias. Tinha então quatorze anos de idade.

Entendemos neste episódio que as almas elas vão e voltam a este mundo, tomando emprestado um novo corpo de Deus-Parens.

No segundo domingo do mês passado, foi realizado um treino de gagaku, para principiantes, na Igreja Paulista.

E perguntei ao meu filho se ele gostaria de participar. E como ele se interessou, resolvi levá-lo.

Os treinos seriam no domingo à tarde e na segunda de manhã em razão do feriado.

Jantando no domingo a noite, o meu amigo que é condutor de uma igreja que fica na cidade de Marília nos contou uma história muito interessante.

Ele nos contou que o seu avô estava do lado do seu filho enfermo, que estava acamado, com uma doença bastante grave.

 Então o seu bisavô, observando, disse: “Estou vendo que você não ama o seu filho”. E continuou “O que você aprendeu durante a sua vida escolar em Tenri, não aprendeu que, salvando os outros estará salvando a si mesmo?”

Foi quando ele refletiu que era exatamente isso. E resolveu sair para fazer a salvação na redondeza.

E encontrou uma família que estava com um filho com o mesmo problema, e prestes a perder a vida.

Então visitou esta criança todos os dias para ministrar o ossazuke, mas infelizmente depois de 10 dias, esta criança acabou retornando (falecendo). Bastante abatido, não sabia como encarar a família. Mas tomou coragem, foi visitar a família e, pediu desculpas por não ter conseguido salvá-lo. E para a sua surpresa a família estava bastante agradecido, dizendo que sentiu um conforto muito grande nas palavras do missionário, graças ao ensinamento de Deus.

Ainda com o seu filho acamado, nesta mesma época, o condutor da igreja Mor solicitou que o acompanhasse nas visitas de doutrinação em várias igrejas filiais. Sentiu-se inseguro de deixar o filho por vários dias, mas mesmo assim decidiu fazer o trabalho de Deus.

Depois de alguns dias, durante as visitas, o avô recebeu a notícia de que a enfermidade do seu filho havia agravado, e que a qualquer momento poderia vir a óbito.

Então o seu avô solicitou a permissão para voltar a sua casa.

Quando foi surpreendido com uma pergunta. “Se você voltar, o seu filho vai se salvar?”

Quando respondeu que não, o condutor então pediu que continuasse então na sua importante missão de Deus em acompanhá-lo.

E esta criança se recuperou milagrosamente. “E graças a isto hoje estou aqui conversando com vocês, pois ele era o meu pai” disse o meu amigo. 

Continuando a conversa, ele nos contou que o seu avô chegou a estudar com o II Shimbashira (Primaz mundial), e depois de formado, eles costumavam realizar encontros com os amigos do ensino médio. Depois de alguns anos, na posição de Shimbashira começou a incentivar o trabalho de divulgação no exterior. E estava com o seu coração bastante animado com este trabalho, transmitindo o calor desse sentimento a todos.

Num dos encontros com os amigos, eles fizeram um pacto cortando o dedo polegar e carimbando numa folha o seu sangue, determinando o espírito que fariam a divulgação no exterior.

Os outros amigos do avô eram fiéis de grandes igrejas, e muitos conseguiram realizar esta determinação. O avô do meu amigo que pertencia a uma igreja pequena, e também no interior do Japão, já na idade bastante avançada, estava com o seu coração apertado, pensando que só ele não havia conseguido fazer a divulgação no exterior.

Um certo dia, este avô estava no seu quarto, quando uma outra pessoa entrou sem bater, e ele tentou esconder o que estava lendo. Curioso perguntou “o que você está escondendo?”

Quando o avô mostrou um livro de inglês para crianças.

E explicou que, como só ele não havia conseguido realizar a determinação de fazer a divulgação no exterior, ele estava desde já estudando para que na próxima vida ficasse mais fácil aprender uma língua estrangeira.

Depois de alguns anos, quando a família estava reunida, pediu para que preparem o local, que ele voltaria para trabalhar na divulgação no exterior.  E retornou (faleceu) depois de 2 dias.

Muito tempo depois esse meu amigo veio ao Brasil para aprender o português, para ser útil na recepção de brasileiros no Japão, em sua igreja Mor.

Depois de 2 anos de estada, decidiu que gostaria de ficar no Brasil, e todas as coisas como trabalho, casa, foram se ajeitando. E de acordo com a sua predestinação, casou-se com uma brasileira, e atualmente tornando o condutor desta igreja que fica em Marília.

Um dia, lembrou da história do avô, e chegou a pensar, será que sou eu que devo preparar o local para o meu avô? E começaram a vir os filhos, mas, nasceu uma, duas, três meninas, e pensou “ueh, ele não está vindo”, quando nasceu o quarto filho menino, e até comentou “opa, chegou, chegou”.

Lógico que nós seres humanos não vamos saber se realmente é o avô que está voltando, mas, continuando a conversa, ele nos contou que, um ano antes de ingressar no ensino médio, ele começou a treinar o Ryuteki (tipo de uma flauta), com a turma do gagaku e, estava bastante confiante em sua performance.

Quando chegou no ensino médio fez um teste com outros alunos que já tocavam este instrumento há mais anos, e disseram que ele era muito desafinado para tocar o Ryuteki. E indicaram o SHO (instrumento feito de bambu), falando que esse instrumento seria o ideal para ele.

O filho deste meu amigo entende tudo de música, e toca diversos instrumentos, mas nunca demonstrou interesse no gagaku, mesmo que o pai sempre o incentivasse. Mas nesse treino, a esposa de um amigo perguntou se ele também não gostaria de participar do treino, e sem resistência nenhuma, aceitou vir no treino.

E ele começou a treinar o instrumento SHO junto com o pai dele. E o interessante nesta história é que este instrumento SHO foi o avô do meu amigo que o adquiriu comprando e agora o filho é quem está treinando com este mesmo instrumento.

 Nós nascemos e renascemos e devemos transmitir os ensinamentos às próximas gerações, para que quando voltarmos tenhamos um ambiente feliz.

E para que tenhamos este ambiente feliz, é necessário que pratiquemos a salvação conforme o desejo de Deus.

Muito obrigado.

Preparativos do Yakissoba 

Preparativos do Yakissoba

Curso de doutrina de um dia online na Igreja Tsuhakuryu


Curso de doutrina de um dia online na Igreja Tsuhakuryu

 



quarta-feira, 11 de novembro de 2020

INFORMATIVO Nº 217 - OUTUBRO DE 2020

Primeira visita a Igreja - Bem vindo Yuhya 

Bom dia a todos.

Acabamos de realizar a Grande Cerimônia da Revelação Divina.

O episódio da vida de Oyassama deste mês tem o título “AS PEQUENAS POEIRAS”

Por volta de 1883, Naokiti Takai, com vinte e poucos anos, recebendo uma missão de Oyassama, estava promovendo a salvação num lugar à aproximadamente 12 quilômetros ao sul da Residência.

Explanava sobre a causa das doenças para uma pessoa, quando esta o contestou seriamente: “Escute! Não me lembro de ter feito nada mau até agora!” Diante disso, respondeu: “Nada ouvi de Oyassama a esse respeito, ainda, de modo que voltarei imediatamente para consultá-la.” E regressou a Jiba, correndo os 12 quilômetros de estrada. Então, Oyassama lhe ensinou:

“Mesmo uma casa recém-construída e que ainda tenha as frestas bem vedadas, se não a limpar por 10 ou 20 dias, as poeiras ficarão acumuladas a ponto de se poder escrever sobre o tatame. Surgirão manchas no espelho, não é? As grandes poeiras são percebidas a olho nu, e portanto, retiradas. As pequenas não são percebidas e, por isso, são esquecidas. São essas poeirinhas, que se incrustam e formam as manchas no espelho. Dê-lhe esta explicação.”

Takai agradeceu e voltou prontamente caminhando toda aquela distância e transmitiu o que ouvira. A pessoa pediu-lhe perdão: “Entendi bem. Desculpe-me pelo que falei.” E, passando a crer, recebeu a graça de ser inteiramente curado. 

Tudo que não compreendia perguntava imediatamente a Oyassama e logo colocava em prática. O mestre Takai foi muito sincero e honesto. Devemos tomar isso como exemplo.

Como disse, este mês é o mês em que realizamos a Grande Cerimônia da Revelação Divina.

No dia 26 de outubro de 1838, Deus-Parens revelou-se neste mundo tomando Oyassama como a sua morada. E os 8 versos do Hino Yorozuyo é a própria revelação de Deus neste mundo.

Sendo assim, hoje gostaria de falar um pouco sobre o Hino Yorozuyo.

Os Oito Versos do Yorozuyo foram escritos em 1870, depois dos Doze Hinos. No entanto, é o primeiro hino que dançamos, antes dos Doze Hinos.

Primeiro foi escrito o “Ofudessaki (Escritura Divina)” com 1711 versos, e para o Hino Yorozuyo foram utilizados os primeiros 8 versos do Ofudessaki.

Observando todos do mundo por todas as épocas, não encontro quem tenha entendido o meu coração.

A palavra “Yorozuyo” significa todo o mundo ou também todas as épocas, por longos anos, o passar do tempo.

Por isso, “Yorozuyo no sekai” significa “Observando desde os tempos do mar de lama até a atualidade e, todo o mundo, Deus-Parens afirma que não encontrou quem tenha entendido o coração dele.

2- É natural que assim seja, pois nunca o expliquei, não é sem razão que não saibam.

As pessoas estavam confusas e perdidas, mas Deus ainda não havia explicado a verdade de todas as coisas, por isso, é lógico que ninguém soubesse, por isso compreende os seres humanos.

3- Desta vez, Eu, Deus, revelando-me diante de todos, farei ouvir-me explicando os detalhes de tudo.

“Desta vez” indica o dia 26 de outubro de 1838, dia da Revelação Divina.

Deus-Parens ensinará tudo sobre o caminho para as pessoas serem salvas e a maneira para os seres humanos serem felizes. Para serem salvos, é necessário conhecerem a origem. Por isso, nos ensinará tudo, a começar pela Criação Original.

Na revelação divina, Deus explanou que há uma predestinação na Residência dos Nakayama: “Eu sou o Deus original, o Deus verdadeiro. Nesta casa há uma predestinação.”

E a alma de Oyassama, que foi essencial na criação dos seres humanos, foi trazida de volta a este mundo novamente para ser adorada como uma Deusa.

Sobre outros ensinamentos, Oyassama ensinou:

Embora até agora houvesse vários caminhos, nada há que não fosse ensinado por Tsukihi (Deus-Parens). Ofu. X-42

Ou seja, desde a criação dos seres humanos e do mundo, Deus-Parens, através de vários sábios e fundadores de religiões, de acordo com a evolução dos seres humanos dessa época, veio transmitindo o ensinamento. Porém, desta vez, com a chegada do tempo predeterminado, ensinará o derradeiro ponto ainda desconhecido.

4- Embora estejam chamando este lugar de Jiba, Morada de Deus, em Yamato, não sabem a origem.

A Região de Yamato, atualmente é a Província de Nara.

 “Jiba” se refere estritamente ao local em que está o Pedestal do Néctar, ou seja, se refere a residência dos Nakayama.

A ‘Morada Divina’ é o local onde Deus se encontra. O próprio corpo de Oyassama é considerado a “Morada de Deus”, pois Oyassama é o Sacrário de Deus-Parens.

Em Jiba, na Terra Parental, Oyassama permanece eternamente presente.

5- Se ouvirem detalhadamente esta origem, seja quem for, serão tomados pela saudade.

Se ouvirem detalhadamente que a Jiba desta residência é o local original onde os seres humanos foram concebidos pela primeira vez e onde Deus-Parens reside e, desde a criação dos seres humanos tem concedido a sua graça dia e noite, quem quer que seja, sentirão saudade da Residência.

Portanto, aqueles que não sentem saudades de Jiba, é porque ainda não compreenderam a sua explicação.

6- Se desejarem ouvir e vierem me procurar, explicarei a origem de todas as coisas.

Se tiver o espírito de ouvir, venha qualquer hora para perguntar. Explicará o princípio de todas as coisas até entender bem.

O mestre Issaburo Massui que recebeu diretamente de Oyassama o Sazuke, era uma pessoa realmente sincera. É o mestre que na infância, para a mãe

receber a salvação, em um dia regressou três vezes à Residência caminhando cinco quilômetros só para ir e recebeu a maravilhosa graça.

Entre as explanações desse mestre, quando estava em algum apuro por algum problema ou doença, regressava imediatamente a Residência e consultava a Oyassama. Porém, nem sempre Oyassama atendia conforme o desejo da pessoa. O período mais longo que o mestre Massui esperou para ser atendido foi de 23 dias. Aguardou ficando na Residência. E o espírito de esperar, de desejar ouvir as explanações de Oyassama de qualquer forma, é de uma pessoa realmente sincera. Ele tem afirmado que, como as explanações de Oyassama são verdadeiras, só as pessoas sinceras compreenderão a razão.

Para nós também, é fundamental a postura de ouvir a doutrina e a maneira de firmar no espírito. Por firmar sinceramente, a razão se estabelece.

7- Se Deus se revela e explica tudo em detalhes, todas as pessoas do mundo se animarão.

Se Deus-Parens, tomando Oyassama como seu sacrário, revelando diretamente ao mundo, vier a explicar tudo, o espírito das pessoas que ouvirem ficará gradualmente radiante para a vida plena de alegria.

O ser humano quando compreende os detalhes das coisas, sente pela primeira vez no espírito a serenidade. Tanto o corpo como espírito ficam refrescantes. Até ficar claro, o espírito não se tranquiliza, sente apreensão.

 ‘Geralmente, nada sabemos dos primeiros anos da infância. Não há quem se lembre do seu próprio nascimento, tampouco do seu lugar e o tempo. Somente os pais sabem disso. Conhecemos que são nossos pais, quando e onde nascemos, naturalmente, porque eles nos ensinaram.

Do mesmo modo, quanto à origem da humanidade, nada poderíamos saber se não nos fosse ensinado por Deus-Parens, criador da humanidade. Podemos ouvir a sua voz e conhecê-lo, e também conhecer a terra parental original graças a Oyassama, e não há algo mais grato. Portanto, agradecer sinceramente a Deus-Parens e Oyassama e seguir fielmente os seus ensinamentos, sem mínima desconfiança, é o caminho da máxima felicidade.

8- Por apressar a salvação de todos igualmente, começo a animar também o espírito de todas as pessoas.

ITIRETSU NI HAYAKU TASSUKE O ISSOGU KARA, SEKAI NO KOKORO MO ISSAME KAKE.

Quando é feita a tradução direta deste verso, em português, houve uma redundância. Na língua japonesa não existe redundância, pois eles podem falar “a chuva chove” por exemplo e não existe problema algum.

Tradução do último verso do Yorozuyo Hasshu no decorrer dos anos:

1970- abril

Apresso sem demora e igualmente a salvação de todos, por isso, todos os corações do mundo, animai-vos.

1971- julho

Já que insto urgente e igualmente a salvação de todos, animarei, também, todos os espíritos do mundo.

1982- maio

Por apressar em salvar depressa e igualmente todos, vou animar, também, todos os espíritos do mundo.

Reparem que em muitos versos, há o sentido de apressar por duas vezes, ou seja, “apressar, instar, urgente, depressa, sem demora”.

Atualmente está assim:

1995- outubro

 Por apressar a salvação de todos igualmente, começo a animar também o espírito de todas as pessoas.

Podemos compreender fortemente que a intenção de Deus-Parens é salvar logo todo o mundo, com a sua PRESSA na salvação do mundo e de toda a humanidade.

E este poema tem duas explicações. Uma é que Deus fará animar. Outra é para os seres humanos animarem, que venham a animar-se. Sendo assim, foram feitas duas interpretações.

Porém, ao ler o Ofudessaki (Escritura Divina), a continuação destes oito poemas, tem afirmado que, se os seres humanos animarem na execução do Serviço Sagrado, Deus-Parens aceitando esse espírito, trabalhará animado.

Se os espíritos vierem a animar-se gradualmente, haverá prosperidade em todos os locais do mundo. Ofu. I-9

Se todos completos executarem logo o Serviço e os próximos se animarem, Deus também se animará. Ofu. I-11

Nos animar significa nos alegrarmos em meio de qualquer dificuldade, entendendo que tudo que acontece conosco é em razão da nossa predestinação, das nossas sementes plantadas. Se plantamos vamos colher. Se pensarmos assim, pararemos de culpar os outros.

Sendo assim, nos ensina que todos nós devemos animar o nosso coração, e desta forma Deus se animará e nos concederá todas as providências.

 

Muito obrigado.