A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

segunda-feira, 1 de março de 2010

Informativo 89 / Fevereiro de 2010



Bom dia a todos. Como o tempo passa rápido não? Já estamos em fevereiro.
Ainda estou no Dendotyo acompanhando a seminarista do Shuyokai. Por isso estou escrevendo este informativo do Dendotyo.

Hoje escreverei sobre “Por ser um assunto importante” do condutor da igreja Mor Sendai, reverendo Motoitirou Kato.

(Michiyo Ishii)


Uma pessoa que sempre transmite muitas boas energias quando encontro. A senhora Satoko (nome fictício) é uma pessoa assim.

Atualmente ela está com 93 anos de idade. A senhora Satoko trabalha fazendo plantações, e a palavra que ela mais usa é “ Graças a Deus Parens”. E essa expressão, com certeza é em razao da sua fé. A senhora Satoko tem um neto que trabalha em Tokyo. Recentemente, este neto tirou uma folga forçada para vir a cerimonia mensal, porque a avó pediu. Quando elogiei este rapaz, a avó logo interviu e disse “O fato de poder faltar no serviço, o fato de poder ter vindo fazer a reverência também é graças a Deus Parens”. O neto já acostumado respondeu me olhando e sorrindo “É verdade”.

A fé da senhora Satoko iniciou-se com o seu pai. O seu pai mesmo nas épocas atarefadas da colheita não deixava de ir a igreja, e em razão disso era chamado de “esquisito” pelas pessoas próximas. Mas sem se importar com isso, dizia sempre sorrindo “O fato do arroz crescer também é graça de Deus Parens”. Quando Satoko era pequena, e tomava banho com seu pai, sempre ouvia “A água quente é o trabalho da água e do fogo. Qualquer coisa é graça de Deus Parens”, e sempre iam a igreja juntos.

Mesmo sendo criada desta forma dentro desta fé, quando ela estava com 20 anos de idade, não ouvia mais obedientemente as palavras de seu pai. Não que houvesse alguma razão. Não entendendo a si mesmo, começou a contrariar mesmo os ensinamentos.

O seu pai mesmo nos momentos das refeições, começava os seus comentários da seguinte forma “Que gratificante, Deus Parens...” Por não gostar disso, a filha começou a evitar comer com o seu pai. Os dias foram se passando desta forma. Um certo dia quando o pai começou “Deus Parens...”, a filha pensou em comer o mais rápido possível para sair da mesa, quando o seu pai falou “Como é um assunto importante, pelo menos ouça”

Futuramente se casou, e a família com quem foi morar era opositora aos ensinamentos da Tenrikyo. Os meses foram se passando e a senhora Satoko já estava afastada deste caminho. Um certo dia, a sua glândula mamaria esquerda, ficou da cor roxa como se estivesse pintado de tinta. Mostrando ao médico foi informada que era um câncer em estado avançado que nada poderia ser feito.

Foi aconselhada a cursar o Shuyoka pelo seu pai, e apegando-se a qualquer coisa pelo desespero, foi de Sendai a Tenri fazendo baldeações de vários trens na época, levando toda a noite para esse percurso. Com o coração bastante preocupado estava cursando o shuyoka. No fim do terceiro mês, a glândula havia voltado ao normal, e o câncer havia desaparecido.

Mas ao invés do marido sentir-se feliz, acusou a esposa dizendo “Por querer ir ao Shuyoka, você deve ter inventado esta doença. É impossível o câncer ter desaparecido”

A partir deste dia, a senhora Satoko escondida do marido andava por uma hora até a igreja após o marido dormir, tinha no seu coração o desejo de agradecer e fazer a retribuição a Oyassama. Em reverencia em frente ao altar de Deus, sentia o seu corpo gelado sendo aquecido pelo calor de Oyassama. Ao fazer o serviço sagrado, o hinokishin, sentia a presença de Oyassama e o seu coração melancólico foi se transformando.

Após alguns anos, o seu marido teve um derrame cerebral. O marido fazendo o shuyoka e recebendo a graça, começou a freqüentar a igreja junto com a sua esposa.

Atualmente a senhora Satoko, diz “Graças a Deus Parens” aos familiares, e as pessoas próximas. E ainda diz, carecer das palavras de Deus. E também diz “o que sai de minha boca são apenas as coisas que o meu pai sempre dizia quando falava ‘pelo menos ouça’

Durante a sua colheita com o seu rosto queimado pelo sol e cheio de rugas, disse sorrindo “Se eu não tivesse ouvido os ensinamentos pelo meu pai deste pequena, com certeza Deus não me acolheria. As palavras de Deus Parens é um importante ensinamento que dá seqüência a nossa vida. Quero transmitir este gratificante ensinamento a muitas pessoas”

Os ensinamentos de Deus Parens. É o que a Oyassama nos ensinou de diferentes maneiras e recursos, da mesma maneira como os pais criam os seus filhos, utilizando a boca para nos fazer ouvir, utilizando o pincel, e pessoalmente trilhando este caminho.Refletindo a si mesmo. Quando fomos rejeitado na divulgação, quando as crianças não quiseram ouvir, será que tentamos transmitir repetidas vezes com o pensamento de “Por ser um assunto importante”

  A razão da senhora Satoko me transmitir uma grande energia, creio que é porque ela sempre me diz feliz e animadamente “Graças a Deus Parens”. Isso juntamente com a alegria de ter passado por isso e sentido na propria pele.

115. DEDICANDO UNICAMENTE À SALVAÇÃO

Zenkiti Tatibana, um dos diretores da Irmandade Shimmei-Gumi, iniciara-se na fé por ter sido salvo da catarata, em abril ou maio de 1880 e logo após ver a salvação do pai que sofria de dores na região lombar. Desde então, durante alguns anos andou por toda a parte devotado à salvação. Porém, estranhamente, tinha saúde enquanto saía para a salvação e sentia um certo mal-estar quando deixava de fazê-la. Em certa oportunidade, consultando Oyassama, ela explicou-lhe:

De agora em diante, deverá servir unicamente à salvação. Não deverá preocupar-se com as coisas do mundo, não é necessário saber as coisas do mundo. Neste Caminho é preciso paciência e sacrifício.”

Zenkiti, considerando estas palavras como lema da sua própria vida e sem esquecê-las jamais, caminhou com maior fervor na dedicação única à salvação.