Bom dia a todos.
Agradeço a todos pela participação com muita alegria na cerimônia do mês de junho.
Hoje gostaria de ler o episódio 138, “Valorize Todas as Coisas”.
Oyassama
passou por mais de dez sacrifícios na prisão e Guissaburo Nakata também
acompanhou-a por algumas vezes.
Numa
destas vezes, ela conseguiu folhas de papel usadas. Fez cordões torcendo as
tiras de papel e trançou uma sacola para pôr um garrafão. Era realmente bem
feita e resistente. Na ocasião de sua volta do presídio, concedeu a sacola ao
Nakata e disse:
“Tenha muito zelo com todas as coisas. Utilize-as bem, valorizando-as. Todas as coisas são concedidas por Deus. Que tenha isto como um tesouro da casa.”
Este episódio demonstra uma das
muitas habilidades de Oyassama.
E em todas as ocasiões, ela
ensinava como deveria ser o nosso coração em relação ao mundo. Que este mundo é
o corpo de Deus. E tudo devemos usar com cuidado.
Não se importava se era na saída da
prisão, ou em qualquer outro lugar, o coração dela era apenas de querer salvar
todos os seus queridos filhos, sendo assim, qualquer lugar era lugar para se
transmitir os ensinamentos de Deus.
Há nos versos do hino sagrado: Dizer uma palavra é hinokishin, apenas deixa-se espargida a fragrância. É importante essa intenção da transmissão dos ensinamentos.
Agora gostaria de contar outro episódio, o 180, com o título “Oferenda com espírito mesquinho”.
Certa pessoa ofereceu moti a Oyassama, após discutir com seus familiares: “Leve três quilos.” “Não, vamos levar cinco quilos.” E fizeram a oferenda com espírito mesquinho. Diz-se que Oyassama, ao tentar comê-lo, não conseguiu de modo algum porque os hashis pulavam violentamente.
Quantos quilos será que esta
família levou à Oyassama? Não está explícito no texto. Pelos hashis que
pularam, deve ter sido levado 3 quilos. Se fosse levado 5 quilos, os hashis não
pulariam. O que vocês acham da minha teoria? Na realidade isso não tem nada a
ver, não é mesmo? Não é a quantidade que é o mais importante, exatamente como
naquele famoso episódio, “oferenda sincera”, onde Oyassama aceitou o coração
daquele que oferendou uma pequena quantidade com o espirito de gratidão, do que
o de muita quantidade porque havia sobrado.
Para Deus, os espíritos de todas as pessoas do mundo refletem nele.
Mudando um pouco de assunto.
O ser humano está em constante
evolução desde o seu nascimento. Existe a evolução física e mental nesta
evolução. E temos a expectativa da evolução a cada idade. Por exemplo, outro
dia a minha irmã enviou um vídeo do seu bebê que está com 4 meses, virando de
costas. E todos que viram este vídeo comentaram, “Nossa! Já está virando”. Se
fosse um vídeo meu virando na cama enviado para o grupo da família, haveria
comentário tipo, “Que é isso, tá ficando doido? Que coisa mais ridícula você
enviou”.
E ao completar um ano de
idade, espera-se que esteja andando, depois falando, indo a escola e assim por
diante, até se tornar um adulto.
Mas, além desta evolução, existe
no ser humano a evolução espiritual. E como esta evolução espiritual é uma
coisa invisível, acabamos não notando e nem sabendo a exata evolução espiritual
das pessoas.
A evolução espiritual é
diferente de pessoa para pessoa, às vezes percebemos em crianças uma evolução
espiritual muito elevada. Nem é preciso dizer que Oyassama era assim na sua infância.
Oyassama, desde pequena
percebia-se que era uma criança fora do normal. Um exemplo que todos conhecem é
quando distribuía seus doces as crianças para pararem de chorar, e muitos
outros exemplos.
Existem crianças com o espirito bastante evoluído, mas também existe o outro lado, que são os adultos que não tem muita evolução espiritual. E acho que eu estou me incluindo nestes adultos sem muita evolução espiritual.
Na igreja Dendotyo, a nossa
sede em Bauru, temos os plantões de 5 dias de tempo em tempo, mas devido a
pandemia, os plantões estão cancelados.
Outro dia a condutora da
Igreja Continental, me ligou.
E nesta conversa com a
condutora, ela me perguntou se eu estou indo fazer o plantão, e logicamente,
respondi que não. E me perguntou se estou fazendo algo por não ter o plantão. E
até achei estranha a pergunta, pois se não tem plantão, porque a pergunta se eu
estou fazendo algo? Se não tem, vai fazer o que?
Foi quando
ela me comentou, como uma certa pessoa não está conseguindo cumprir o seu dever
com o plantão, que aliás é uma oportunidade que a Igreja Dendotyo oferece para
que possamos evoluir espiritualmente, com o dinheiro que gastaria para ir e
voltar de ônibus para Bauru, mais o dinheiro do lanche que gastaria nas
paradas, está fazendo a oferenda à Igreja Dendotyo.
Ai eu
fiquei com a cara no chão, fiquei pensando, que espírito evoluído. No meu caso
além de não estar fazendo nada, creio que estou numa situação pior do que não
fazer nada. No ano passado, eu deixei de ir a Bauru por 4 meses por causa da
pandemia, e o meu espírito mesquinho pensou da seguinte forma, “A cada vez que
deixei de ir a Bauru, economizei 400 reais”.
Não estou
aqui falando sobre o que fazer ou não, e não existe o certo ou o errado, mas
creio que há uma grande diferença de pensamento de não poder fazer nada e não
fazer nada, mesmo não podendo fazer nada, creio que é importante ter na mente o
“o que posso fazer para que eu possa evoluir e crescer, nas oportunidades que
Deus me concede.”
Mesmo esta pandemia, talvez pensemos que não podemos fazer nada, mas é uma grande oportunidade que Deus-Parens está nos concedendo para podermos evoluir espiritualmente.
Desejando a evolução espiritual de todos, encerro as
minhas palavras.
Muito obrigado.