A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

INFORMATIVO 221 - FEVEREIRO 2021

 



Praticando o Hinokishin na Igreja

Bom dia a todos.

Os dias e os meses não param, e hoje já estamos realizando a cerimônia do mês de fevereiro.

No mês passado 13 crianças desta igreja e também 2 crianças da igreja Tsu Suzano participaram com muita alegria do Tsudo online 2021.

Hoje gostaria de comentar o episódio 134, com o título “Recordações”, do livro Episódios da Vida de Oyassama.

Por volta de 1883 e 1884, a neta Tamae e a bisneta Moto, dois anos mais nova, iam juntas pedir com insistência: “Vovó, queremos oyotsu.” Então, Oyassama vendo ambas e acenando a mão, dizia:

“Tamae e Moto, são vocês. Esperem um pouquinho.”

E o que Oyassama colocava em suas mãos era sempre o kompeito (doce), que retirava do pequeno armário colocado atrás do lugar em que ficava sentada.

Ainda, certo dia, quando ambas foram brincar como de costume, Oyassama disse:

“Tamae e Moto, venham e deixem-me carregá-las.”

E colocou as duas nas suas costas.

Dizem que apesar de serem crianças, ambas ficaram admiradas:

“Como a vovó tem força, hein!”

Nessa época, Tamae a neta de Oyassama tinha uns 8 anos e Moto, bisneta, uns 6 anos, e a Oyassama em torno de 86 anos de idade.

Oyotsu é um horário em que se dava guloseimas às crianças por volta das 10 horas da manhã e, Oyatsu por volta das 14 horas. Atualmente as próprias guloseimas passaram a ser chamado de Oyatsu.

Este episódio é bem parecido com o episódio 193, que tem o título “Capaz de vir sozinho”. Que diz assim:

 Esta é uma recordação de Sotaro Kajimoto (bisneto de Oyassama).

Lembro-me quando éramos crianças recebíamos doces de Oyassama, íamos para os lados do recinto sagrado e comíamos enquanto brincávamos. Quando o doce acabava, íamos correndo novamente até ela e, ao estendermos as mãos, ela nos dava outra vez. Acabando de comer, íamos novamente. Acho que lhe dizíamos: “Vovó, dê-nos outra vez” — e creio que íamos três ou quatro vezes.

Nunca dizia coisas como: “Não lhes dei agora há pouco?” E também, não dava tudo de uma vez para evitar novos incômodos. Dava-nos somente a quantidade para comer a cada vez. Acho que era biscoito, bolo ou bala. De um modo geral, Oyassama gostava muito de crianças. Isto foi confirmado por Hissa Yamazawa, mãe de minha esposa.

Vez e outra, Oyassama vinha nos visitar em Itinomoto. Toda vez, trazia doces nos saquinhos para dar às crianças de casa e também às da vizinhança.

(Resumindo) Numa ocasião, eu (Sotaro Kajimoto) e Manjiro Yoshikawa, fomos carregados por Oyassama ao mesmo tempo nas suas costas.

Oyassama era delicada, esbelta e sua voz carinhosa. As costas não estavam arqueadas.

Esse episódio aconteceu quando a Oyassama já estava na casa dos 88 anos de idade, ou seja um ano antes de ocultar-se fisicamente. 

Nestes dois episódios em que a Oyassama carregou as crianças nas costas, creio que há dois sentidos, uma de uma vovó carinhosa que ama não só os netos, mas como todos os filhos do mundo, e outra para a demonstração de que ela não era uma pessoa comum, e que dentro dela está Deus-Parens, como em outros episódios em que ela faz as demonstrações de forças.

Mas as demonstrações de forças não são para simplesmente falar que ela é forte. Tem o significado de que se nós demonstrarmos a nossa força, no sentido de uma determinação, Deus também demonstrará a sua força, nos concedendo as providências.

Em novembro do ano passado fui visitar um casal, e a esposa estava me contando que o marido tinha um irmão mais velho, com mais de 80 anos, que estava no Japão, sempre teve uma saúde muito boa, tanto que todos os anos viajava aos Estados Unidos para passear e visitar o filho, e ainda dirigia.

Mas no ano passado a saúde dele havia ficado bastante prejudicada, e estava hospitalizado em coma por algum tempo. Os médicos diziam que era apenas esperar para partir.

O filho que morava nos Estados Unidos sabendo dessa situação, tinha o desejo de visitar o pai que estava no hospital. Mas o problema era viajar e ter que ficar de quarentena por 14 dias, com a incerteza de encontrá-lo em vida.

Foi quando falei que era uma coisa difícil de se conseguir  com a força humana, e que solicitássemos a força de Deus.

Então eles solicitaram a Deus com toda a sinceridade.

O filho decidido viajou ao Japão, ficou de quarentena durante 14 dias, e assim que terminou foi ao hospital onde o pai estava internado. Chegando lá, aconteceu uma coisa inimaginável para todos, inclusive para os médicos, o pai acordou do estado de coma, e teve forças até para andar de cadeira de rodas dentro do hospital. Podendo assim conversar com o filho.

Mas depois de alguns dias o pai veio a falecer. Mas receberam a grande providência de Deus de se encontrarem e ainda de conversarem.

Ouvindo essa história, podemos perceber o quanto é grande a força de Deus, e que se os homens demonstram a sua força com a sua sinceridade, Deus aceitando, nos concede toda a providência que pela força humana seria impossível.

           Se conhecerem alguém que esteja precisando, vamos com toda a força solicitar a força de Deus.

 

Muito obrigado.