A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

INFORMATIVO Nº 145 - DE OUTUBRO DE 2014



Visita do Condutor da Igreja Mor

Já estamos em outubro. Como passou rápido. Este mês é o mês da Grande Cerimônia de Outubro. Então, falarei um pouco sobre o início da Tenrikyo.

             Aos 26 de outubro de 1837, o primogênito Shuji, sentiu repentinamente uma dor na perna esquerda quando estava trabalhando no campo, e conseguiu chegar com dificuldades em casa, fazendo do rastelo a sua bengala.

             Consultou-se um médico prontamente e fez-lhe todos os tratamentos possíveis, aplicando medicamentos como o analgésico de mentol, mas a dor não passava.

Aconselhado pelos amigos, enviou o mensageiro a Itibee da Aldeia de Nagataki para orar, e a dor havia serenado. Entretanto, a dor ressurgiu no dia seguinte, de maneira que enviou novamente o mensageiro, fez-se uma nova oração e, então, a dor passou. Passado um certo tempo, sobreveio-lhe novamente e, dessa maneira, a dor e o alívio alternaram-se por nove vezes, no período de um ano.

Enfim, no dia 23 de outubro de 1838, além de Shuji sofrer da dor na perna, somaram-se a isso perturbações nos olhos de Zembee e, a dor nas cadeiras de Miki, ficando os três a sofrer simultaneamente.

Ao ser chamado, Itibee veio imediatamente e, dizendo ser um caso muito sério e que devia executar a prece evocatória, preparou todo o necessário. Esperou o amanhecer e mandou buscar Soyo, que atuava regularmente como receptora, mas ela não se encontrava em sua casa. Sem outra alternativa, fez Miki segurar os gohei, e em plena oração fervorosa, ocorreu a revelação: “Quero ter Miki como meu Sacrário”.

Essa sequência de acontecimentos passou rapidamente pela memória de Zembee. De qualquer modo parecia-lhe absolutamente impossível aceitar a vontade de Deus original, embora sentisse um tanto preocupado, decidiu que seria melhor recusá-lo. Alegou que, apesar dessa manifestação divina, não poderia aceitá-la por ter uma família demasiadamente atarefada com muitos filhos menores e ainda exercia um cargo de importância na aldeia. Dizendo ainda que existiam famílias mais nobres, solicitou a Deus que se transferisse a uma delas. Solidário, Itibee também pediu-lhe para que se retirasse e se ascendesse.

No entanto, Deus original não aceitou de modo algum essas alegações, e as palavras de Miki tornava-se cada vez mais severas e a sua atitude cada vez mais veemente. Até mesmo Itibee, o veterano de muitos anos com larga experiência nesse particular, ficou inteiramente sem saber o que fazer quando ouviu a voz de um Deus inesperado e desconhecido pela boca de Miki, só porque se serviu dela como substituta da receptora habitual.

O ritual ficou suspenso e as coisas tomaram um novo rumo. O grupo que solicitou uma pausa ao Deus original além de retirar-se do local e discutir seriamente sobre o assunto, mandou mensageiros para todos os parentes aí ausentes.
             A família, os parentes e Itibee discutiram repetidas vezes, esgotando todas as alternativas; entretanto, ninguém levantou uma voz sequer em favor da submissão à vontade de Deus original. Todos os parentes encorajavam Zembee, dizendo unanimemente que o melhor seria recusar porque seus filhos eram ainda pequenos, ele tinha os cargos na aldeia e nada se poderia fazer posteriormente se oferecesse como Sacrário de Deus a esposa, que estava na fase mais importante como dona de casa.
O próprio Zembee, embora sentisse considerável receio diante da veemência da vontade de Deus original, ao pensar na situação da sua família, não podia aceitar de maneira alguma a idéia de acatar esse pedido. De modo que todos, uníssonos, rejeitaram mais uma vez esse desejo e suplicaram para que se retirasse e se ascendesse imediatamente.
Mal terminada essa recusa, a aparência de Miki transformou-se e as suas palavras tornaram-se muito mais severas, parecendo uma ordem, para convencê-los.
“Venha quem for, Eu, Deus, não me retirarei. É natural que agora tenham diversas preocupações, mas decorridos 20 ou 30 anos, virá o dia em que todos admirarão a verdade da minha intenção”
Porém, os homens também não recuaram e pressionaram-no solicitando a sua pronta retirada, alegando: “Nós, como seres humanos, não podemos esperar de modo algum durante 20 ou 30 anos.”
O tom da voz de Miki tornou-se mais enérgico:
“Devem agir de acordo com a intenção de Deus original. Aceitem o que Eu, Deus, lhes digo. Se ouvirem, Eu a farei salvar todas as pessoas do mundo. Se recusarem, farei com que não sobre nem o pó desta casa.”
Assim, transmitiu veementemente a vontade de Deus original, como que abstraída do seu ser.
Miki, que esteve sentada sobre as pernas com os gohei nas mãos, durante três dias e três noites, sem se alimentar nem uma vez e sem um mínimo descanso, ora permanecia nessa posição serenamente, ora revelava solenemente a vontade de Deus original com voz vibrante. As mãos agitavam-se violentamente e os papéis dos gohei ficaram despedaçados e espalhados pelo quarto.
Mais discussões foram realizadas, procurando algum meio para que Deus se retirasse e se ascendesse consultando também Itibee. Porém, o fato já não estava ao alcance do poder dele e muito menos das pessoas reunidas, às quais não ocorria qualquer idéia eficaz.
Por outro lado, a tensão e a exaustão de Miki, transmitindo a vontade de Deus original dia e noite, sem comer nem dormir, cresciam e eram tão evidentes às pessoas que a cercavam, que lhe poderia custar a vida caso prosseguisse. Finalmente, Zembee concluindo que, na circunstância em que se encontrava, não havia outra solução, aceitou a solicitação divina sob uma firme determinação, às oito horas da manhã do dia 26, dizendo:
“Concedo-vos Miki.”
             Nesse momento, pela primeira vez, a aparência tensa e agitada de Miki serenou-se. A senhora Miki Nakayama foi estabelecida como Sacrário de Deus-Parens e, com a introdução do espírito de Deus, expôs a vontade divina e iniciou o derradeiro ensinamento para a salvação do mundo. Eis que ela é quem respeitamos como o Sacrário de Deus-Parens, amamos e seguimos com devoção como o parens da vida-modelo e chamamos de Oyassama (Nossa Mãe). Era justamente 26 de outubro de 1838, quando ela tinha 41 anos de idade.
 
No dia 11 de outubro será realizado o treino do serviço sagrado na sede, e a regional do Alto Tietê foi escalada no hino VI. Conto com o esforço de todos. (Michiyo Ishii)
 
Palavras da época oportuna
ENRAIZAR
 
Este ano realizamos o 3º Treino do Gagaku. Na cerimonia de abertura distribuímos uma camiseta especialmente feita para a ocasião. É de grande expectativa o progresso da Associação GAKURYU (gakuryukai) que está com a força toda.
Enraizar significa aprofundar-se nas técnicas a cada oportunidade. (Condutor da Igreja Mor Tsu - Hatsuo Kubo)
 
Treino de Gagaku

Treino de coral