A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 14 de maio de 2014

INFORMATIVO Nº 139 - ABRIL DE 2014

Treino para Manabi


No dia 1º de março foi realizado o encontro dos yoboku. Muito obrigado a todos. Recebemos o professor Nakanishi do Japão, que se dedicou bastante para poder dar a palestra em português. Foi muito gratificante.

Na palestra ouvimos que, “neste segundo ano da celebração dos 130 anos do Ocultamento físico de Oyassama é o momento oportuno da salvação”, “para cada um, na sua posição, existe uma salvação ao seu alcance” e “O ensinamento da Oyassama, com certeza, move os corações das pessoas. Por isso, é importante praticar a salvação que está ao seu alcance”. Pude ver, também, a dedicação das pessoas na Colômbia. Vamos nos esforçar juntos.

No dia 14, a Rie Ishii e seus filhos estarão regressando a Jiba. Boa Viagem!

 (Michiyo Ishii)

 

Brasil no Okaasan - Chiyo Otake (continuação)
 

A própria Chiyo sabia que não havia alternativas, senão a dedicação única a Deus, então, contrariando as pessoas a sua volta, tornou-se esposa de Chujiro, e ainda, aceitou ser mãe de Shichiro e formalizou seu matrimônio. Assim, já com um filho e uma nova vida de incomum de casada, em maio de 1927, iniciou sua caminhada embarcando no navio “Santos Maru”, em Kobe, rumo ao Brasil, numa viagem de 48 dias.

A viagem que teve 13 mortes e sepultamentos em alto mar, foi muito assustadora para Chiyo, e para uma recém-casada ter que dividir o quarto com outra família, que somava 6 pessoas em um só quarto da terceira classe, não deve ter sido nada agradável. Passando por Singapura, Cidade do Cabo, chegaram ao porto de Santos, onde foram com um trem cargueiro, que era apelidado de “trem que solta fogo”, para a cidade de Araçatuba. Ainda, passando a cidade de Lussanvira, para chegar à Colônia Tiete era necessário atravessar o rio Tietê, que tinha 300 metros de largura, e para isso, havia uma corda de uma margem a outra, e utilizando uma balsa quadrada de madeira, com a ajuda do fluxo do rio e segurando nas cordas, conseguia-se atravessar o rio.

Mas para se chegar ao destino ainda tinham mais 12 quilômetros. Ao chegarem na Colônia Tietê com muito custo, o que se viu era uma floresta sem fim. Neste local montaram um barraco forrando o chão com madeira e nele várias famílias dividiram os espaços com suas bagagens. Tiveram que abrir a mata virgem cortando árvores como peroba e cedro, com machado e enxada que nunca haviam nem ao menos segurado. Além do trabalho de preparo do terreno para plantação, eram obrigados a se defender da malária e da disenteria amebiana. A água que se conseguia através de um poço de 54 metros era avermelhada por causa da lama, e para conseguirem a agua deste poço usava-se uma lata de óleo pendurada e tinham que girar a manivela 96 vezes, e ainda dividir entre as 5 famílias. As vezes encontrava-se gatos e lagartos mortos. A Chiyo, que tinha um corpo não muito saudável, girava um terço da manivela, descansava colocando no ombro, e com muito esforço conseguia pegar água do poço. Seu marido, talvez para não desanimá-la, nada falava. Quando o Sol avermelhado ia desaparecendo na mata virgem, as lágrimas avermelhadas marcavam o rosto sujo de lama da Chiyo.
 
Oyassama
 
42. SALVANDO OS OUTROS
 
No começo de abril de 1875, Eijiro Enomoto de Sugahama, Vila de Sando, Província de Fukui, estava em peregrinação por Saikoku(1), para curar a filha Kiyo que ficara louca. Ao chegar na oitava localidade, a do santo budista de Hasse, ouviu da velha de uma tenda de chá: “Há uma deusa viva na Vila de Shoyashiki.” Imediatamente, foi para Shoyashiki passando por Miwa. Finalmente, chegou à Residência onde solicitou aos ministros os quais o levaram à presença de Oyassama, que lhe disse o seguinte:
“Não é preciso, não é preciso preocupar-se. Volte depressa porque surgiu algo grave na sua casa. Quando voltar, deve visitar casa por casa em sua vila e salvar quarenta e duas pessoas. Deve percorrer orando fervorosamente a Deus, proferindo namu Tenri-Ô-no-Mikoto, ajuntando as palmas das mãos. Salvando os outros é que salva a si mesmo.”
Eijiro partiu de Shoyashiki animado e alegre, passou por Kizu, Kyoto, Shiozu e chegou em Sugahama em 23 de abril.
A filha estava totalmente enlouquecida. Ele ajuntou as palmas das mãos e orou repetindo: “Namu Tenri-Ô-no-Mikoto”. Inacreditavelmente, ela foi-se acalmando. Então, ele percorreu por toda a vila lançando a fragrância da fé, visitou várias vezes as casas em que haviam doentes, e continuou a orar pela cura de quarenta e duas pessoas, de conformidade com as palavras de Oyassama.
Assim, milagrosamente, a filha teve a graça da completa cura. Recebeu também visitas de agradecimento de várias casas. Conseguiu casar a filha, adotando o genro como filho herdeiro. Quando os três regressaram a Jiba para agradecer pela salvação, foram conduzidos à presença de Oyassama.
Dizem que Oyassama estava em vestes vermelhas, com cabelos brancos penteados em estilo de tyassen(2), e sua imagem era muito bela e elegante.
(1) Refere-se à peregrinação aos 33 templos consagrados às 33 imagens de santo budista, espalhadas por todo o oeste do Japão
(2) Estilo de penteado da época.
 
Palavras da época oportuna
 
“Reparo do coração”
Em meados de fevereiro nevou muito ao redor da Igreja Mor. A emoção de ver tanta neve foi muito boa, mas houve avaria no telhado. O reparo ocorreu de uma forma imediata.
“Reparo do coração” significa reparar o espirito de acordo com a razão dos ensinamentos. (Condutor da Igreja Mor Tsu - Hatsuo Kubo)

Treino de Manabi

Treino de Koteki

Treino de Koteki