Bom dia a todos. Sejam todos bem-vindos a cerimônia mensal do mês de junho.
Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 150, que tem o título “Caqui”
Unossuke Tossa regressava
a Jiba quase todos os meses. Em outubro de 1884, organizou uma caravana de 33
pessoas que partiu no dia 23, chegando a Jiba no dia 27.
Apresentaram-se a Oyassama
e quando estavam todos se retirando, ela disse a Tossa:
“Espere um momento.”
E pediu à neta Hissa
Kajimoto:
“Ohissa, traga-me os
caquis.”
Ela trouxe muitos caquis
bem amadurecidos numa grande cesta. Então, Oyassama pegou um caqui, descascou-o
pessoalmente, partiu-o ao meio e deu a metade para Tossa, dizendo.
“Por favor, sirva-se.”
E comeu a outra metade,
deliciosamente. Tossa começou também a comer o caqui que lhe foi oferecido. Ela
ficou observando satisfeita e antes que ele acabasse de comer, descascou um
outro e disse:
“Sirva-se de mais um. Eu
também vou comer.”
Deu-lhe novamente uma
metade e provou a outra. Assim, Oyassama ofereceu-lhe um caqui após outro.
Tossa sentiu uma forte emoção ao pensar que ela, movida pelo seu amor maternal,
comia também para que ele não fizesse cerimônia. Ela prosseguiu, dizendo.
“Sirva-se sem cerimônia.”
No entanto, ele disse:
“Já estou satisfeito. Levarei esta metade para distribuir a todos os fiéis que
me esperam na hospedaria.” E, ao começar a embrulhar o último pedaço que
ganhara, Oyassama fez um sinal com os olhos a Hissa, que pôs uma porção de
caquis nas mãos de Tossa e nas mangas do seu quimono. Assim, Tossa pôde receber
muitos caquis de Oyassama.
Este episódio demonstra o amor de Oyassama, principalmente na frase “partiu-o ao meio e deu a metade para Tossa”, para que o mestre Tossa não se sentisse constrangido ou fizesse cerimônia. No final, Tossa demonstra o seu amor pelos seus fiéis. A própria Oyassama demonstrou ao mestre Tossa a maneira de orientar e criar os filhos, os fiéis. A frase “E, ao começar a embrulhar o último pedaço que ganhara” passa despercebido para nós ocidentais, ninguém chega a pensar, “com que papel começou a embrulhar?” O papel neste caso chama-se Kaishi é um tipo de papel que ficava guardado na manga do quimono, usado para várias finalidades, tal como escrever poesias, embrulhar doce ou limpar as bordas dos cálices.
Hoje gostaria de falar um pouco sobre espírito firme, determinado e dedicado.
Na verdade quando eu estava escrevendo este texto nesta semana, não
tinha ideia do que falar no dia de hoje.
Foi quando eu sai da
frente do computador para respirar um pouco. E depois decidi sair com a Cecília
para entregar um jornal para uma senhora.
No mês de abril houve a divulgação nos arredores da igreja promovida
pela Associação Yonomotokai do Alto Tiete. E neste dia nos dividimos em vários
grupos, e um dos grupos encontrou com uma senhora que conversando disse que
fazia muito tempo que não recebia o jornal da Tenrikyo. E antes recebia todos
os meses por muitos anos, que o marido dela gostava muito de ler. Jornal este
que, com certeza eram entregues pelos meus pais. E depois de entregar o jornal,
ministrou uma oração, o ossazuke que tinha dores na coluna.
Depois disso, me passaram o endereço desta senhora, e ficou decidido
que todos os meses eu iria levar o jornal para eles.
Quando fui levar o jornal nesta semana, a senhora nos atendeu com muita simpatia, e em razão da dor na coluna fizemos o ossazuke, e ela nos contou que gostava muito de receber o ossazuke, e que na outra vez em que recebeu, ficou uns 4 a 5 dias sem dor. E estava esperando outra oportunidade de receber o ossazuke.
Mudando de assunto, esta semana a minha irmã Satsuki conversou com a Cecília que a minha mãe gostaria de ensinar a tocar os instrumentos femininos. E perguntou se ela gostaria de realizar estes treinos durante a semana.
Esta semana fui visitar um amigo no hospital, e no dia seguinte foi o enterro, e no enterro comentei com os meus irmãos que ele estava bastante forte, e que não achava que retornaria no dia seguinte. E o meu irmão disse, “ele foi bastante forte”. E que se fosse ele, só de por acaso saber que está com uma doença, já se entregaria. E prosseguiu falando que a minha mãe ao contrário sempre teve as suas recaídas, e todas as vezes, imaginava-se que desta vez não se recuperaria. Mas por incrível que pareça, ela se recuperou em todas as vezes.
Mas o que eu quero dizer aqui é esta força dela.
No episódio do Caqui, a Oyassama estava com 86 anos de idade. E sempre
o seu coração era o de fazer pelos outros.
A minha mãe teve um AVC, ou vários, não sabemos dizer ao certo, e anda
na cadeira de rodas. Mas como todos vocês já perceberam, ainda continua dando
bronca para corrigir sobre as razões, tentando acertar com a régua do céu.
E a cada vez que é realizado uma divulgação neste bairro, ouvimos o
comentário de muitas pessoas que receberam o jornal e também o ossazuke, e com
certeza se nós não continuarmos a regar estas sementes, um dia ela poderá
apodrecer.
Este ano a minha mãe completou 79 anos. E ainda tem a força e a coragem
de ensinar os instrumentos sagrados.
O condutor da igreja Tsu Suzano também ficou muito contente, e os dois
disseram que se deslocariam até aqui para vir ensinar umas duas vezes por
semana. E continuou comentando que aprender os instrumentos sagrados é receber
a graça de poder evoluir o espírito, porque faz com que as pessoas mudem o seu
hábito para melhor. Mudando o seu espírito para melhor, com certeza teremos a
vida em direção a felicidade.
Vamos ensinar os
instrumentos sagrados ás pessoas desde pequenas.
A Sede Dendotyo está ficando cada vez mais bonito com a dedicação do Hinokishin de todos.
Nos dias 25 e 26 deste
mês será a ultima oportunidade de fazer esta dedicação nesta época.
No dia 26 de maio, o
Brasil recebeu um novo Primaz, o Tyotyossama Kaoru Murata, e no dia 10 de julho
será a comemoração dos 71 anos da Sede, e também a cerimônia de posse. Conto
com a dedicação de todos.
José Katsumi Ishii
Muito obrigado.