A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

sexta-feira, 17 de julho de 2020

INFORMATIVO Nº 214 - JULHO DE 2020


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Episódios da Vida de Oyassama 127. Tokyo, Tokyo, Nagasaki

No outono de 1883, Sassuke Uehara regressou a Jiba e foi levado à presença de Oyassama, que disse inesperadamente:
“Tokyo, Tokyo, Nagasaki.”
E ainda entregou um quimono vermelho.
Aceitando-o com todo respeito e bastante emocionado, Sassuke tomou uma firme decisão. Dias depois, fechou a casa e levando o quimono vermelho, partiu sozinho para o missionamento em Tokyo.
Sassuke morava em Osaka, mas após ouvir de Oyassama a cidade de Tokyo, vai para fazer a divulgação na capital. E se torna o primeiro condutor da Igreja-Mor Azuma.
Neste episódio Oyassama fala Tokyo e Nagasaki, na verdade Tokyo fica do lado leste, e Nagasaki fica do lado oeste de Tenri. São dois lados opostos. Creio que ele poderia escolher qualquer um deles, mas a intenção de Oyassama era de que o ensinamento difundisse a todos os 4 cantos.
Ele tinha esta convicção em Oyassama, porque há dois anos em 14 de maio de 1881, Sassuke Uehara regressou a Jiba acompanhado da irmã Ishi e do tio Sakiti e sua esposa. Por felicidade, foram apresentados a Oyassama que, muito contente, serviu pessoalmente a mistura de broto de bambu, inhame e bardana cozidos, colocando-a nos pratinhos e, serviu ainda o saquê oferendado nos cálices com desenhos de lua, sol e nuvens:
“Por favor, sirvam-se.”
Nessa ocasião, Sassuke, com trinta e poucos anos de idade, estava em pleno vigor físico.
Oyassama, após explanar sobre vários fatos, estendeu as mãos e segurou os pulsos de Sassuke, e disse:
“Tente livrar-se.”
No entanto, ele sentiu o corpo todo dormente e, apenas conseguiu dizer: “Rendo-me.”
Sua irmã Ishi recordando o fato anos depois, contou: “É impossível descrever em palavras aquela solene circunstância. Surpresa, abaixei a cabeça instintivamente.”
Sassuke, que viu o caloroso amor parental e a força de Oyassama, veio a ter uma sólida fé de dedicar-se unicamente à salvação.
Em 1885 vai para Tokyo, e em 1887, forma a irmandade Shinmei Tokyo. Em 1889, recebe a permissão de fundação da igreja. Retorna em 1912 aos 63 anos de idade. A esposa Sato se torna a primeira condutora da Igreja Kassaoka. Nos detalhes da explicação do Tyotyossama, está escrito que na Igreja-mor Kassaoka está guardado uma tigela com desenho de nuvem, lua e sol.
Hoje gostaria de falar um pouco sobre a raiva.
Mas antes gostaria de contar um episódio, o 137. Uma Palavra:
Oyassama disse a Issaburo Massui:
“Há pessoas que são boas em casa e más fora de casa. Também, há pessoas más em casa e boas fora de casa. Mas, o mal é ficar com raiva devido ao seu egoísmo. Cada palavra é importante. Com o simples controle do uso das suas palavras haverá harmonia na família.”
E ainda:
“Issaburo, você é uma pessoa muito sociável e gentil fora de casa; porém, voltando para casa e ao ver o rosto da esposa, perde fácil a paciência e briga frequentemente. Isto é o ato mais reprovável e não deve fazê-lo mais, de agora em diante.”
Massui imaginou que a esposa tivesse comentado sobre ele. Entretanto, reconsiderou que Deus via e sabia de tudo e determinou o espírito de nunca mais ficar com raiva. Então, ao voltar para casa, o que quer que a esposa dissesse, inexplicavelmente, nada mais o irritava.
Ainda estamos no meio da pandemia, e os familiares estão sempre juntos em suas casas.
Sabemos que a convivência dá espaço para divergências de opiniões, conflitos, discussões. Apesar da instituição “família” estar relacionada a um ambiente de amor, a raiva é uma emoção que se está bastante presente.
A família é constituída por pessoas diferentes que partilham laços afetivos e enfrentam os desafios da convivência, se não bastasse isso, precisam administrar as influências externas, como o trabalho, a escola, as amizades etc. E nós precisamos cuidar do nosso estado emocional.
A raiva é algo que não gostamos de sentir. Mas no nosso dia a dia não aprendemos a lidar com a raiva. E tendemos sempre a responsabilizar essa emoção ao outro, como se o outro tivesse culpa por eu sentir raiva.
É importante entender que nossas emoções estão ligadas as “interpretações” que damos a cada situação.
Esses dias nesta pandemia, eu estou aprendendo, e refletindo muito.
O motivo da raiva é porque nós temos uma expectativa, e o outro é um outro ser que pensa e age diferente.
Então se conseguirmos perceber e entender que o outro nos deixou com raiva porque não correspondeu às nossas expectativas, esse será uma das formas de lidar com a raiva.
Por outro lado, quando parto do princípio de que eu é que mando na minha emoção, eu penso, eu não quero sentir raiva, isso não é fácil, mas vamos aprendendo a desenvolver com o tempo, e a frequência da raiva tende a diminuir.
A raiva precisa de um espaço para ser sentida. Portanto não devemos colocar a nossa expectativa como a expectativa da outra pessoa.
Quando Issaburo fez a determinação espiritual, a forma de ver as coisas mudaram. Por isso é importante fazermos a determinação espiritual.

Existe uma fábula contada pelos índios da tribo Cherokee - O interior dos lobos.
Um velho avô Cherokee disse ao seu neto, quando este veio até ele, com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça: “Deixe-me contar uma história. Eu mesmo, algumas vezes, já senti grande ódio por aqueles que não tem qualquer arrependimento do que fazem. Mas o ódio te corrói e não fere seu inimigo. É como tomar veneno e desejar que o seu inimigo morra. Lutei com esses sentimentos muitas vezes.
Ele continuou: “é como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende quando não teve intenção de ofender. Ele só luta quando tiver que lutar e do jeito certo. Mas o outro lobo, ah! Ele está cheio de raiva. O insignificante vai colocá-lo em estado de raiva. Ele luta contra todos, o tempo todo, sem nenhuma razão. Ele não consegue pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil; por causa dessa raiva nada irá mudar. Às vezes, é difícil viver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”.
O garoto olhou bem dentro dos olhos de seu avô e perguntou: “qual deles vence, vovô?”
O avô sorriu e respondeu baixinho: “aquele que eu alimento”
Sendo assim, vamos alimentar o lobo do amor da paciência que está dentro de nós. Porque tudo que acontece na nossa vida é de acordo com o nosso próprio espírito. Não vamos alimentar a raiva que faz parte das 8 poeiras espirituais que a Oyassama nos ensinou.


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