A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

segunda-feira, 25 de julho de 2011

INFORMATIVO 106 - JULHO 2011


60 anos do Dendotyo
No dia 12 de junho recebemos a graça de um tempo agradável para a comemoração dos 60 anos. Segundo cálculos, mais de 6 mil pessoal participaram desse evento. No encontro da Alegria (recanto Tenri) tivemos belíssimas apresentações, inclusive do Koteki do Brasil e palavras de agradecimento dos membros do Shonenkai. Em japonês Mutsumi Senda e em português Massayuki Ishii.


Ao fim da comemoração, foi lembrado que a partir desse momento devemos nos empenhar para os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama a ser celebrado daqui a cinco anos.
No dia 15 tivemos a visita do Sr. Yamazaki, (ao centro) professor do Senshuka.



Visita do Prof. Miyazaki

Foi realizado um jantar com os ex-alunos do senshuka. Participaram: Jorge Miyashiro, Paulo Yamashita, Yoshinori Ishii e Jun Kashiwaba.



















Campeonato do Shonenkai

O Campeonato de Futebol do Shonenkai foi realizado no feriado de Corpus Christ a partir das 9:00 em São Paulo.


O campeão nas duas modalidades (7 à 11 e 12 à 15) foi a igreja Bandeirantes. O time feminino do Tsu Hakuryu ficou em 4° lugar.

PARABÉNS À TODOS QUE PARTICIPARAM E CONTRIBUÍRAM PARA QUE ESSA ATIVIDADE ACONTECESSE !!!


Palestra da Sra Lucy Teramoto

             No ano passado foi comemorado o centenário do Fujinkai e eu não pude participar. Então eu pensei em ajudar na igreja nem que seja um pouquinho fazendo a janta, pois ficaram só os homens. Então eu saia do trabalho, pegava os meus filhos Haruki e Kaori e trazia-os para a igreja comigo.
            Nos últimos dias do meu hinokishin o Haruki começou a reclamar que os olhos estavam doendo e vi que estava com febre também. Então ele ficou em casa e fomos eu e Kaori para a igreja. Voltando para casa Haruki estava com 38,5°C quase 39°C de febre. A febre subia e descia então no dia seguinte resolvi levá-lo no médico. Fizemos o exame e o médico disse que era virose. Então foi receitado um antibiótico, mas mesmo assim a febre não abaixava. Resolvemos levá-lo no outro pediatra e nisso a febre estava baixa, mas apareceram algumas manchas no corpo. Fizemos o exame de sangue e o resultado foi plaquetas baixas. Então o médico disse que era para ir num hospital de São Paulo, mas no momento não tinha como ir, pois o meu marido Yuji estava viajando. Resolvemos então, levá-lo para o hospital Santana e refizemos o exame de sangue. Quando saiu o resultado o médico disse que estava normal. Mas nós sabíamos que não estava. Voltamos para casa e quando ele foi tomar banho, ficou assustado com as manchas vermelhas que aumentou em seu corpo. Levei as pressas para a pediatra que receitou somente o antitérmico e graças a Deus o Haruki estava cada vez melhor. A única coisa que eu podia fazer era o Ossazuke (concessão divina) e pedia para Deus que nada acontecesse com o meu filho. Como sempre, pensava no pior, pois sou muito preocupada. E o meu filho vendo o meu desespero me disse em tom de consolo: “Mãe, eu estou bem, não tenho nada!”. Levei novamente para o hospital e foi feito o exame de sangue novamente. Fiz uma pesquisa na internet e todos os sintomas apontavam que era dengue hemorrágica. Rezei muito para que não fosse e no resultado constatou que era Dengue. Fiquei em choque, pois tinha pedido muito para Deus para que não fosse.
            Então quando a mamãe (esposa do ex-condutor) voltou da viagem contei tudo o que aconteceu e ela me disse que graças a minha dedicação de ajudar na igreja, Deus aceitou o meu espírito e fez com que o Haruki se recuperasse rápido e não precisasse ser internado. Deus transformou uma coisa grande em pequena.
            Outra experiência que tive com a minha filha Kaori foi no dia 21 de abril. Fomos ao museu do Ipiranga participar do hinokishin e a Kaori participou da apresentação do koteki (banda de flauta e percussão). Ela estava muito contente em poder dançar pom-pom.
            No intervalo fomos ao banheiro e numa distração minha, a Kaori, caiu de testa no chão de um degrau alto. Na hora formou um galo e começou a chorar muito. Fiquei desesperada e comecei a pensar, “O que eu vim fazer aqui? O que estou fazendo aqui?” e queria ir embora logo. Logo depois do hinokishin iria ter o treino do coral para os sessenta anos do Dendotyo e pensei, “É claro que não vou mais, pois a Kaori está com dor de cabeça” e o Yuji me acalmou falando que não precisava ir embora, pois a Kaori estava bem. Mayumi Otake, como enfermeira de plantão, falou pra filha arranjar um gelo na hora e ela logo trouxe um bloco de gelo que arranjará com um sorveteiro. Colocou o gelo na testa da Kaori e eu só rezava Namu-Tenri-O-no-Mikoto. Depois disso ela ficou bem e foi brincar com outras crianças como se nada tivesse acontecido.
            Resolvemos então ir para o último ensaio do coral e voltamos 17:30 para a igreja. Na hora de fazer a reverência encontrei com a mamãe (esposa do ex-condutor) e logo pedi para fazer o Ossazuke na Kaori. E logo que ela terminou me disse, “Você deve ter pensado, ‘porque eu fui pro Hinokishin? Não devia ter ido’ não é?”. No mesmo momento comecei a chorar e pensei, “Puxa, como Deus e Oyassama sabe o que nós estamos sentindo” e sabe também o que nós queremos ouvir.
           Bom, agora gostaria de relatar uma experiência minha. Eu me inscrevi numa corrida noturna e fiquei bastante ansiosa. No dia da corrida, comi um lanche no almoço, uma coisa rara, pois sempre comemos arroz. Depois de 3 horas, começou uma cólica muito forte. Quando cheguei em casa fui direto para o banheiro e não saí mais. Mesmo assim eu queria participar da corrida e meu marido e minha mãe ficaram muito preocupados. Mas depois vi que não tinha como correr, pois comecei a ter sangramento. Isso continuou durante dois dias o que me assustou muito. Resolvi ir ao médico e ele disse que provavelmente seja algo que comi.
            Então eu refleti e pensei, puxa, esse corpo é mesmo emprestado por Deus e só a alma nos pertence. Por mais que eu quisesse correr não conseguia. Acabei pensando só em mim e Deus deve ter pensado “o que é isso?”.
            No domingo passado eu consegui participar da corrida noturna como disse para todos. Mas desta vez eu disse que iria correr, mas se Deus permitir.
            Gostaria de ler um trecho de um livro.
            “As doenças são a calorosa manifestações do espírito do Parens. Nos é ensinado que o espírito dos seres humanos não existe aquilo que seja mau, apenas nele existe um pouco de poeira. Não podemos deixar abandonados essas poeiras. Elas se tornam ferrugem ou mancha. Nada poderemos fazer se elas se transformarem em predestinações ou maus atos. Por isso Deus Parens nos alerta ou nos orienta contra essas poeiras através de doenças e problemas. Quando adoecemos é que podemos sentir mais perto o trabalho de proteção de Deus Parens. É também uma oportunidade de sentir de verdade a razão da coisa emprestada e tomada emprestada. Observando dessa forma, podemos encontrar o significado verdadeiro do ensinamento que diz: a doença nasce do espírito. Não o ato de curar uma doença mas sim salvar o espírito doente. Os seres humanos recebem liberdade espiritual para praticar a vida plena de alegria e felicidade. Entretanto, eles tem usado essa liberdade equivocadamente e apegos a preocupações egoísticas e foram acumulando poeiras. Mas mesmo assim, diante de Deus Parens, todos nós somos filhos queridos criados com suas próprias mãos. Então, por que Deus faz com que  seus filhos queridos tenham problemas físicos? Essa é a maneira de atrair seus filhos para explicar-lhes o significado profundo dessas dificuldades. Não se trata de hipótese alguma que seja um Deus cruel que castiga as pessoas de más atitudes espirituais ou que agem incorretamente. Os seres humanos também tem afeições por seus filhos, peço que reflitam nisso.
            Como nos é ensinado através desses versos é um ato de incentivo, motivado pelo caloroso amor paternal, que amam os seres humanos e é como se ele estivesse vivendo. “Por que vocês ainda não entenderam isso? Ainda não é tarde. Promovam regenerando e mudando firmemente o seu espírito em direção a dedicação única à salvação.”
            Eu sempre tive sorte por ter pais espirituais muito presentes em minha vida. Sempre pedi orientações para o ex-condutor e sua esposa. Hoje não sinto diferença alguma em poder expressar e falar os meus problemas com o atual condutor e sua esposa. Em uma dessas conversas com o condutor,  contei sobre a psoríase que o Haruki tinha na unha e eu ficava me lamentando: “o que será que eu fiz de errado, o que será que Deus quer falar pra mim?”. Então o condutor disse: “que tal mudar o jeito de pensar. Que tal pensar em como fazer algo que possa contentar a Oyassama e Deus Parens. É uma forma bem diferente de pensar”. O que era culpa virou “como melhorar”.
            Eu admiro muito a Mieko (esposa do condutor) também. Quando ela faz o ossazuke em mim e sempre no final ela fala que está tudo bem, que não preciso me preocupar com nada e que vai dar tudo certo. Ela fala de uma forma bem delicada e gentil, mas ao mesmo tempo firme. E é uma coisa que ela precisa ser, pois ela não tem só os filhos dela para cuidar, mas sim, todos nós.
            Gostaria de terminar a palestra e muito obrigada pela atenção. 



(É seguidora do Tsu Hakuryu)