A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Palavras do Fiel Rodrigo Ventura sobre o Curso Estudantil realizado na Sede Missionária

 



Bom dia! Como fui apresentado, meu nome é Rodrigo.

Quem me conhece sabe que não sou muito fã de falar em público, quando eu era mais jovem tinha vergonha de dar tchau para as pessoas então ficava bastante tempo na igreja. Peço desculpas e um pouco da atenção de vocês.

Há alguns anos, faço parte da comissão de encarregados do Curso Estudantil, realizado anualmente na Sede Missionária em Bauru. Este curso é voltado para jovens entre 15 e 20 anos, e o nosso objetivo é transmitir ensinamentos de uma maneira que se conecte diretamente com essa faixa etária.

O curso é dividido em três módulos:

  1. Despertar na fé,
  2. Aprofundar na fé,
  3. Praticar a fé.

Esses módulos são trabalhados por meio de palestras, reflexões, debates e dinâmicas. Neste ano, fui encarregado do módulo 2, cujo objetivo é aprofundar a fé e neste ano destacamos a importância do Serviço Sagrado e a prática da fé no dia a dia.

Queríamos transmitir aos jovens que o desejo de Deus é que vivamos uma vida plena de alegria e felicidade. E Ele nos ensina, através de Oyassama, que o Serviço Sagrado é o caminho para alcançar esse objetivo.

Quando realizamos o Serviço Sagrado, estamos em comunicação direta com Deus, agradecendo pelas providências recebidas e pedindo auxílio. Esse ensinamento é algo que procuramos passar durante o curso, integrando-o às aulas e práticas diárias.

Um episódio marcante ocorreu enquanto os jovens estavam em aula de instrumento sagrado. Estávamos em uma reunião com os orientadores e coordenadores para avaliar o andamento do dia e resolver possíveis dificuldades. Em determinado momento, um dos coordenadores soube que uma orientadora estava com dor de cabeça e perguntou se ela gostaria de receber o Sazuke. Ela concordou, mas o coordenador, por não ter ainda o dom do Sazuke, perguntou se alguém poderia ministrar o Sazuke. Foi um momento engraçado, mas também nos fez refletir sobre como, às vezes, nos esquecemos de ministrar o Sazuke no cotidiano, e que deveríamos transmitir para os cursistas a importância do Sazuke e do Serviço de solicitação.

Relembrando um episódio de 2006, logo após receber a permissão para realizar o Sazuke, estava fazendo o curso Kentei Koshu, na sede, em Jiba. Durante o curso, recebi uma mensagem do Douglas, informando que meu irmão havia caído de moto e precisaria ser operado. Na época, não tínhamos smartphones, apenas SMS, e a rede social era o Orkut. Fiquei bastante preocupado, mas, ao chegar no alojamento, encontrei uma forma de me comunicar com meus familiares. A situação me deixou angustiado, e, naquele momento, o responsável me perguntou o que eu gostaria de fazer. Como havia acabado de receber a permissão do Sazuke, disse que gostaria de estar perto, no Brasil para poder ministrar o Sazuke. Ele me lembrou que estávamos perto de Deus em Jiba e que, por isso, não precisávamos de mais nada. Fomos todos juntos ao recinto de reverência em frente ao Karondai (Pedestal do néctar) realizar o Serviço de solicitação.

No dia seguinte, recebi a confirmação de que meu irmão estava bem, o que me deu muita tranquilidade. Esta experiência me ensinou a importância de confiar no Serviço de solicitação, pois, através dele, encontramos respostas e proteção divina.

Outro momento importante aconteceu durante o curso deste ano, quando uma menina da equipe passou mal na última noite, logo após o lanche da noite. Ela teve uma convulsão e deixou todos assustados com a situação. Pedimos para que os cursistas fossem se recolher     

Muitos dos jovens, ao presenciarem este fato, uns em frente ao recinto, outros no corredor do alojamento começaram a realizar o Serviço de solicitação para que ela ficasse bem.

Isso nos trouxe uma sensação de que estávamos realmente conseguindo transmitir o objetivo do curso.

Para concluir, a fé vai além das palavras e momentos específicos. Ela se manifesta em nossas ações diárias, no cuidado com o próximo e no Serviço sagrado. Cada gesto de dedicação fortalece nossa conexão com Deus e impacta a nossa vida e de quem está ao nosso redor.

Obrigado pela atenção e que sigamos firmes na caminhada rumo a uma vida plena de alegria e felicidade.


INFORMATIVO Nº 265 - FEVEREIRO DE 2025

 

Divulgação em Nazaré Paulista

Palavras do condutor na Cerimônia Mensal de fevereiro

Jose Katsumi Ishii

Muito bom dia a todos. 

Estamos terminando com bastante ânimo, a Cerimônia de fevereiro, e neste mês agradecendo a palestra do fiel Rodrigo Ventura. Agradeço a todos pelas dedicações nos cursos que ocorreram no Dendotyo, o Gakuseikai, o Tsudoi, o Koshu o Shuyokai etc. 

E também pela dedicação de todos fazendo das cerimônias da Igreja Tsu Hakuryu um momento de bastante alegria.

 Daqui a exatamente 348 dias, no dia 26 de janeiro de 2026,  será celebrada em Jiba, na terra natal da humanidade, os 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. 

Hoje gostaria de comentar o episódio 165, “Comprando Caro”:

No verão de 1885, Zenzo Miyata que se iniciara na fé sensibilizado com os ensinamentos ouvidos na Irmandade Shimmei, regressou a Jiba pouco tempo depois, levado por Seijiro Imagawa e foi apresentado a Oyassama. Na ocasião, estava com 31 anos e tinha um comércio de meias na rua Shiomati, em Semba, Osaka.

Oyassama explanou-lhe ordenadamente excelentes ensinamentos. Entretanto, Zenzo, que se iniciara na fé há pouco tempo, sem ter recebido qualquer graça maravilhosa de problema físico, ouvia no começo fumando um longo pito, como se estivesse escutando uma conversa qualquer. Porém, quando deu conta de si, estava ajoelhado, a cabeça abaixada e com as mãos sobre o tatame, deixando o pito não se sabe quando. Nessa ocasião, ficaram gravadas as seguintes palavras:

“Os comerciantes devem comprar caro e vender barato.”

Zenzo não compreendeu o significado daquelas palavras e pensou: “Se assim fizer, passarei fome. Ela conhece assuntos de lavoura, mas de comércio, não entende nada.” Voltou para casa pensando naquelas palavras.

Despedindo-se de Imagawa que morava na vizinhança, mal entrou em sua casa teve um violento acesso de vômito e diarreia. Chamou imediatamente um médico que o tratou sem resultado. Então, por intermédio de Imagawa, pediu a vinda do responsável Umejiro Izutsu da Irmandade Shimmei. Izutsu aproximou-se de Zenzo e perguntou: “Você não ficou insatisfeito por alguma coisa, regressando pela primeira vez a Jiba?”

Zenzo Miyata confessou que não se convenceu com as palavras de Oyassama. Então, Izutsu explicou-lhe: “O que Deus quis lhe dizer foi que o caminho para o sucesso no comércio é contentar o atacadista comprando mais caro do que os outros, contentar os fregueses vendendo barato e passar satisfeito com estreita margem de lucro.”

Ouvindo-o, Zenzo compreendeu bem e pediu perdão por ter ficado insatisfeito mesmo por pouco tempo. Assim, sem que percebesse, o mal havia desaparecido. Ele recebeu uma graça maravilhosa.

Zenzo Miyata, nasceu em 1855, e se torna segundo condutor da Igreja Ikeda. Dedicou-se de corpo e alma na construção e na constituição da Igreja Ashitsu, sendo também diretor e representante dos fieis. Sobre Seijiro Imagawa foi explicado no episódio 108.

 O episódio 108 é um episódio que eu contei no mês de janeiro nas casas onde realizamos as cerimônias, e tem o título “Vários Caminhos Para Subir”, é o episódio em que Seijiro Imagawa sofria do estômago há muitos anos. Era fervoroso devoto do budismo, e ele mesmo realizava frequentemente uma reza. Embora obtivesse por meio disso a cura dos doentes, o seu mal do estômago não sarava. Certo dia, uma pessoa da proximidade disse: “O senhor, por ser um fervoroso devoto do Buda, talvez não queira ouvir o que vou lhe dizer, mas existe um excelente Deus.” E, ele concordou: “Deixe-me ouvir do que se trata.” Escutou a respeito do Caminho e, com oração de três dias, recebeu a cura completa do mal do estômago que incomodava há 30 anos.

Assim, determinou o espírito de crer unicamente neste Caminho, e regressou a Jiba, onde Oyassama, lhe dirigiu estas ternas palavras:

“Conhece o Monte Fuji? O pico é apenas um, mas existem vários caminhos para subir. Por qualquer caminho que venha é o mesmo.”

Seijiro emocionou-se com o caloroso amor parental.

“Você veio de Osaka?”

Assim perguntando, ela continuou:

“Osaka é uma cidade onde ocorrem muitos incêndios, não? Mesmo que o fogo chegue até aqui, (explicou traçando uma linha com seu próprio dedo) pode acontecer de parar aqui. Isto porque o vento mudará. Mudando o vento o fogo parará.”

Mais tarde, em 1890, quando houve um grande incêndio, as chamas se aproximaram ameaçadoramente do prédio da sua Irmandade. Então, todos os membros realizaram com toda sinceridade o Serviço de Solicitação. E quando a cerca de madeira dos fundos caiu queimada, o vento mudou repentinamente de direção, deixando intacto somente o referido prédio.

Foi então que Seijiro lembrou-se profundamente impressionado das palavras que ouvira de Oyassama.

Acabei recontando este episódio, porque no joranl Tenri de janeiro, há um episódio muitíssimo parecido relatado pela Hiroe Nakamura. Para quem não leu, vou ler resumidamente um trecho…

Certa vez, houve uma queimada na mata próxima ao sítio, que veio se alastrando pelo fundo da propriedade. Imaginado que o pior poderia acontecer, eu e meus filhos fizemos urgentemente o Serviço de Solicitação; paralelamente o meu marido e os funcionários fizeram de tudo para que o fogo não invadisse nossa propreidade. Quando o fogo estava para atingir a estufa de orquidea, o vento mudou de lado e o fogo seguiu em outra direção. 

Quem não leu o jornal, tenham o prazer de ler e sentir as grandes providências de Deus-Parens, que existe em todos os momentos e muitas vezes não enxergamos.

Muito obrigado.


Treino Instrumentos Sagrados na Igreja

Fotos do Tsudoi

Fotos do Tsudoi

Palavras do Fiel Rodrigo Ventura


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

INFORMATIVO Nº 264 - JANEIRO DE 2025

 

Mitsuru na Igreja Mor

Muito bom dia a todos.

Estamos terminando com bastante ânimo, a Grande Cerimônia de janeiro. Agradeço a todos pelo esforço durante todo o ano fazendo das cerimônias da Igreja Tsu Hakuryu um momento de bastante alegria, momentos de abrir o coração com os seus amigos e também a Oyassama, contando as suas alegrias e também solicitando soluções para os seus problemas.

Daqui a exatamente 386 dias, no dia 26 de janeiro de 2026, será celebrada em Jiba, na terra natal da humanidade, os 140 anos do ocultamento físico de Oyassama.

No manuscrito deixado pelo Shinnosuke, o primeiro Shimbashira, está registrado que
Oyassama disse em 21 de julho de 1886, no ano anterior ao ocultamento, o seguinte:

“As quatro direções ficarão escuras a ponto de não poder distinguir. Nessa ocasião, as mãos do Serviço não devem ser de meio termo. Portanto, treinem os movimentos das mãos.”

Despendendo longos 50 anos, ela concentrou todos os esforços para ensinar a importância da dedicação única à salvação: primeiro o Serviço do
Kanrodai, e depois o dos Doze Hinos. Portanto, é um Serviço extremamente importante cuja execução não se permite um único erro.

Oyassama havia afirmado que, “as almas dos protótipos e instrumentos estão nascidos nesta Residência”, “que Deus-Parens aqui se revelou por ser
Jiba do começo deste mundo, onde criou os homens e o mundo que não existiam” e “que tanto as autoridades com as pessoas comuns, eram todas almas iguais.”

No Japão da época o xintoísmo influenciava todas as tradições e costumes da nação, portanto não se dizia que o imperador tinha a alma igual ao do seu povo. Dizia-se que o imperador possuía uma alma divina. Era um absurdo comparar a alma dos homens com a dos peixes. Numa era em que todos pensavam assim, aqueles que pregavam o ensinamento de
Oyassama estariam infringindo as leis.

Neste impasse do desejo de Oyassama de querer que realizem o Serviço e as leis da época, Shinnosuke finalmente perguntou: “Se nos questionarem sobre esses três princípios, como devemos responder, pois contrariam a lei e o homem não pode desafiar a lei?” Então, seguiu-se a indicação:

“Por existir Tsukihi (Deus-Parens), existe este mundo; por existir o mundo, existe cada uma das coisas; por existir cada uma das coisas, existem os seus corpos; por existirem os seus corpos, existe a lei; embora exista a lei, a determinação espiritual é o mais importante.”

Desta forma, amanheceu o dia 26 de janeiro. Este era o dia em que se executava o Serviço mensal e era sobretudo a sua execução que Oyassama incentivava.

Aglomerava-se uma multidão de fieis que vieram das vilas vizinhas para participar da cerimônia. No entanto, as autoridades estavam atentas e qualquer passo em falso poderia provocar a prisão de
Oyassama, cuja saúde estava crítica.

Como a partir do meio-dia, a saúde de
Oyassama tornou-se mais crítica, o espírito 
deles ficou completamente determinado, e Shinnossuke ordenou: “Que fiquem para executar o Serviço somente aqueles com o espírito decidido a suportar qualquer intervenção policial e disposto a sacrificar a própria vida ao desempenhá-lo.” Decidindo-se, todos vestiram várias roupas de baixo e várias meias, preparados para serem presos a qualquer momento, e começaram a executar o Serviço em altas vozes, acompanhados pelos instrumentos musicais, mais ou menos à uma hora da tarde.

Porém, em confronto com isso,
Oyassama, que ouvia satisfeita o som alegre dos instrumentos musicais, justamente no momento em que terminou o último Hino com o verso Daiku no nin mo soroi kita (os membros de carpinteiros vieram a completar-se), Oyassama deixou o seu corpo tal como se dormisse, mais ou menos às duas horas da tarde, ao mesmo tempo em que terminava o Serviço.

Existe um livro do Segundo Shimbashira, “Hitokoto hanashi”, que está para ser lançado em português com o título “Uma palavra”, que gostaria de compartilhar algumas partes deste livro.

“Quando Oyassama ficava indisposta, ela era examinada pelo médico Katsuji Nishikawa, da Vila Tissahara. Assim, quando as circunstâncias se tornaram ainda mais críticas, foi enviado um mensageiro a essa vila e requisitada a visita deste médico. Após os exames, ao ser perguntado o nome da doença, respondeu que não era outra coisa senão o enfraquecimento devido à idade avançada.”

No dia 16 de dezembro de 1886 do calendário lunar, Oyassama disse:

“Pensam que enfraqueci pela idade ou que estou em dificuldades pela moléstia? Não é moléstia, nem é fraqueza pela idade.”

Acredita-se que tenha dito isso porque, desde antes, o Sr. Katsuji já havia feito este diagnóstico.

Quanto mais este ensinamento se expandia, mais crescia na sociedade a falsa ideia de “obstrução da medicina”. E que os ensinamentos da Tenrikyo estava prejudicando a classe médica. Dessa forma, por volta de 1887, os médicos dos vilarejos próximos de Jiba fizeram uma forte aliança no sentido de não prestar mais seus serviços aos fieis da Tenrikyo e, também, maldosamente, combinaram não emitir atestados de óbito. Para quem descumprisse o acordo, havia até uma penalidade de uma multa.

No entanto, o Sr. Katsuji Nishikawa, contrariando um acordo predefinido, realizou visitas médicas à velha avó de Tenri (Oyassama) e emitiu o atestado de óbito. Não havia como este fato não cair no ouvido dos outros médicos. Que fez com que o Sr. Katsuji fosse intimado a comparecer no conselho de fiscalização médica para ser interrogado.

“Por que violou o acordo? Por que emitiu o atestado de óbito?”

“Basta eu pagar os 20 ienes referentes à penalidade pela violação, não é?”

“O acordo predefinido é esse, mas se está com esse pensamento, gostaríamos que se retirasse da nossa associação.”

Creio que essas questões foram repetidas exaustivamente. No final das contas, para proteger o exercício da sua profissão, acredita-se que o Sr. Katsuji, deixando suas 
convicções de lado, comprometeu-se a cumprir o acordo daquele momento em diante e solicitou que não fosse expulso da associação.

“Se assim for, para demonstrar essa intenção, traga de volta o atestado de óbito emitido”.

Acredita-se que esta foi a decisão tomada naquela oportunidade. Sendo assim, o Sr. Katsuji, mesmo contra a própria vontade, deve ter solicitado de volta o atestado de óbito emitido.

“De nossa parte, observando a preocupação do Sr. Katsuji Nishikawa diante das circunstâncias, devolvemos imediatamente o atestado. No entanto, restou uma grande preocupação pela necessidade de seguir com os trâmites legais junto à administração local.”

O atestado médico foi devolvido para não causar problemas ao Sr. Katsuji, mas sem esse atestado, não era possível solicitar a certidão de óbito à administração local. Assim, todos ficaram preocupados em como solucionar essa situação.

O Sr. Nakano, que na época vinha reverenciar, disse que tinha um parente que era médico em Osaka. Assim, através desta apresentação, foi solicitada a visita desse médico. Era uma pessoa chamada Magohei Mori. Através do atestado de óbito emitido por essa pessoa, foram realizados os trâmites legais, mas foi realmente um problema atrás do outro.

A seguir, vamos falar a respeito dessas circunstâncias seguindo o “Relato da História da Tenrikyo”.

“Todos solicitaram a Narazo Hirano para voltar a Koriyama a fim de contratar um fotógrafo. Ficou decidido que, no dia 27 de manhã, na casa de repouso, seria tirada uma fotografia de Oyassama ainda deitada em seu leito, de modo a guardar essa imagem.”

De modo que veio um fotógrafo chamado Honda, de Koriyama, que tirou a foto de Oyassama em seu descanso eterno.

Temos duas fotografias desta oportunidade: uma tirada de frente do seu rosto e outra tirada por detrás da cabeça. No entanto, na conversa com o Sr. Takai dias atrás (5 de fevereiro de 1936), ele disse:

“Deve haver uma foto em que a Omassa, filha de Oyassama, está empurrando por trás e levantando Oyassama. Lembro-me que Omassa estava assim, agachada, e diziam: ‘ainda dá para ver, ainda dá para ver’, e ela se agachou ainda mais, tentando se esconder.”

Quando lhe disse que não há nenhuma foto assim, ele disse:

“Estou certo de que Omassa a estava segurando... No entanto, se não há nenhuma foto assim, pode ser que não tenha ficado boa e desistiram...”

Assim ele disse.

Ainda, aproveitando a presença do fotógrafo, foi tirada uma foto de recordação das pessoas presentes, como o venerável Sr. Izo, o meu pai, os mediadores, os chefes de irmandade e outros.

“Na hora de ir embora, o fotógrafo foi revistado nu para que não levasse consigo nenhuma foto”.

Quando o Sr. Takai disse isso, perguntei-lhe: “Como fizeram a revelação das fotos?”

“Fizemos com que tudo fosse feito na Residência. Na hora de ir embora, ele não levou nada.”

Acredito que seja verdade que os negativos foram todos comprados e retidos, mas 
creio que há espaço para investigar se, na época, era possível fazer revelações fotográficas na Sede.

Durante esses seis dias, o corpo permaneceu no ataúde com a tampa aberta. Não apenas não exalava qualquer mau odor, mas seu rosto permanecia corado, como se ainda estivesse viva, e era como se dormisse tranquilamente, com a fisionomia denotando um pequeno sorriso.

Todos os dias, era grande o número de visitantes que vinham reverenciar. Por outro lado, estavam sendo feitos os preparativos para o funeral e as reuniões eram realizadas repetidamente. Embora o tempo e o sentimento tendessem a ficar anuviados, seguiram-se dias atarefados, um após outro.

“O tempo estava nublado até o dia anterior ao funeral, mas, no dia, o tempo abriu e ficou claro. (...)” (As circunstâncias da ocasião do falecimento da reveladora)

Assim, o dia 30 de janeiro do calendário lunar, era a véspera do funeral e houve a cerimônia de banhar o corpo.

“No dia 30 de janeiro, acordei às três horas da madrugada para aquecer a água e o corpo da Oyassama foi colocado na banheira. Nessa oportunidade, as pessoas que se encarregaram foram o Sr. Nakayama, o Sr. Kajimoto, o Sr. Maegawa, o Sr. Izo Iburi, a Sra. Hissa Yamazawa e a Sra. Massae Iburi. Ela foi deitada em seu leito e depois, colocada dentro do ataúde. Eu também ajudei a colocá-la dentro do ataúde segurando-a pelas costas e, desde então, ela não pôde mais ser vista pelos visitantes.” (Diário de Massuno, 1887)

De acordo com este texto, foi feita a solicitação para que ela tomasse seu último banho e depois, ela foi colocada no ataúde, após o que, imagina-se, as pessoas não puderam mais vê-la.

Em “As circunstâncias”, está escrito que a tampa do ataúde permaneceu aberta, mas segundo o Sr. Iburi, ele diz se lembrar que o pai, Sr. Izo, fixou o último prego. Segundo este registro, imagina-se que ela foi colocada pela primeira vez no ataúde no dia 30. Dessa forma, pode-se pensar também que, durante esses seis dias, ela permaneceu a maior parte do tempo em seu leito.

Ao ler estas poucas páginas, percebemos a quantidade de dificuldades que as pessoas naquela época passaram. E as dificuldades não pararam por ai, houve muitas intervenções para fazer o enterro. Mas essa parte vou deixar para que vocês leiam no livro.

Mas o mais importante do que eu quero falar nesta grande cerimônia, é que graças aos precursores que passaram por inúmeras dificuldades, que nem imaginaríamos, é que existe o caminho de hoje.

E não esquecer que a Oyassama dedicou longos 50 anos de sua vida para nos fazer entender que o Serviço Sagrado é a rememoração da criação dos homens, sendo assim, praticando, estamos renascendo em vida, nos livrando de toda a má predestinação para que possamos alcançar a vida plena de alegria e felicidade.

Muito obrigado 

Jose Katsumi Ishii

Neste mês teremos o Gakuseikai; o Encontro infantojuvenil, o Tsudoi; o Curso de doutrina; o Shuyokai. Vamos o quanto antes realizar os cursos para sempre elevarmos a 
nossa evolução espiritual.

Hinokishin Geral de final de ano

Hinokishin Geral de final de ano

Hinokishin Geral de final de ano

Hinokishin Geral de final de ano

Hinokishin Geral de final de ano


segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

INFORMATIVO Nº 263 - DEZEMBRO DE 2024

 

Cerimônia de posse da nova condutora da Igreja Superior Inmutsu - Reverenda Rita Akiko Ishii


Muito bom dia a todos.

Estamos terminando de realizar a Cerimônia de dezembro, a última do ano. Agradeço a todos pelo esforço durante todo o ano fazendo se presentes nas cerimônias da Igreja Tsu Hakuryu.

Hoje gostaria de comentar sobre o episódio 164 - Somente Amor.

Entre as explanações de Oyassama ouvidas e anotadas por Ihatiro Yamada, em 28 de março de 1885, há a seguinte:

“Quando se fala em Deus, logo se pergunta onde Ele se encontra. Deus se encontra dentro do nosso corpo. Não existe distinção entre os de dentro e os de fora. Isto é, todos os seres humanos são igualmente filhos de Deus. Em qualquer situação, pensem nos seus próprios filhos. Sentirá somente amor.

Os lavradores sempre desejam uma boa safra, mas são várias as intenções de Deus.

Se aceitar o coração dos seres humanos, Deus os sustentará para sempre.”

A frase: “Deus se encontra dentro do nosso corpo”, significa que os seres humanos estão sendo vivificados por Deus-Parens através da providência do fogo, da água e do ar (temperatura, umidade e respiração).

Ihatiro foi o segundo condutor da Igreja-Mor Shikishima e foi diretor da Sede, hombuin.

A igreja Mor Shikishima é uma das maiores igrejas Mor com 406 igrejas abaixo.

No dia 30, ontem, foi a cerimônia de Posse do marido da minha irmã Akiko, que se tornou o condutor da Igreja Imba.

Este mês estarei regressando a Jiba no dia 4 para participar da Cerimônia de Posse da minha irmã Akiko da Igreja Inmutsu. A Igreja Inmutsu tem 4 igrejas abaixo. A igreja Tsu Hakuryu tem uma igreja abaixo que se chama Tsu Suzano. Para nós igualarmos a Igreja Shikishima faltam apenas 405 igrejas.

Acima da Igreja Tsu Hakuryu é a igreja Inmutsu, e acima da igreja Inmutsu é a Igreja Imba. E acima da igreja Imba é a Igreja Mor Tsu.

 

Mudando de assunto, acabamos de ler na instrução 4 que, a Oyassama começou sozinha este Caminho, e os precursores, tendo a vida-modelo como apoio do espírito, trilharam-no com muito empenho para que tivesse continuidade até nós. Herdando essa fé, de pais para filhos, de filhos para netos, cada passo acumulado se torna a ligação do Caminho por todas as gerações.

E falando em gerações, é muito gratificante ter esse ensinamento, essas reflexões, e pensamentos que se passam de geração em geração.

Na minha infância, os meus pais sempre falavam “Oya no Okage”, que podemos entender como “Graças aos pais, graças aos antepassados”, e eu imaginava se um dia eu conseguiria falar algo neste sentido.

Mas com o tempo, depois que nos tornamos pais, começamos a pensar desta forma. Eu acho que já contei esta história aqui, mas repetindo, eu imagino que o meu pai tem bastante merecimento.

Quando estávamos procurando uma casa para ser a sede da Casa de Divulgação Tsu Suzano, encontramos uma casa muito boa. Então chamei os meus pais, os meus irmãos para ver a casa. Esta casa tinha a frente de 10m, e era uma casa onde o altar ficaria num local muito amplo. Como todos aprovaram a casa, assinei o contrato, e dei um sinal para a concretização da compra. Depois de alguns dias, o meu pai me comentou, “Eu gostaria que a casa tivesse pelo menos uns 20m de frente. Então eu fiquei muito chateado, e bravo, e pensei “porque não disse isso antes de fechar negócio?” Depois de ter dado sinal, não tem como desfazer o contrato, e com certeza não haveria de volta o sinal. Mas por incrível que pareça esta casa acabou não dando certo.

Então procurando uma outra casa, a casa atual a que foi fechado o negócio tem a frente de 20m.

O meu pai, sendo japonês, sempre teve dificuldade em falar o português, viveu mais de 60 anos no Brasil, e eu achava que era uma falta de vergonha não ter aprendido o português. Mas na realidade, graças a esta dificuldade no português é que o fez livrar-se de muitos problemas.

Algumas vezes quando o guarda de trânsito o parava por alguma irregularidade, pedia o documento, de tanto que não conseguia uma comunicação satisfatória, o guarda o mandava seguir viagem. “Pode ir..."

Voltando ao assunto das cerimônias de posse, como são duas comemorações festivas, havendo muitos gastos com refeições, convidados, etc, falei com o meu pai de fazermos um envelope para as felicitações. Foi quando ele me falou que faria X, e ele me perguntou o que eu achava. Eu respondi que não achava nada, que era ele que deveria decidir o valor. Então logo em seguida ele me falou, “Então vou fazer X/2, a metade. Eu não falei nada, pois ele é que deveria decidir.

            Mudando de assunto novamente, outro dia o meu pai estava indo embora de Mogi para Suzano, e estava no carro os seus netos, Jun, Yui, e Hikari. No caminho, ouvindo um barulho estranho, dois motoqueiros estavam falando algo. Mas ele não estava entendendo nada. Foi quando o Jun falou, “Jityan, ele está mandando parar”.

Ele parou, e os dois falaram que o carro estava com problema, mas como a avenida era muito movimentada, sugeriram ir num lugar mais tranquilo. Indo até um lugar mais tranquilo abriram o capô, e falando para dar a partida, viram que o motor estava sem potência. Então se identificaram como se fossem mecânicos, ou que poderiam providenciar a peça para consertar, e nesta conversa de ida e volta nem os dois, nem o meu pai estavam entendendo nada. Então abriram novamente o capô, e mexeram no motor, e falaram para dar a partida novamente. Como havia voltado a potência do motor, e funcionando normalmente, o meu pai ficou muito contente com os dois.

            Chegando em Suzano, comentou sobre o ocorrido, falando que os dois eram muito gente boa. Mas como só tinha 20 reais, entregou somente os 20.

            Depois de uns dias, o meu irmão postou no grupo da família, “Golpe do falso mecânico”. Só ai que o meu pai começou a entender que quase caiu num golpe. Os falsos mecânicos fazem um barulho perto do carro, e mandam parar, falando que o motor está com problema, ou caindo. Logo que abrem o capô, tiram um cabo, e o motor fica sem potência. E ai vem muitos tipos de conversa, dizendo que são mecânicos, ou que conhecem a autorizada, que podem comprar a peça necessária, etc.

            Depois o meu pai até falou que eles levaram num lugar meio sombrio, até medonho.

            E o que acho de importante neste ensinamento, são as reflexões que fazemos em relação ao que nos acontece no nosso cotidiano. Entendendo que ele quase caiu num golpe, ele me disse que refletiu bem sobre o assunto.

            E pensando que seria muito melhor utilizar o dinheiro para fazer a oferenda para uma coisa boa, neste caso, a felicitação, do que dar o dinheiro para golpistas. Pensando desta forma, ele me disse que gostaria de fazer o envelope contendo 2X.

            Então as boas reflexões, as coisas boas dos ensinamentos, que começou com a Oyassama sozinha, devemos sempre passar de pais para filhos, de geração em geração, para que em breve tenhamos um mundo cheio de alegrias.

 

Muito obrigado

José Katsumi Ishii

 

Para janeiro teremos:

O curso Estudantil a partir de 7 a 12 de janeiro.

O curso de doutrina o koshu de 12 a 17 de janeiro.

O curso de formação espiritual, o shuyokai, de 12 de janeiro até 9 de fevereiro.

O encontro infantojuvenil nos dias 24 até 26 de janeiro.

 

Gostaria que ajudassem no convite para que muitas pessoas possam participar destes encontros.

 

 No dia 1 de janeiro será realizada a cerimônia do ano novo que começará as 10h

 

            PREPARATIVOS DO DIA 31 DE DEZEMBRO

 

16:00h  Preparativo das oferendas (Tyossen)

18:00h  Serviço Sagrado

18:15h  Limpeza dos altares e preparativos para cerimônia de ano novo

 

CERIMÔNIA DO ANO NOVO: 1 DE JANEIRO:

7:00h             Oferenda dos 3 altares

7:30h             Café 

10:00h          Início da cerimônia

 

Festa de Final de ano do Koteki

Festa de Final de ano do Koteki

Festa de Final de ano do Koteki

Festa de Final de ano do Koteki

Festa de Final de ano do Koteki

Cerimônia de Posse do novo condutor da Igreja Imba - Rev. Ossamu Ishii



sexta-feira, 22 de novembro de 2024

INFORMATIVO Nº 262 - NOVEMBRO DE 2024

Visita de Doutrinação 03/11

Palestra ministrada pelo condutor da Igreja Mor, Reverendo Hatsuo Kubo, na Cerimônia Mensal de novembro da Igreja Tsu Hakuryu.

3 de novembro de 2024.

Bom dia a Todos. Gostaria de expressar a minha sincera gratidão a todos pela dedicação ao caminho que nos leva Vida Plena de Alegria e Felicidade, rumo aos 140 anos do Ocultamento Físico de Oyassama com os corações transbordantes de alegria.

E também, me sinto imensamente feliz pela realização de forma bastante animada e alegre, a Cerimônia Mensal de novembro. As minhas sinceras felicitações.

Nesta oportunidade, nesta visita de doutrinação da Igreja Mor, neste segundo ano do período que antecede os 140 anos do Ocultamento Físico de Oyassama, gostaria de explanar alguns dos meus pensamentos desta época que chamamos de “oportuna” dos três anos, mil dias.

Conto com a atenção de todos por alguns minutos.

A celebração dos 140 anos do Ocultamento Físico de Oyassama será realizada no dia 26 de janeiro do ano 189 da Revelação Divina (2026). E estamos no segundo ano destes 3 anos que antecede o decenário de Oyassama. Estamos exatamente no ápice deste período.

Em Jiba, todos nós com o espírito mais sincero possível, ouvimos através do Shimbashira as orientações da Instrução 4 em relação aos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. Desde então, cada um de nós com o intuito de atender o propósito do decenário de Oyassama viemos nos dedicando e esforçando numa evolução espiritual “não experimentada” até hoje.

À medida em que nos aproximamos do final do segundo ano, deste período dos três anos, mil dias, que vai se encerrar em 2 meses, embora sentindo muita gratidão por termos passado sem nenhum problema, acredito que a tarefa mais importante neste momento é, cada um se preparar para as etapas finais, ou seja para a conclusão desta evolução espiritual. Tudo isso para que possamos entrar com bastante ânimo no terceiro ano para trilhar o caminho deixado  pela Oyassama.

No próximo ano, o último ano dos 3 anos, mil dias, acredito que é importante refletirmos se as nossas atitudes em relação ao caminho estão alinhadas com as intenções de Oyassama, e, pensar no que necessitamos para que consigamos evoluir espiritualmente.

Para isso, é importante refletir como foram os nossos passos até o momento, desde que ouvimos falar sobre o decenário de Oyassama. E pensar, com que sentimento a Oyassama está observando estes passos. Creio que o “refletir nestes passos” é o que está sendo esperado para que cada um faça neste momento.

Ao mesmo tempo, significa refletir quantas vezes conseguimos enxergar a Oyassama com os olhos do coração e também com o ouvido do coração.

Tendo em mente a verdade de que Oyassama, eternamente viva, está sempre preenchendo o nosso coração com seu amor maternal, não importando o país ou região em que vivemos, acredito que é necessário um grande esforço na intenção de entender a “Vida Modelo de Oyassama”.

Tendo em mente que Deus-Parens tem pressa no desejo de salvar toda humanidade, devemos trabalhar com firmeza, com o coração amplo, para retribuir este desejo. Acredito que esta é a atitude de fé que nos conduzirá a uma conclusão adequada da evolução espiritual.

Agora, mais do que nunca, é um momento essencial para relembrarmos mais uma vez, que a Oyassama encurtou 25 anos da vida natural no intuito de apressar a evolução espiritual dos seus queridos filhos.

E também acredito que o período do decenário de Oyassama é o “Período da Salvação”.

Acreditamos que a maravilhosa salvação através da realização do Serviço Sagrado e da ministração do Sazuke é prova real que Oyassama está presente e “Eternamente Viva”.

E acredito que a realidade da nossa fé, para nós que somos conduzidos através desta maravilhosa presença da Oyassama eternamente viva, é ouvir a sua voz através do ouvido do nosso coração.

Compartilhar este caminho com todos, com alegria e emoção da fé,  as maravilhosas graças da salvação que nos são mostradas ao solicitarmos sinceramente, acredito que seja o real significado de celebrar o decenário de Oyassama, nesta gratificante época oportuna.

Nos Hinos Sagrados temos:

O íntimo de todos os corações do mundo reflete-se em mim como num espelho. (hino VI-3)

Ouvimos que o coração de todas as pessoas que vivem em quaisquer partes deste mundo reflete no coração da Oyassama.

Por exemplo, uma pessoa, para conseguir se enxergar utiliza um espelho. Um espelho refletirá o que está a sua frente, mas se utilizar dois espelhos, será possível enxergar a sua lateral e até a suas costas.

Refletindo sobre o gesto da Dança Sagrada, podemos interpretar como enxergar seu reflexo através de outro espelho. Em outras palavras, Oyassama nos enxerga por todos os ângulos. E isso nada mais é do que o reflexo da evolução espiritual do momento da época oportuna.

E toda vez que eu entoo essa frase, sinto que é uma coisa tranquilizante e feliz.

É nos ensinado que o espírito dos seres humanos é concedido por Deus-Parens. E sendo seu, as pessoas têm o livre arbítrio para usá-lo da forma que quiserem. Esse espírito é algo invisível aos olhos de outras pessoas. Além disso, as vozes do espírito de uma pessoa não podem ser ouvidas pelos ouvidos de outras pessoas.

Claro que, se estivermos próximo da pessoa podemos deduzir o que ela está pensando com base em suas palavras ou gestos, mas no geral, ninguém, além dela saberá o verdadeiro estado de espírito dessa pessoa.

Às vezes, por mais que nos esforcemos em fazer algo em prol a esta pessoa, podemos pôr fim não compreendê-las e até sermos incompreendidos. E quando nos deparamos com esta situação, por sermos seres humanos, acabamos sentindo frustração e pesar.

Mas, mesmo assim, está tudo bem. Pois, Oyassama está sempre do nosso lado e sabe de tudo que está acontecendo. E ela aceita toda a nossa sinceridade.

Entendendo isso, por mais que você sinta frustração, não há necessidade de ficar triste ou preocupado. Pois, graças ao Hino Sagrado podemos nos amparar na Oyassama eternamente viva com o espírito tranquilo sem preocupações de que algo que nos atinja.

Portanto, mesmo que você não consiga transmitir verdadeiramente o seu sentimento ao outro, não há necessidade de se preocupar porque Oyassama estará sempre nos protegendo.

Mudando de assunto, em abril do ano passado, no primeiro ano dos 3 anos, mil dias da celebração dos 140º anos do decenário de Oyassama, uma moça iniciou o Curso de Formação Espiritual – Shuyoka, em espanhol, em Jiba. Ela veio da Colômbia para a igreja mor exatamente nesta época oportuna, para aprender a língua japonesa e se aprofundar na fé do caminho, e, felizmente, pôde participar desse curso em Jiba, bem próximo de Oyassama.

Durante o terceiro mês deste curso, como representante da turma de espanhol, fez uma palestra numa apresentação de oratórias, e gostaria de compartilhar um trecho desta palestra.

“Nasci numa família muito alegre e amorosa, mas havia momentos em que era eu alvo de atitudes um pouco desagradáveis. Principalmente quando minha personalidade estava se formando, alguns da minha família me ridicularizavam e me olhavam com preconceito.

Muitas vezes, tentei falar que o comportamento deles me deixava triste, mas eles nem ligavam e diziam que era apenas uma brincadeira e nunca tentaram compreender que o que faziam era ofensivo e que me machucava. Com o tempo, por causa dos comentários que faziam sobre mim, tornei-me uma pessoa instável, sem autoestima, introvertida e solitária, sendo vista como uma pessoa estranha e antissocial.

Quando ficava sozinha em casa por um longo período, meus pensamentos negativos aumentavam e eu passava a me odiar, a ponto de ficar durante anos sem conseguir olhar no espelho. Cheguei a conseguir fazer algumas amizades, mas, quando a depressão progrediu, acabei tentando o suicídio.

Cerca de dois anos depois, ouvi de alguns amigos sobre o Centro de Missionamento da Igreja Tenrikyo da Colômbia. Então, num tempo livre, comecei a pesquisar sobre os ensinamentos de Tenrikyo e, quanto mais eu estudava, mais eu ficava interessada.

Hoje, sinto que fui guiada pela Oyassama, mas, à época, conheci a Igreja Mor através de uma amiga da minha mãe que frequenta a Tenrikyo.

Os mestres da igreja-mor, de forma acolhedora, para que eu pudesse fazer alguns cursos em Oyasato e aprender ainda mais sobre a doutrina e a cultura japonesa, sugeriram que eu prorrogasse a minha estadia no Japão e, com muita alegria, aceitei. Assim, decidi entrar no curso de formação espiritual.

No começo, foi difícil mudar o meu espírito, talvez por causa das cicatrizes emocionais profundas da época em que estive na Colômbia. Particularmente, entrei no curso para que eu pudesse melhorar, mas não tinha muita expectativa. Mas, graças aos professores, aos colegas e aos ensinamentos do caminho, aos poucos, comecei a sentir algumas mudanças. A interação com os outros e a forma de enxergar as coisas começaram a melhorar e, como seguidora do caminho, senti que comecei a evoluir espiritualmente, aumentando cada vez mais a vontade de aprender sobre os ensinamentos.

Ao ler os livros doutrinários e compartilhar várias experiências, diariamente e a todo momento, aprendia algo novo. Além disso, as pessoas ao meu redor começaram a notar mudanças em mim, demonstrando ser algo positivo e torcendo para que a minha evolução continuasse, o que me fez, apoiada nos ensinamentos de Deus-Parens, continuar caminhando nesta Jiba, onde nossa mãe Oyassama tem nos protegido, e reencontrar o sentido da vida.

Embora eu tenha conseguido alcançar meus próprios resultados ao longo do curso de formação espiritual, entendo que é difícil mudar a forma de pensar da minha família. O principal objetivo de ter vindo a este curso foi para que eu pudesse conseguir perdoar a minha família e para me fortalecer mentalmente e não me machucar mais. Parei de me preocupar com o que as pessoas pensavam de mim e percebi que eu precisava olhar mais para mim mesma, para que as pessoas me dessem mais valor. Pude ainda compreender sobre a proteção de Deus, entender o verdadeiro valor da vida, aprender a dar valor até às pequenas coisas e aprendi a sentir gratidão mesmo diante dos problemas da vida.

Graças à orientação de Deus-Parens, consegui melhorar meu espírito ainda que não o suficiente e, com base nos ensinamentos e juntamente com os irmãos de fé, rumo a vida plena de alegria, sinto que pude evoluir, tornando-me capaz de perdoar os outros e seguir em frente.

Dei o meu primeiro passo na fé na Tenrikyo, mas tenho consciência de que haverá ainda muitos testes pela frente. Como Oyassama disse: “Isto significa que a orientação terminou, mas que a prova não terminou. A prova é salvar o próximo para salvar a si mesmo.” Vamos ter que colocar em prática tudo que aprendemos, então precisamos preparar o espírito para realizar a salvação desde já.

Por outro lado, devemos saber que, em termos de prática e aprendizagem, o  nosso trabalho como yoboku é constante, sem fim e diário. Portanto, devemos estar sempre com a mente aberta, estando ativamente dispostos a enxergar e aceitar as pessoas, bem como aprender sobre o ensinamento. Não há problemas em não saber e ou em errar. O que não podemos é deixar de buscar respostas para as dúvidas, evitar encarar as consequências ou deixarmos nos abater diante dos fracassos.

Oyassama, sabendo das nossas falhas, nos orienta calorosamente todos os dias. Portanto, vamos ser gratos pelos acertos e pelos erros. Todas essas coisas são feitas pela Oyassama para nos guiar para o melhor caminho.

Passei a sentir o amor de Oyassama através das pessoas que me levaram a Jiba e continuarei a segurar a mão de Oyassama com firmeza para que muitas pessoas no futuro sejam guiadas e possam também sentir o amor de Oyassama através de mim.

Estou realmente muito grata por ter vindo aqui em Jiba com todos vocês.

Para finalizar, gostaria de agradecer aos meus amigos da classe de espanhol. Tivemos alguns desentendimentos durante esses três meses, mas sinto que nos tornamos uma família feliz. Sou muito grata pelo apoio e confiança de todos da minha turma que riram e choraram comigo.

Obrigado, pude aprender muito com todos vocês. Espero que possam levar para casa não apenas o que aprenderam, mas também as lembranças. O mais importante é que Jiba é a nossa terra natal. Por termos os mesmos pais, por mais distantes que estejamos, sempre seremos como irmãos. Muito obrigado a todos por estes três meses.”

Dessa forma, nesta oratória, ela conseguiu falar o que havia vivenciado na oratória do curso de formação espiritual diante de outros cursistas com bastante confiança e segurança.

Lembrando de quando ela veio à Igreja Mor, era a primeira vez que tinha vindo ao Japão, e também numa igreja da Tenrikyo, e parecia um pouco nervosa, como se estivesse acuada com uma expressão séria e reservada, sem demonstrar qualquer abertura. E era uma pessoa que não conseguia expressar seus sentimentos na frente das pessoas.

No entanto, à medida que foi percebendo a sinceridade de todos na igreja, gradualmente começou a se abrir e, ao concluir o curso de formação espiritual em Jiba, mudou totalmente, tornando-se uma pessoa mais alegre, passando a se interagir com os outros de maneira calma e gentil. A evolução dela fez com que ela fosse capaz de falar com bastante confiança e honestidade sobre seus sentimentos diante de um grande grupo de pessoas.

Atualmente, ela está se dedicando firmemente em aprender os ensinamentos de Oyassama e a língua japonesa na Escola de Idiomas da Tenrikyo em Jiba, TLI, tendo como objetivo a sua própria evolução e para que, no futuro, possa praticar a divulgação e a salvação em seu país de origem. 

A propósito, o ano que vem, será o último ano dos três anos, mil dias que  antecedem os 140 anos de ocultamento físico de Oyassama e teremos o curso de formação espiritual na língua portuguesa, em Jiba, a partir de setembro. Sei que é um pouco difícil participar do curso de formação espiritual em Jiba por ser um local distante do Brasil. Mas, Oyassama, com certeza, aguarda o regresso de todos ansiosamente a Jiba.

Seria realmente de muita alegria se pudessem regressar a Jiba, do Brasil, nesta oportunidade única da vida para aprimorar o espírito e aprender sobre a vida modelo de Oyassama bem próximo dela.

Penso que a celebração dos 140 anos de ocultamento físico de Oyassama não deve ser por obrigação ou por mera formalidade. Devemos, cada qual com seu coração, celebrar desejando alegrar e tranquilizar Oyassama, eternamente viva. Então, a fé que devemos ter nesta época do decenário de Oyassama é almejar a evolução de forma ativa, e não fazendo somente o que é pedido, esforçando-se de corpo e alma para chegar o mais próximo possível do coração de Oyassama.

Ainda, ao esquecer-se de si e dedicando-se aos outros, Oyassama mostrará a maravilhosa proteção com seu amor maternal a qualquer hora e lugar.

Em outras palavras, acredito que esta época em que vivemos agora é o momento precioso de sentirmos profundamente o trabalho de Oyassama eternamente viva, olhando e ouvindo-a de perto com os olhos e o ouvido do coração.

À medida que nos aproximamos desta época oportuna, lembrando que Oyassama continua eternamente viva, gostaria que, mesmo diante de problemas e enfermidades que pareçam difíceis aos olhos das pessoas, se dedicassem com coragem na prática da divulgação, ministrando o Sazuke de coração. E ainda, praticando o Serviço Sagrado com os espíritos unidos, vamos trilhar este caminho, na esperança de alcançarmos o mundo de Vida Plena de Alegria o mais rápido possível.

Agradeço a atenção de todos e, assim, encerro a minha palestra.

Muito obrigado por me acompanharem até o final.


Visita de Doutrinação Igreja Tsu Suzano 30/10

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