A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

INFORMATIVO Nº 264 - JANEIRO DE 2025

 

Mitsuru na Igreja Mor

Muito bom dia a todos.

Estamos terminando com bastante ânimo, a Grande Cerimônia de janeiro. Agradeço a todos pelo esforço durante todo o ano fazendo das cerimônias da Igreja Tsu Hakuryu um momento de bastante alegria, momentos de abrir o coração com os seus amigos e também a Oyassama, contando as suas alegrias e também solicitando soluções para os seus problemas.

Daqui a exatamente 386 dias, no dia 26 de janeiro de 2026, será celebrada em Jiba, na terra natal da humanidade, os 140 anos do ocultamento físico de Oyassama.

No manuscrito deixado pelo Shinnosuke, o primeiro Shimbashira, está registrado que
Oyassama disse em 21 de julho de 1886, no ano anterior ao ocultamento, o seguinte:

“As quatro direções ficarão escuras a ponto de não poder distinguir. Nessa ocasião, as mãos do Serviço não devem ser de meio termo. Portanto, treinem os movimentos das mãos.”

Despendendo longos 50 anos, ela concentrou todos os esforços para ensinar a importância da dedicação única à salvação: primeiro o Serviço do
Kanrodai, e depois o dos Doze Hinos. Portanto, é um Serviço extremamente importante cuja execução não se permite um único erro.

Oyassama havia afirmado que, “as almas dos protótipos e instrumentos estão nascidos nesta Residência”, “que Deus-Parens aqui se revelou por ser
Jiba do começo deste mundo, onde criou os homens e o mundo que não existiam” e “que tanto as autoridades com as pessoas comuns, eram todas almas iguais.”

No Japão da época o xintoísmo influenciava todas as tradições e costumes da nação, portanto não se dizia que o imperador tinha a alma igual ao do seu povo. Dizia-se que o imperador possuía uma alma divina. Era um absurdo comparar a alma dos homens com a dos peixes. Numa era em que todos pensavam assim, aqueles que pregavam o ensinamento de
Oyassama estariam infringindo as leis.

Neste impasse do desejo de Oyassama de querer que realizem o Serviço e as leis da época, Shinnosuke finalmente perguntou: “Se nos questionarem sobre esses três princípios, como devemos responder, pois contrariam a lei e o homem não pode desafiar a lei?” Então, seguiu-se a indicação:

“Por existir Tsukihi (Deus-Parens), existe este mundo; por existir o mundo, existe cada uma das coisas; por existir cada uma das coisas, existem os seus corpos; por existirem os seus corpos, existe a lei; embora exista a lei, a determinação espiritual é o mais importante.”

Desta forma, amanheceu o dia 26 de janeiro. Este era o dia em que se executava o Serviço mensal e era sobretudo a sua execução que Oyassama incentivava.

Aglomerava-se uma multidão de fieis que vieram das vilas vizinhas para participar da cerimônia. No entanto, as autoridades estavam atentas e qualquer passo em falso poderia provocar a prisão de
Oyassama, cuja saúde estava crítica.

Como a partir do meio-dia, a saúde de
Oyassama tornou-se mais crítica, o espírito 
deles ficou completamente determinado, e Shinnossuke ordenou: “Que fiquem para executar o Serviço somente aqueles com o espírito decidido a suportar qualquer intervenção policial e disposto a sacrificar a própria vida ao desempenhá-lo.” Decidindo-se, todos vestiram várias roupas de baixo e várias meias, preparados para serem presos a qualquer momento, e começaram a executar o Serviço em altas vozes, acompanhados pelos instrumentos musicais, mais ou menos à uma hora da tarde.

Porém, em confronto com isso,
Oyassama, que ouvia satisfeita o som alegre dos instrumentos musicais, justamente no momento em que terminou o último Hino com o verso Daiku no nin mo soroi kita (os membros de carpinteiros vieram a completar-se), Oyassama deixou o seu corpo tal como se dormisse, mais ou menos às duas horas da tarde, ao mesmo tempo em que terminava o Serviço.

Existe um livro do Segundo Shimbashira, “Hitokoto hanashi”, que está para ser lançado em português com o título “Uma palavra”, que gostaria de compartilhar algumas partes deste livro.

“Quando Oyassama ficava indisposta, ela era examinada pelo médico Katsuji Nishikawa, da Vila Tissahara. Assim, quando as circunstâncias se tornaram ainda mais críticas, foi enviado um mensageiro a essa vila e requisitada a visita deste médico. Após os exames, ao ser perguntado o nome da doença, respondeu que não era outra coisa senão o enfraquecimento devido à idade avançada.”

No dia 16 de dezembro de 1886 do calendário lunar, Oyassama disse:

“Pensam que enfraqueci pela idade ou que estou em dificuldades pela moléstia? Não é moléstia, nem é fraqueza pela idade.”

Acredita-se que tenha dito isso porque, desde antes, o Sr. Katsuji já havia feito este diagnóstico.

Quanto mais este ensinamento se expandia, mais crescia na sociedade a falsa ideia de “obstrução da medicina”. E que os ensinamentos da Tenrikyo estava prejudicando a classe médica. Dessa forma, por volta de 1887, os médicos dos vilarejos próximos de Jiba fizeram uma forte aliança no sentido de não prestar mais seus serviços aos fieis da Tenrikyo e, também, maldosamente, combinaram não emitir atestados de óbito. Para quem descumprisse o acordo, havia até uma penalidade de uma multa.

No entanto, o Sr. Katsuji Nishikawa, contrariando um acordo predefinido, realizou visitas médicas à velha avó de Tenri (Oyassama) e emitiu o atestado de óbito. Não havia como este fato não cair no ouvido dos outros médicos. Que fez com que o Sr. Katsuji fosse intimado a comparecer no conselho de fiscalização médica para ser interrogado.

“Por que violou o acordo? Por que emitiu o atestado de óbito?”

“Basta eu pagar os 20 ienes referentes à penalidade pela violação, não é?”

“O acordo predefinido é esse, mas se está com esse pensamento, gostaríamos que se retirasse da nossa associação.”

Creio que essas questões foram repetidas exaustivamente. No final das contas, para proteger o exercício da sua profissão, acredita-se que o Sr. Katsuji, deixando suas 
convicções de lado, comprometeu-se a cumprir o acordo daquele momento em diante e solicitou que não fosse expulso da associação.

“Se assim for, para demonstrar essa intenção, traga de volta o atestado de óbito emitido”.

Acredita-se que esta foi a decisão tomada naquela oportunidade. Sendo assim, o Sr. Katsuji, mesmo contra a própria vontade, deve ter solicitado de volta o atestado de óbito emitido.

“De nossa parte, observando a preocupação do Sr. Katsuji Nishikawa diante das circunstâncias, devolvemos imediatamente o atestado. No entanto, restou uma grande preocupação pela necessidade de seguir com os trâmites legais junto à administração local.”

O atestado médico foi devolvido para não causar problemas ao Sr. Katsuji, mas sem esse atestado, não era possível solicitar a certidão de óbito à administração local. Assim, todos ficaram preocupados em como solucionar essa situação.

O Sr. Nakano, que na época vinha reverenciar, disse que tinha um parente que era médico em Osaka. Assim, através desta apresentação, foi solicitada a visita desse médico. Era uma pessoa chamada Magohei Mori. Através do atestado de óbito emitido por essa pessoa, foram realizados os trâmites legais, mas foi realmente um problema atrás do outro.

A seguir, vamos falar a respeito dessas circunstâncias seguindo o “Relato da História da Tenrikyo”.

“Todos solicitaram a Narazo Hirano para voltar a Koriyama a fim de contratar um fotógrafo. Ficou decidido que, no dia 27 de manhã, na casa de repouso, seria tirada uma fotografia de Oyassama ainda deitada em seu leito, de modo a guardar essa imagem.”

De modo que veio um fotógrafo chamado Honda, de Koriyama, que tirou a foto de Oyassama em seu descanso eterno.

Temos duas fotografias desta oportunidade: uma tirada de frente do seu rosto e outra tirada por detrás da cabeça. No entanto, na conversa com o Sr. Takai dias atrás (5 de fevereiro de 1936), ele disse:

“Deve haver uma foto em que a Omassa, filha de Oyassama, está empurrando por trás e levantando Oyassama. Lembro-me que Omassa estava assim, agachada, e diziam: ‘ainda dá para ver, ainda dá para ver’, e ela se agachou ainda mais, tentando se esconder.”

Quando lhe disse que não há nenhuma foto assim, ele disse:

“Estou certo de que Omassa a estava segurando... No entanto, se não há nenhuma foto assim, pode ser que não tenha ficado boa e desistiram...”

Assim ele disse.

Ainda, aproveitando a presença do fotógrafo, foi tirada uma foto de recordação das pessoas presentes, como o venerável Sr. Izo, o meu pai, os mediadores, os chefes de irmandade e outros.

“Na hora de ir embora, o fotógrafo foi revistado nu para que não levasse consigo nenhuma foto”.

Quando o Sr. Takai disse isso, perguntei-lhe: “Como fizeram a revelação das fotos?”

“Fizemos com que tudo fosse feito na Residência. Na hora de ir embora, ele não levou nada.”

Acredito que seja verdade que os negativos foram todos comprados e retidos, mas 
creio que há espaço para investigar se, na época, era possível fazer revelações fotográficas na Sede.

Durante esses seis dias, o corpo permaneceu no ataúde com a tampa aberta. Não apenas não exalava qualquer mau odor, mas seu rosto permanecia corado, como se ainda estivesse viva, e era como se dormisse tranquilamente, com a fisionomia denotando um pequeno sorriso.

Todos os dias, era grande o número de visitantes que vinham reverenciar. Por outro lado, estavam sendo feitos os preparativos para o funeral e as reuniões eram realizadas repetidamente. Embora o tempo e o sentimento tendessem a ficar anuviados, seguiram-se dias atarefados, um após outro.

“O tempo estava nublado até o dia anterior ao funeral, mas, no dia, o tempo abriu e ficou claro. (...)” (As circunstâncias da ocasião do falecimento da reveladora)

Assim, o dia 30 de janeiro do calendário lunar, era a véspera do funeral e houve a cerimônia de banhar o corpo.

“No dia 30 de janeiro, acordei às três horas da madrugada para aquecer a água e o corpo da Oyassama foi colocado na banheira. Nessa oportunidade, as pessoas que se encarregaram foram o Sr. Nakayama, o Sr. Kajimoto, o Sr. Maegawa, o Sr. Izo Iburi, a Sra. Hissa Yamazawa e a Sra. Massae Iburi. Ela foi deitada em seu leito e depois, colocada dentro do ataúde. Eu também ajudei a colocá-la dentro do ataúde segurando-a pelas costas e, desde então, ela não pôde mais ser vista pelos visitantes.” (Diário de Massuno, 1887)

De acordo com este texto, foi feita a solicitação para que ela tomasse seu último banho e depois, ela foi colocada no ataúde, após o que, imagina-se, as pessoas não puderam mais vê-la.

Em “As circunstâncias”, está escrito que a tampa do ataúde permaneceu aberta, mas segundo o Sr. Iburi, ele diz se lembrar que o pai, Sr. Izo, fixou o último prego. Segundo este registro, imagina-se que ela foi colocada pela primeira vez no ataúde no dia 30. Dessa forma, pode-se pensar também que, durante esses seis dias, ela permaneceu a maior parte do tempo em seu leito.

Ao ler estas poucas páginas, percebemos a quantidade de dificuldades que as pessoas naquela época passaram. E as dificuldades não pararam por ai, houve muitas intervenções para fazer o enterro. Mas essa parte vou deixar para que vocês leiam no livro.

Mas o mais importante do que eu quero falar nesta grande cerimônia, é que graças aos precursores que passaram por inúmeras dificuldades, que nem imaginaríamos, é que existe o caminho de hoje.

E não esquecer que a Oyassama dedicou longos 50 anos de sua vida para nos fazer entender que o Serviço Sagrado é a rememoração da criação dos homens, sendo assim, praticando, estamos renascendo em vida, nos livrando de toda a má predestinação para que possamos alcançar a vida plena de alegria e felicidade.

Muito obrigado 

Jose Katsumi Ishii

Neste mês teremos o Gakuseikai; o Encontro infantojuvenil, o Tsudoi; o Curso de doutrina; o Shuyokai. Vamos o quanto antes realizar os cursos para sempre elevarmos a 
nossa evolução espiritual.

Hinokishin Geral de final de ano

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