A IGREJA

R. Jose Virgilio da Silva, 392 Vila Jundiai - Mogi das Cruzes - SP

terça-feira, 19 de agosto de 2025

INFORMATIVO Nº 270 - JULHO DE 2025

 

Novas Yoboku de Oyassama


Bom dia a todos.

Hoje vou fazer a minha palestra. Pegando os meus rascunhos escrito a caneta e papel. Como nos tempos antigos, e sem computador. Mas a minha palestra foi feita no chat  GPT. Não é tão assim das épocas tão antiga.

Hoje vou falar um pouquinho sobre Arigatai e Atarimae.  Eu pesquisei na internet. ARIGATAI significa (arukoto ga muzukashii), é escrito com os ideogramas, Kanji, e tem o significado de ter algo raro que não se consegue facilmente. Isso é a atradução de ARIGATAI no Chat GPT. É quando você recebe um favor ou algo bom e sente gratidão no coração. Esse é o ARIGATAI.

O ATARIMAE significa algo tão óbvio, ou normal.  Não é algo que causa gratidão especial, pois é considerado natural ou certo.  Por exemplo, se a sua mãe, prepara a sua marmita todos os dias, para você ir trabalhar ou ir para escola, e se você achar que é uma obrigação dela, isso é ATARIMAE. Mas se pensamos, “Nossa! Ainda bem que ela faz a marmita para mim todos os dias”. Ai, isso se torna ARIGATAI. Deu para entender?

 

Então vou dar um exemplo de ARIGATAI e ATARIMAE que aconteceu na minha casa. Como todos sabem, a minha mãe quebrou o femur há algumas semanas, e ela foi fazer a cirurgia. Tudo correu muito bem, muito bem mesmo. A cirurgia a gente acaba pensando que é tudo assim, que todos que fazem a cirurgia, voltam bem e tudo volta a ser como antes. E a cirurgia da minha mãe correu tudo tranquilo, ela voltou para casa e estava tudo certinho.

Outro dia minha irmã que trabalha no mesmo hospital, estava contando que uma outra senhora foi fazer a mesma cirurgia que a minha mãe. Esta senhora, tinha a mesma idade da minha mãe, mas não com tantos problemas de saúde como a minha mãe que tem colesterol alto é diabética e tem pressão alta.

A cirurgia desta senhora correu tudo bem, mas na sala de espera para entrar na UTI, teve uma piora, teve uma embolia pulmonar, não resistiu e faleceu. Foi quando pensei, “Nossa! A minha mãe que tem tantos problemas ficou super bem. Então o que era ATARIMAE virou ARIGATAi. Sentimos uma grande gratidão por ela estar bem.

Aconteceu um outro fato, na mesma situação, a minha mãe fez o retorno e a minha irmã estava acompanhando, quando encontraram um rapaz que estava perto, que perguntou para a minha irmã se a minha mãe estava bem. E ela respondeu que estava tudo bem. A minha irmã não o conhecia, mas o rapaz disse que viu a minha mãe no dia em que fez a cirurgia, porque ele também havia feito uma cirurgia na perna.

Então a minha irmã perguntou se ele estava bem, e do porque ele estava ali, e ele respondeu que havia dado uma infecção na perna dele, e provavelmente teria que fazer uma nova cirurgia .

É interessante porque a minha mãe tem diabetes, e quem tem diabetes normalmente a cicatriz não fecha, mas o dela correu super bem. Fechou tudo, tanto que na outra semana já estava tirando os pontos. Tudo certinho e hoje ela tá super bem .

Então, até então o que achavamos que a cicatriz fechar era uma coisa normal,  ela se recuperar é normal, na verdade não é. É uma gratidão muito grande por ter conseguido fechar todos os pontos.

A gente vai conversando com as pessoas, e tem muita coisa relacionada com o que acontece com a gente.  A mãe de uma pessoa que encontrei na feira, fez a mesma cirurgia do femur em janeiro, e a minha mãe operou em abril. Eu perguntei a ela de sua mãe, se estava bem, e se já estava andando, pois era uma senhora que andava normalmente. Ela me respondeu que ela está usando fralda de manhã e a noite, e não anda, pois está acamada desde então.

Eu me assustei, pois a minha mãe já começou a fazer a fisioterapia, ela dá alguns passos e já tirou a fralda de manhã, está mais independente, e só usa fralda a noite, como sempre foi.

A minha mãe que fez a cirurgia em abril já está até andando e ainda a gente estava reclamando que não está andando bem.

Se pensarmos bem, realmente é uma gratidão muito grande por ela estar desse jeito. A gente fica reclamando mas na realidade ela está muito bem. E começamos a enxergar o outro lado.

 

Na Tenrikyo, também pesquisando no Chat GPT, a palavra Gratidão é muito importante. Porque na Tenrikyo, o corpo já é uma graça de Deus-Parens, pois se pensarmos no respirar, o sobreviver é tudo uma gratidão. Então na Tenrikyo o que é importante é refletir no coração para que a gente diminua o espírito de insatisfação e arrogância. E se começarmos a transformar o nosso pensamento em gratidão, a gente pode transformar o nosso espirito.

Por último eu ia contar uma historinha, esse não é do chat gpt,  eu pesquisei um pouco. O título é “A dor e o lago”

Certa vez, um jovem, muito triste pelos acontecimentos em sua vida resolveu procurar um mestre sábio para pedir conselhos. Ao contar a sua história, o mestre pediu ao jovem que enchesse a sua mão de sal. Ele fez o que foi pedido, e em seguida o mestre pediu que ele bebesse um gole dessa água. O jovem já sabendo como seria o gosto, bebeu água e fez uma cara feia. Como está o gosto? Perguntou o mestre. Horrível! Respondeu. Em seguida o mestre levou o jovem até um lago e pediu que ele colocasse uma mão cheia de sal na água. O jovem fez o que ele pediu, em seguida pediu que ele bebesse a água, e o jovem obedeceu. Como estava o gosto? perguntou o mestre. Bom, ele respondeu. Sentiu o gosto do sal? Não, respondeu.

Os dois se sentaram na beira do lago e o mestre falou, “Em nossa vida a dor é inevitável. Todos passamos por isso, porém o sabor da dor depende onde colocamos, quando você sofrer você deve aumentar a percepção das coisas boas que acontece na sua vida. deixe de ser um copo e comece a ser um lago”.

Muito obrigado.



Foto com Shimbashira sama

Hinokishin na Sede Dendotyo

domingo, 8 de junho de 2025

INFORMATIVO Nº 269 - JUNHO DE 2025

 

Palestra – Junho/25 – Haruki Ishii

Bom dia/Boa tarde a todos!

 

Sou o Haruki Ishii, tenho 28 anos e moro em Mogi.

Hoje, quero compartilhar uma reflexão sobre gratidão e satisfação sincera. Em tempos tão corridos como os nossos, sinto que muitas vezes é difícil realmente sentir essa satisfação genuína. Uma experiência que vivi em 2022 me fez refletir profundamente sobre isso.

Em 8 de dezembro de 2022, estava trabalhando até tarde quando, de repente, senti uma dor muito forte na parte inferior direita da barriga. No começo, achei que era apenas dor de estômago ou fome. Tentei ir ao banheiro, mas a dor não passava de jeito nenhum. Avisei meus pais, que logo me levaram ao hospital. Chegando lá, mal conseguia ficar em pé. Fiz uma tomografia e descobri: era apendicite. Fui internado na hora, mas o cirurgião não estava disponível, então a cirurgia ficou para o dia seguinte.

Naquela época, a Copa do Mundo do Catar estava a todo vapor, e justamente naquele dia, era o jogo das quartas de final entre Brasil e Croácia. Eu, com um pensamento um tanto bobo, pensei: "Nossa, e se o cirurgião for fanático por futebol e o Brasil perder?". A cirurgia estava marcada para as 14h, e o jogo era às 12h. O jogo terminou em 1x1 e foi para os pênaltis... e o Brasil perdeu. Meus pensamentos voltaram com força: "Se o cirurgião for fanático por futebol, eu morro hoje!". A cirurgia, que era para ser às 14h, foi adiada. Pensei que "era para o cirurgião dar uma espairecida do jogo, né?". Só fui para a sala de cirurgia por volta das 18h.

O que deveria ser uma cirurgia de, no máximo, meia hora, levou o triplo do tempo: uma hora e meia. Minha mãe, que estava de acompanhante, já estava quase indo atrás para saber o que estava acontecendo, mas finalmente, por volta das 20h, voltei para o quarto. Depois da cirurgia, fiquei sabendo que o cirurgião realmente estava muito decepcionado com o jogo (brincadeira, risos). O motivo da demora foi que o apêndice – aquela pequena bolsinha solta no início do intestino grosso que inflama na apendicite – no meu caso, estava grudado no intestino grosso. Qualquer movimento errado durante a cirurgia poderia ter atingido o intestino, causando hemorragias e complicações sérias, que demandariam uma limpeza muito trabalhosa. Mas, graças a Deus, não houve nenhuma complicação.

Tive uma recuperação um pouco dolorosa, mas graças a minha família, tudo foi mais leve. Detalhe que quando voltei para casa, o pessoal de casa estava com COVID, onde acabei ficando isolado das outras pessoas para não me infectar. Fui me recuperando gradativamente e logo no mês seguinte eu pude participar como staff do Gakuseikai. Senti realmente a gratidão de poder estar participando do evento sem nenhum contratempo.

Creio que a satisfação sincera está em cada ação que fazemos no dia a dia. seja acordar, seja poder comer, andar, falar. Claro que sentir isso nas ações básicas que fazemos é um pouco difícil, por ser óbvio demais para nós. Se trabalharmos a gratidão de pouco em pouco, eu acho que é possível sim sentirmos essa gratidão sincera. 

Muito obrigado!

Agradeço a todos pela presença na Cerimônia Mensal de Junho.

Eu gostaria de deixar algumas informações.

70ª Assembleia Geral do Fujunkai: Será realizado no dia 7 de junho, sábado. Na oportunidade, também será realizada a cerimônia de posse da 4ª Diretora-presidente. Está reservado um ônibus para sair do SP Tenri Kaikan, dia 5 (qui), às 21hs. Solicita-se convidar o maior número de associadas.

Reunião das bandas Koteki: Será realizado nos dias 19~21 de junho, na Igreja Paulista, visando o regresso a Jiba, em julho de 2026.

Hinokishin da lagoa de carpas: Dias 6 e 7 de junho.

No dia 22 de junho teremos o Bazar da Pechincha: Se tiverem algo que não tenha mais uso em suas residências, e se puderem doar, estamos aceitando doações. Pode ser algo quebrado também, que tentaremos consertar.

No dia 29 de junho, teremos o Encontro de todos os Yoboku: aberto para todos que não são Yoboku também. será nesta Igreja, no período da manhã. Com a reunião a partir das 8.15h.

No mês de julho teremos o 128º. Shuyokai do Brasil (1º~28 de julho). E como eu estarei como responsável de classe por 28 dias, para a Cerimônia Mensal de julho, gostaria de contar com a colaboração de todos no sentido de fazer os preparos desde a compra e o preparo da oferenda no dia anterior. E também vindo cedo para a realização da Cerimônia de julho. Conto com a colaboração de todos.

253º. Curso de Doutrina (14~18 de julho)

Assembleia Geral do Seinenkai (12 de julho): Contará com a participação de 7 integrantes da Associação dos Moços de Nova York (EUA). E quem quiser participar da caravana de missionamento, ainda há vagas.

Para as pessoas que fizerem a reverência na Sede Dendotyo, solicita se a colaboração na limpeza dos alojamentos e banheiros.

Encontro dos brasileiros:
No dia 2 de novembro/2025, domingo, está sendo analisada a possibilidade de realizar um encontro de fiéis na Terra Parental.
Aproveitando a oportunidade, será solicitada sala de besseki em português ao vivo e, também, sala em português do curso básico da Tenrikyo, para iniciantes que queiram conhecer os ensinamentos.

Calendário das caravanas de regresso a Jiba em 2026:
Foi discutido e pré-aprovado em conjunto com o Departamento de Missões Exteriores.
Ida (data da chegada no aeroporto de Kansai):
17 e 21/jan; 8, 14, 15 e 23/abr; 23/jun; 2, 8 e 14/jul; 14 e 23/out.
Volta (data da partida do aeroporto de Kansai):
29/jan; 4/fev; 30/abr; 7 e 14/mai; 29 e 31/jul; 3/ago; 28/out; 2/nov.

Cursos em Oyassato (2026):
- Habilitação para Kyoto (Mestre do caminho): Classe português: 27/abr~11/mai; 27/jun~11/jul; e, com tradução simultânea, 27/set~11/out.

Obs. A princípio, não haverá classe em português com início em 27 de janeiro; porém caso haja mais de 10 pretendentes, poderá ser solicitada a abertura de uma classe.

- Habilitação para condutor de igreja: Classe em português, 27/out~16/nov (exame dia 17/nov).

- Seminário de Oyassato: A partir deste ano será necessário contratar seguro saúde de viagem.

- TLI - Curso de língua japonesa: Requisito para habilitação: nível de proficiência 5 ou aprovação na prova on-line aplicada pelo TLI. Pode prestar quantas vezes quiser. Teve início a distribuição do formulário de inscrição. Prazo para pretendentes é a cerimônia mensal de julho do Dendotyo.

- Alteração do valor da taxa de traslado do Kaikaibu até o aeroporto de Osaka: ¥2000. Crianças de 6 até 12 anos ¥1000, até 5 anos não pagam.

- Culto de 50 anos de retornamento da revª. Chiyo Otake: Dia 8 de agosto de 2026, 19h.

- Kodomo Ojiba Gaeri 2025 (Shonenkai): Corpo de Hinokishin Internacional do Regresso das Crianças a Jiba, apenas participantes com idade entre 12 e 14 anos.

INFORMATIVO Nº 268 - MAIO DE 2025

 

Hinokishin no laguinho do Dendotyo

A Importância da Empatia 

Boa tarde a todos! 

Hoje, eu quero falar sobre um tema que considero fundamental para a vida de todos e para o crescimento das nossas comunidades: a empatia. Nas igrejas, muitas vezes nos reunimos com o objetivo de adorar, aprender e servir. No entanto, é crucial que façamos isso com corações abertos e dispostos a entender e apoiar uns aos outros. A empatia não é apenas uma virtude, é uma prática que pode transformar nossas relações e nosso testemunho como seguidores. 

1. O que é Empatia?

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender seus sentimentos e perspectivas. É diferente da simpatia, que é sentir pena de alguém sem necessariamente entender sua experiência. A empatia nos permite conectar de forma genuína com os outros, criando laços mais fortes e significativos.

2. A Importância da Empatia 

A empatia é vital nas igrejas por várias razões:

- Construção de Relacionamentos Saudáveis: A empatia ajuda a criar um ambiente onde as pessoas se sentem valorizadas e compreendidas. Isso fortalece os laços dentro da comunidade e promove um senso de pertencimento.

- Resolução de Conflitos: Quando praticamos a empatia, estamos mais preparados para lidar com conflitos de forma construtiva. Entender a perspectiva do outro pode ajudar a encontrar soluções pacíficas e quando as pessoas veem que nos importamos genuinamente com os outros, isso pode atrair mais pessoas para a fé.

- Ouvir Atentamente: Reserve tempo para ouvir os outros sem interromper ou julgar. Às vezes, as pessoas precisam apenas serem ouvidas.

- Se Colocar no Lugar do Outro: Tente entender as emoções e experiências dos outros. Pergunte a si mesmo: "Como eu me sentiria se estivesse no lugar dessa pessoa?"

- Apoiar e Ajudar: Ofereça apoio prático e espiritual. Às vezes, um simples gesto de bondade pode fazer uma grande diferença na vida de alguém.

- Cultivar a Paciência e a Compreensão: Reconheça que todos têm suas lutas e desafios. Seja paciente e compreensivo, especialmente em momentos de dificuldade. 

Eu tive uma experiência faz 3 anos que estou no seinenkai do Brasil. Nisto tive que ser  responsável por varias atividades com jovens e pessoas mais velhas. 

E cada pessoal tem um jeito de lidar, com as pessoas velhas somos mais formal, com os mais novos é mais difícil lidar.

Porque cada um tem seu tempo de fazer as coisas eu não entedia muito isso no começo e ficava muito nervoso e bravo, e reclamava pensando: "bando de preguiçoso". Mas no entanto eles pensavam mesma coisa coisa de mim porque eu só mandava , não via o que eu fazia longe do olhar deles, até certo dia um dos participantes veio conversar comigo, ele comentou: "nossa não sabia que você tinha que fazer esse outros serviços". Dai o importante é você fazer de coração e o que os outros pensam não importa mais para Deus que estamos fazendo.

A empatia é um dom precioso que podemos oferecer uns aos outros. Ao praticar a empatia, não apenas fortalecemos nossas comunidades, mas também refletimos o nosso amor  por Deus dessa maneira poderosa. 

Vamos nos esforçar para ser mais empáticos, ouvindo, compreendendo e apoiando uns aos outros. Que possamos ser pessoas que não apenas fala sobre o amor, mas que vive e demonstra o amor em cada interação.

Se conseguimos que cada um de nós reflita sobre como podemos praticar mais empatia em sua vida diária, seja na igreja, no trabalho ou em casa, lembre-se de que cada pessoa que você encontra está lutando suas próprias batalhas. Vamos juntos construir uma comunidade de amor, compreensão e apoio, refletindo a graça de Deus em nossas vidas. 

Obrigado!


Visita do Professor de Koteki, Jiro Massuda, que nos ensinou há 43 anos atrás

Visita do Professor de Koteki, Jiro Massuda, que nos ensinou há 43 anos atrás


sexta-feira, 2 de maio de 2025

INFORMATIVO Nº 267 - ABRIL DE 2025

 

Concurso de Bandas Koteki realizado na Sede Missionária - Dendotyo

Bom dia a todos, meu nome é Yuhta e queria falar um pouco sobre como aprendi a lidar com a raiva.

Tem um homem que se chama Bruce Banner, mas também é conhecido como Hulk. Aquele verdão, grande.

Quando eu era novo, assistindo ao filme “Os Vingadores”, ele contou que, pra se tornar o Hulk, ele precisava estar sob grande estresse e sentir raiva.

“Nossa, interessante né?”

Chegando perto do fim do filme, no meio de uma grande luta contra seres extraterrestres, o Capitão América diz pro Bruce:

“Ei Bruce, acho que agora é uma boa hora pra ficar com raiva.”

E o Bruce responde:

“Esse é meu segredo, Capitão. Eu estou sempre com raiva.”

E se transforma no Hulk, pronto pra guerra.

Essa frase me marcou na época. Não sei por quê, mas marcou. Depois de um tempo, percebi que era porque ela me representava. Eu tinha muita raiva no coração. Qualquer coisa me irritava. Engraçado né, parece que tem muita gente assim hoje em dia. Perto de explodir.

Em 2016, eu estava fazendo Shuyoka no Japão, com outros brasileiros do Brasil inteiro. Um dia, no almoço, uma senhora do nosso curso se ofereceu pra comprar um sorvete pra mim, daquelas maquininhas de rua.

Recusei de começo:

“Ah, não, obrigado.”

Ela ofereceu de novo — como todos fariam, né?

Mas eu não gostei. Recusei com um tom mais ríspido, meio duro... e saí batendo os pés.

Chegando no alojamento, fiquei refletindo, arrependido.

"Por que eu fiz aquilo?", mas não tinha uma resposta clara.

No dia seguinte, o climão estava no ar. Quis me desculpar no almoço. Então me ofereci pra comprar um sorvete pra ela. Ela aceitou na hora, sem pensar. Comprei, entreguei e pedi desculpas.

Depois, uma outra moça me disse:

“Nunca conseguiria ter feito o que você fez.”

Fiquei confuso: fazer o quê?

Ela tava falando sobre pedir desculpas.

Hoje em dia tem sido dificil ver pessoas pedindo desculpas também. Às vezes, a raiva nos deixa cegos. A gente se sente certo, e isso vira orgulho. E o orgulho vai virando uma bola de neve no coração — a gente se torna uma pessoa dura, difícil de conversar, difícil de ouvir.

Quando fico com raiva, estressado, ansioso… meu corpo reage. Sinto uns músculos do olho tremendo, às vezes é um músculo da mão. E aí lembro de um episódio da vida de Oyassama, o episódio 179, que é assim:

“Certa ocasião, Ie Murata começou a sentir palpitações.

Sem saber o que fazer, consultou Oyassama, que lhe explicou:

‘As palpitações significam que Deus está sorrindo e dizendo:

Você não entende o meu coração.’”

Quando li isso pela primeira vez, buguei. Como assim Deus tá sorrindo enquanto a pessoa tá sofrendo? Mas aí parei pra pensar. Imagine uma criancinha brincando com aqueles brinquedos de encaixar as formas nos buracos. Círculo no círculo, triângulo no triângulo, etc. E vemos a criança pegar a peça triângulo e tenta encaixar no buraco com o formato de círculo. Nós damos uma risadinha por achar bonitinho a criança aprendendo. 

Também aprendi que é impossível não sentir raiva. O importante é o que a gente faz com ela, como vamos lidar com a raiva. A gente age como se o outro tivesse causado a nossa raiva. Aí desconta no outro: fala coisas pra ferir, tem atitudes de desrespeito, faz gestos obscenos.

É como se a gente dissesse:

“Vem cá, sente raiva também. Olha como é ruim.”

Tem uma frase famosa que me faz pensar muito:

“Se você pede pra Deus paciência, Deus vai te dar paciência … ou a oportunidade de ser paciente?”

“Se você pede pra Deus coragem, Deus vai te dar coragem … ou a oportunidade de ser corajoso?”

Então, como eu tinha muita raiva … Acredito que Deus me deu muitas oportunidades de aprender a lidar com ela. Não foi da noite pro dia. Ainda não é fácil. Mas hoje, quando a raiva aparece, tento parar, respirar e deixar passar, sem alimentar ela.

Obrigado por me ouvirem.



Concurso de Bandas de Koteki no Dendotyo

Concurso de Bandas de Koteki no Dendotyo

Preparativos para Comemoração ao Aniversário de Oyassama

Distribuição de balas em Comemoração ao Aniversário de Oyassama

Preparando as balas para a Distribuição 


sábado, 19 de abril de 2025

INFORMATIVO Nº 266 - MARÇO DE 2025

 


Boa tarde a Todos,

Hoje fui escalado para falar algumas palavras de reflexão para todos vocês. Gostaria de contar com a atenção de todos por alguns minutos.

Primeiramente gostaria de agradecer ao condutor da igreja que me deu essa oportunidade, essa CHANCE, de poder dividir com vocês o que eu, ou melhor, o que minha família passa no dia-a-dia.

Não sei se vocês sabem, mas eu sou CANHOTO. Aqui tem algum canhoto? Vou dizer de novo, EU SOU CANHOTO.

Muitos de vocês devem estar pensando, “E daí que você é canhoto”. E é isso que é legal!!!

Isso significa que o CANHOTO não significa nada na vida de vocês. Eu simplesmente aceito e acabou. Então, isso significa que o CANHOTO está incluso no mundo dos DESTROS que são 90% da população. Perceberam o que eu quis dizer?

Hoje em dia tanto faz se a pessoa é destra ou canhota. Todos vivem em harmonia.

Mas, nem sempre foi assim... em torno de 1.665 (mais ou menos a 360 anos atrás), existiu um preconceito cultural, social e religioso contra os canhotos.

Tudo ligado a esquerda era ligado a algo ruim. Pois, diziam que a direita era o de Deus e a esquerda do Diabo. Além disso, em várias línguas a esquerda sempre teve conotação negativa como: o Mal, incorreto, maldoso, mentiroso, doente, entre outros.

Então o que acontecia com os canhotos, eles eram queimados porque os canhotos eram do mal.

E hoje convivemos uns com outros como se nada disso tivesse acontecido.

De uns tempos para cá tenho falado muito sobre inclusão em diversos lugares. Já falei sobre inclusão na Sede Missionária em Bauru, Dendotyo, e já falei sobre inclusão no Tenri Cast e já falei sobre inclusão até no Japão no Regresso das Crianças em Jiba. E agora estou tendo a CHANCE de falar sobre inclusão aqui nessa igreja.

Tomei esse assunto de INCLUSÃO como minha missão de vida para tentar facilitar a vida do meu filho como muitos antepassados devem ter feito para facilitar a minha vida de canhoto nos dias de hoje.

Deus tem falado de inclusão desde o momento da criação da humanidade.

Deus criou o desafio da inclusão a partir do momento que criou o homem e a mulher. Imaginem, são dois serem totalmente diferentes e eles precisavam se dar bem.

A partir daí Deus criou o desafio das cores das pessoas, depois criou os destros e canhotos, depois criou os deficientes físicos, cegos, surdos, down, LGBTQIA+, TDAH, Autistas e assim por diante.

Desde que tive a CHANCE de falar sobre a inclusão dos autistas para as pessoas, muita coisa mudou, as pessoas ao redor dos meus filhos mudaram de atitude e a forma de enxerga-los. 

Mas, existe um outro lado que as pessoas não enxergam. Esse lado é o lado dos pais que estão com essas crianças quase não tem apoio das pessoas.

Nós pais de autistas na verdade estamos adoecidos mentalmente, fisicamente e emocionalmente. As vezes o sorriso que vocês enxergam na gente, as vezes é somente para socialmente sejamos inclusos, mas nem sempre estamos bem.

A verdade é que nós pais de autistas temos o mesmo nível de estresse de um soldado em combate na guerra.

Esse teste foi publicado por um jornalista norte americano da universidade da Califórnia que estudou várias famílias com crianças autistas e não autistas.

Pois de acordo com a pesquisa, pais que convivem com o autismo dos filhos empenham por dia duas horas a mais com cuidados do que as mães de crianças sem o transtorno, e ao longo do dia, eles também apresentaram duas vezes mais probabilidade de estarem cansadas e três vezes mais chances de passarem por um evento estressante.

Isso porque todos os pais de autistas precisam estar em:

- Alerta para interpretar o filho sem que haja necessariamente uma emissão verbal;

- Alerta para evitar possíveis crises ou lidar com elas;

- Alerta para uma seletividade alimentar e necessidade nutricional do filho;

- Alerta para compreender alguma dor ou incômodo, já que eles têm dificuldade de comunicar;

- Alerta para o resultado das terapias, além da logística;

- Alerta para o treino de toalete, para ver se vai conseguir desfraldar;

- Alerta para bombardeios sensoriais em lugares públicos;

- Alerta para as regras sociais, como não tirar a roupa em público ou pegar a batata da mesa ao lado quando estão com fome.

- E principalmente, alerta à FALTA de noção de perigo como sair correndo pela rua, pois existe um alto índice de mortalidade de crianças autistas por atropelamento, afogamentos e acidentes domésticos.

Então, tudo isso acaba nos desgastando mentalmente, fisicamente e emocionalmente. E, como todos sabem, todo esse estresse, mal humor, nervoso que passamos reflete em nossas crianças. 

Se estamos nervosos, eles também ficam nervosos. Se estamos tristes eles também ficam tristes.

Dessa maneira os meus filhos entram em crise e não sabemos o que pode acontecer.

E por causa de uma dessas crises, perdemos a escola do mais velho.

Era uma manhã como outra na qual levantamos, preparamos os nossos filhos para escola e nos preparamos para sair. Mas, tinha um fator que culminou de o dia ficar bem ruim. O atraso no horário para realizar toda essa tarefa.

Naquele dia estávamos todos num nervosismo só. (Contar a história da escola)

Desde então as pessoas da escola começaram a ter medo do meu filho a ponto que não quererem chegar perto dele. Os olhares eram frios. E por mais que dê a impressão que o meu filho pareça que não perceba isso, ele sente isso na pele.

Então não tínhamos mais clima para ficar naquela escola, para nós pais também era muito doloroso ver tudo isso. Não tínhamos mais vontade de ir para aquela escola.

Então resolvemos tirá-lo da escola.

Ás vezes, erramos e somos crucificados por esse erro sem termos a chance de demonstrarmos que na verdade somos melhor que aquilo que aconteceu.

Muitos não dão a chance de nos redimirmos para consertar nossos erros.

Para mim é difícil de falar isso, mas também já tive vontade de não vir mais aqui na igreja. Já senti várias vezes olhares de medo, pessoas fugindo ou desviando para não dar de encontro com meu filho.

Isso, fazia muito mal para nós. Pensei diversas vezes em não vir mais para cá.

Mas, diferente de mim, os meus filhos sempre diziam que queriam vir para cá.

Então eles me deram a chance de ser uma pessoa melhor, me deu a chance de mudar meu pensamento em relação a essas pessoas.

Quantas chances vocês estão dando para as pessoas serem melhor do que hoje.

Hoje gostaria de pedir para todos vocês que se um dia eu errei com alguém, me dê mais uma chance de demostrar o contrário do que eu fiz.

Dê uma chance dos meus filhos também demostrarem que eles não são só o erro que eles cometeram com alguém daqui.

As chances que são dadas fazem toda diferença para as pessoas. Pois, essas chances podem salvar vidas de muitas pessoas.

Quantas chances vocês estão dando para as pessoas serem melhores?

Essas eram as minhas palavras que eu queria dividir com vocês hoje.

Muito obrigado pela atenção.



Divulgação nos arredores da Igreja Guaimbê


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Palavras do Fiel Rodrigo Ventura sobre o Curso Estudantil realizado na Sede Missionária

 



Bom dia! Como fui apresentado, meu nome é Rodrigo.

Quem me conhece sabe que não sou muito fã de falar em público, quando eu era mais jovem tinha vergonha de dar tchau para as pessoas então ficava bastante tempo na igreja. Peço desculpas e um pouco da atenção de vocês.

Há alguns anos, faço parte da comissão de encarregados do Curso Estudantil, realizado anualmente na Sede Missionária em Bauru. Este curso é voltado para jovens entre 15 e 20 anos, e o nosso objetivo é transmitir ensinamentos de uma maneira que se conecte diretamente com essa faixa etária.

O curso é dividido em três módulos:

  1. Despertar na fé,
  2. Aprofundar na fé,
  3. Praticar a fé.

Esses módulos são trabalhados por meio de palestras, reflexões, debates e dinâmicas. Neste ano, fui encarregado do módulo 2, cujo objetivo é aprofundar a fé e neste ano destacamos a importância do Serviço Sagrado e a prática da fé no dia a dia.

Queríamos transmitir aos jovens que o desejo de Deus é que vivamos uma vida plena de alegria e felicidade. E Ele nos ensina, através de Oyassama, que o Serviço Sagrado é o caminho para alcançar esse objetivo.

Quando realizamos o Serviço Sagrado, estamos em comunicação direta com Deus, agradecendo pelas providências recebidas e pedindo auxílio. Esse ensinamento é algo que procuramos passar durante o curso, integrando-o às aulas e práticas diárias.

Um episódio marcante ocorreu enquanto os jovens estavam em aula de instrumento sagrado. Estávamos em uma reunião com os orientadores e coordenadores para avaliar o andamento do dia e resolver possíveis dificuldades. Em determinado momento, um dos coordenadores soube que uma orientadora estava com dor de cabeça e perguntou se ela gostaria de receber o Sazuke. Ela concordou, mas o coordenador, por não ter ainda o dom do Sazuke, perguntou se alguém poderia ministrar o Sazuke. Foi um momento engraçado, mas também nos fez refletir sobre como, às vezes, nos esquecemos de ministrar o Sazuke no cotidiano, e que deveríamos transmitir para os cursistas a importância do Sazuke e do Serviço de solicitação.

Relembrando um episódio de 2006, logo após receber a permissão para realizar o Sazuke, estava fazendo o curso Kentei Koshu, na sede, em Jiba. Durante o curso, recebi uma mensagem do Douglas, informando que meu irmão havia caído de moto e precisaria ser operado. Na época, não tínhamos smartphones, apenas SMS, e a rede social era o Orkut. Fiquei bastante preocupado, mas, ao chegar no alojamento, encontrei uma forma de me comunicar com meus familiares. A situação me deixou angustiado, e, naquele momento, o responsável me perguntou o que eu gostaria de fazer. Como havia acabado de receber a permissão do Sazuke, disse que gostaria de estar perto, no Brasil para poder ministrar o Sazuke. Ele me lembrou que estávamos perto de Deus em Jiba e que, por isso, não precisávamos de mais nada. Fomos todos juntos ao recinto de reverência em frente ao Karondai (Pedestal do néctar) realizar o Serviço de solicitação.

No dia seguinte, recebi a confirmação de que meu irmão estava bem, o que me deu muita tranquilidade. Esta experiência me ensinou a importância de confiar no Serviço de solicitação, pois, através dele, encontramos respostas e proteção divina.

Outro momento importante aconteceu durante o curso deste ano, quando uma menina da equipe passou mal na última noite, logo após o lanche da noite. Ela teve uma convulsão e deixou todos assustados com a situação. Pedimos para que os cursistas fossem se recolher     

Muitos dos jovens, ao presenciarem este fato, uns em frente ao recinto, outros no corredor do alojamento começaram a realizar o Serviço de solicitação para que ela ficasse bem.

Isso nos trouxe uma sensação de que estávamos realmente conseguindo transmitir o objetivo do curso.

Para concluir, a fé vai além das palavras e momentos específicos. Ela se manifesta em nossas ações diárias, no cuidado com o próximo e no Serviço sagrado. Cada gesto de dedicação fortalece nossa conexão com Deus e impacta a nossa vida e de quem está ao nosso redor.

Obrigado pela atenção e que sigamos firmes na caminhada rumo a uma vida plena de alegria e felicidade.


INFORMATIVO Nº 265 - FEVEREIRO DE 2025

 

Divulgação em Nazaré Paulista

Palavras do condutor na Cerimônia Mensal de fevereiro

Jose Katsumi Ishii

Muito bom dia a todos. 

Estamos terminando com bastante ânimo, a Cerimônia de fevereiro, e neste mês agradecendo a palestra do fiel Rodrigo Ventura. Agradeço a todos pelas dedicações nos cursos que ocorreram no Dendotyo, o Gakuseikai, o Tsudoi, o Koshu o Shuyokai etc. 

E também pela dedicação de todos fazendo das cerimônias da Igreja Tsu Hakuryu um momento de bastante alegria.

 Daqui a exatamente 348 dias, no dia 26 de janeiro de 2026,  será celebrada em Jiba, na terra natal da humanidade, os 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. 

Hoje gostaria de comentar o episódio 165, “Comprando Caro”:

No verão de 1885, Zenzo Miyata que se iniciara na fé sensibilizado com os ensinamentos ouvidos na Irmandade Shimmei, regressou a Jiba pouco tempo depois, levado por Seijiro Imagawa e foi apresentado a Oyassama. Na ocasião, estava com 31 anos e tinha um comércio de meias na rua Shiomati, em Semba, Osaka.

Oyassama explanou-lhe ordenadamente excelentes ensinamentos. Entretanto, Zenzo, que se iniciara na fé há pouco tempo, sem ter recebido qualquer graça maravilhosa de problema físico, ouvia no começo fumando um longo pito, como se estivesse escutando uma conversa qualquer. Porém, quando deu conta de si, estava ajoelhado, a cabeça abaixada e com as mãos sobre o tatame, deixando o pito não se sabe quando. Nessa ocasião, ficaram gravadas as seguintes palavras:

“Os comerciantes devem comprar caro e vender barato.”

Zenzo não compreendeu o significado daquelas palavras e pensou: “Se assim fizer, passarei fome. Ela conhece assuntos de lavoura, mas de comércio, não entende nada.” Voltou para casa pensando naquelas palavras.

Despedindo-se de Imagawa que morava na vizinhança, mal entrou em sua casa teve um violento acesso de vômito e diarreia. Chamou imediatamente um médico que o tratou sem resultado. Então, por intermédio de Imagawa, pediu a vinda do responsável Umejiro Izutsu da Irmandade Shimmei. Izutsu aproximou-se de Zenzo e perguntou: “Você não ficou insatisfeito por alguma coisa, regressando pela primeira vez a Jiba?”

Zenzo Miyata confessou que não se convenceu com as palavras de Oyassama. Então, Izutsu explicou-lhe: “O que Deus quis lhe dizer foi que o caminho para o sucesso no comércio é contentar o atacadista comprando mais caro do que os outros, contentar os fregueses vendendo barato e passar satisfeito com estreita margem de lucro.”

Ouvindo-o, Zenzo compreendeu bem e pediu perdão por ter ficado insatisfeito mesmo por pouco tempo. Assim, sem que percebesse, o mal havia desaparecido. Ele recebeu uma graça maravilhosa.

Zenzo Miyata, nasceu em 1855, e se torna segundo condutor da Igreja Ikeda. Dedicou-se de corpo e alma na construção e na constituição da Igreja Ashitsu, sendo também diretor e representante dos fieis. Sobre Seijiro Imagawa foi explicado no episódio 108.

 O episódio 108 é um episódio que eu contei no mês de janeiro nas casas onde realizamos as cerimônias, e tem o título “Vários Caminhos Para Subir”, é o episódio em que Seijiro Imagawa sofria do estômago há muitos anos. Era fervoroso devoto do budismo, e ele mesmo realizava frequentemente uma reza. Embora obtivesse por meio disso a cura dos doentes, o seu mal do estômago não sarava. Certo dia, uma pessoa da proximidade disse: “O senhor, por ser um fervoroso devoto do Buda, talvez não queira ouvir o que vou lhe dizer, mas existe um excelente Deus.” E, ele concordou: “Deixe-me ouvir do que se trata.” Escutou a respeito do Caminho e, com oração de três dias, recebeu a cura completa do mal do estômago que incomodava há 30 anos.

Assim, determinou o espírito de crer unicamente neste Caminho, e regressou a Jiba, onde Oyassama, lhe dirigiu estas ternas palavras:

“Conhece o Monte Fuji? O pico é apenas um, mas existem vários caminhos para subir. Por qualquer caminho que venha é o mesmo.”

Seijiro emocionou-se com o caloroso amor parental.

“Você veio de Osaka?”

Assim perguntando, ela continuou:

“Osaka é uma cidade onde ocorrem muitos incêndios, não? Mesmo que o fogo chegue até aqui, (explicou traçando uma linha com seu próprio dedo) pode acontecer de parar aqui. Isto porque o vento mudará. Mudando o vento o fogo parará.”

Mais tarde, em 1890, quando houve um grande incêndio, as chamas se aproximaram ameaçadoramente do prédio da sua Irmandade. Então, todos os membros realizaram com toda sinceridade o Serviço de Solicitação. E quando a cerca de madeira dos fundos caiu queimada, o vento mudou repentinamente de direção, deixando intacto somente o referido prédio.

Foi então que Seijiro lembrou-se profundamente impressionado das palavras que ouvira de Oyassama.

Acabei recontando este episódio, porque no joranl Tenri de janeiro, há um episódio muitíssimo parecido relatado pela Hiroe Nakamura. Para quem não leu, vou ler resumidamente um trecho…

Certa vez, houve uma queimada na mata próxima ao sítio, que veio se alastrando pelo fundo da propriedade. Imaginado que o pior poderia acontecer, eu e meus filhos fizemos urgentemente o Serviço de Solicitação; paralelamente o meu marido e os funcionários fizeram de tudo para que o fogo não invadisse nossa propreidade. Quando o fogo estava para atingir a estufa de orquidea, o vento mudou de lado e o fogo seguiu em outra direção. 

Quem não leu o jornal, tenham o prazer de ler e sentir as grandes providências de Deus-Parens, que existe em todos os momentos e muitas vezes não enxergamos.

Muito obrigado.


Treino Instrumentos Sagrados na Igreja

Fotos do Tsudoi

Fotos do Tsudoi

Palavras do Fiel Rodrigo Ventura